quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Maria refúgio dos pecadores



“Figura foi de Maria a arca de Noé. Pois como nela acharam abrigo todos os animais da terra, igualmente sob o manto de Maria encontraram refúgio todos os pecadores, cujos vícios e pecados sensuais os tornam semelhantes aos brutos. Há esta diferença entretanto, observa Pacciucchelli: na arca entraram os brutos e brutos ficaram. O lobo ficou sendo lobo e o tigre ficou sendo tigre. Mas debaixo do manto de Maria o lobo é mudado em cordeiro e o tigre em pomba. Um dia viu S. Gertrudes a Maria com o manto aberto e debaixo dele muitas feras de diversas espécies: leopardos, ursos etc. Viu também que a Virgem não só não os afugentava, mas antes docemente os recebia e afagava. Entendeu a Santa que eles figuravam os míseros pecadores, acolhidos por Maria com afável amor, quando a ela recorrem.”






“Razão sobejava, pois, a Egídio de Schoenau ao dizer à Santíssima Virgem: ‘Senhora, não detestais a nenhum pecador, por mais asqueroso e abominável que seja. Se ele implora vossa proteção, nunca deixais de estender-lhe compassiva mão para arrancá-lo do abismo do desespero’. Bendito e para sempre louvado seja Deus, que vos fez, ó Maria amabilíssima, tão compassiva e tão benigna até para com os mais miseráveis! Infeliz de quem não vos ama, e que podendo recorrer a vós, em vós não confia! Perde-se quem a Maria não recorre, mas quem jamais se perdeu, depois de implorá-la?”




[Santo Afonso de Ligório, Glórias de Maria,
p. 1, capítulo 3, II, Maria é a esperança dos pecadores, pp. 109-110;
Editora Santuário, 20ª edição, Aparecida, 1989]a

Fonte:

A Virgem Santíssima esmaga a cabeça do dragão enganador



«Quando São Domingos pregava o Rosário perto de Carcassona, trouxeram à sua presença um albigense que estava possesso pelo demónio; parece que mais de doze mil pessoas tinham vindo de propósito para ouvi-lo pregar. Os demónios que possuíam esse infeliz foram obrigados a responder às perguntas de São Domingos, com muito constrangimento. Eles disseram que:


1 - Havia quinze mil deles no corpo desse pobre homem, porque ele atacou os quinze mistérios do Rosário;

2 - continuaram a testemunhar que, quando São Domingos pregava o Rosário, impunha medo e horror nas profundezas do inferno e que ele era o homem que os demónios mais odiavam em todo o Mundo, isto por causa das almas que ele lhes arrancou através da devoção do Santo Rosário.

Revelaram então várias outras coisas.

São Domingos colocou o seu Rosário em volta do pescoço do albigense e pediu que os demónios lhe dissessem quem, de todos os santos dos Céus, eles mais temiam, e quem deveria ser, portanto, mais amado e reverenciado pelos homens.

Nesse momento eles soltaram um gemido inexprimível, graças ao qual a maioria das pessoas caiu por terra desmaiando de medo...e então disseram: " Domingos, nós imploramos-te, pela paixão de Jesus Cristo e pelos méritos da Sua Mãe e de todos os santos, deixa-nos sair deste corpo sem que falemos mais, pois os anjos responderão à tua pergunta a qualquer momento...

São Domingos ajoelhou-se e rezou a Nossa Senhora para que ela forçasse os inimigos a proclamarem a verdade completa e nada mais que a verdade.

Mal tinha terminado de rezar, viu a Santíssima Virgem perto de si, rodeada por uma multidão de anjos. Ela bateu no homem possesso com um cajado de ouro que segurava, e disse:" Responde ao meu servo Domingos imediatamente" .

Então os demónios começaram a gritar: " Ó vós, que sois a nossa inimiga, a nossa ruína e a nossa destruição, por que é que desceste do Céu só para nos torturar tão cruelmente? Ó, Advogada dos pecadores, vós que os tirais das armadilhas que levam ao inferno, vós que sois o caminho seguro para o Céu, devemos nós, para o nosso próprio pesar, dizer toda a verdade e confessar diante de todos quem é que é a causa da nossa vergonha e da nossa ruína? Ó, pobres de nós, príncipes da escuridão: então, ouçam bem, vocês cristãos: a Mãe de Jesus Cristo é todo-poderosa e pode salvar os seus servos de caírem no Inferno; Ela é o Sol que destrói a escuridão da nossa astúcia e subtileza; É ela quem descobre os nossos planos ocultos, quebra as nossas armadilhas e faz com que as nossas tentações sejam inúteis e sem efeito.

Nós temos que dizer, porém de maneira relutante, que nem sequer uma alma que realmente perseverou no seu serviço foi condenada junto a nós; um simples suspiro que ela oferece à Santíssima Trindade é mais precioso que todas as orações, desejos e aspirações de todos os santos.


Nós a tememos mais que a todos os santos juntos nos Céus e não temos nenhum sucesso com os seus fiéis servos. Muitos cristãos que a invocam à hora da morte e que seriam condenados, de acordo com os nossos padrões ordinários, são salvos pela sua intercessão.

Ó, se pelo menos essa Maria (assim era na sua fúria como eles a chamavam) não se tivesse oposto aos nossos desígnios e esforços, teríamos conquistado a igreja e a teríamos destruído há muito tempo atrás; além disso, teríamos feito com que todas as Congregações da Igreja caíssem no erro e na desordem. Agora, que somos forçados a falar, também lhes diremos isto: ninguém que persevera ao rezar o Rosário será condenado, porque ela obtém para os seus servos a graça da verdadeira contrição pelos seus pecados e, por meio do santo rosário, eles obtêm o perdão e a misericórdia de Deus”.»

Trecho de "O segredo admirável do Santo Rosário para converter-se e salvar-se", São Luís Maria de Montfort.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Porque Calendário Litúrgico Tradicional




“Apaga-se a verdadeira Fé e uma falsa luz difunde-se sobre o mundo. A Igreja sofrerá uma crise horrenda. Roma perderá a Fé e tornar-se-á a sede do anticristo. A Igreja será eclipsada e o mundo ficará na desolação”.(Nossa Senhora La Salette)


 - Temporal: Toda a parte que precede o Ordinário é chamado de Temporal (Missas próprias para o tempo): engloba todas as missas dos Domingos ao longo do ano, além de algumas outras Missas que podem cair em dia de semana mas que estão inseridas nos mistérios da vida de Jesus Cristo: Natal, Epifania e outras. 

- Comum dos Santos: São missas indicadas para diversos santos: comum dos confessores, ou comum dos mártires etc. No dia do santo está indicada a página quando se deve usar a missa do comum. 

- Próprio dos Santos: São as missas indicadas no dia mesmo do santo. Junto com a missa vem uma breve notícia histórica sobre a vida do santo. Vale a pena abrir todos os dias o missal para acompanhar os santos de cada dia. 

- Missas votivas: São missas que rememoram algum mistério fora de época, para quando não houver nenhuma missa indicada naquele dia.

- Missa dos defuntos: Todas as orações que devemos fazer nos enterros e nas doenças graves para pedir a Deus pelos nossos parentes e amigos.

SANTA TRADIÇÃO

   A Santa Tradição oral e escrita a Bíblia. 
   A Tradição e transmitida , em si, significa exatamente isso: "transmitido, entregue” pelos 12 apóstolos. A Santa Tradição, portanto, é aquilo que se transmite, e que foi entregue dentro da Santa Igreja desde os tempos Apostólicos até os nossos dias.
    Contem muitos documentos escritos usado os poderes a ela confiada por Nosso Senhor Jesus Cristo. A Santa Igreja transmite de lugar a lugar e de geração a geração. A Tradição é a vida da Santa Igreja, inspirada e guiada pelo Espírito Santo.
  Portanto, é imprescindível dentro da Santa Igreja distinguir as diferenças entre aqueles que trazem costumes que são somente terrenos e humanas(modernistas já condenados)  da verdadeira Santa Tradição que pertence ao Reino de Deus, Celestial e Eterno.
   Também é importante reconhecer que existem modernista na Santa Igreja com  certos costumes que não pertencem a Santa Tradição e que tão pouco se deve contar como tradições. Estes costumes são simplesmente maus e são trazidas para a Santa Igreja por estes neo-modernistas e modernistas. Esta infiltração dentro da Santa Igreja, deste grupo que se afastam da verdadeII Timóteo  4, 3 e 4(3 Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. 4 Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas.) , comestes desvios e erros que entram no interior da Santa Igreja que provocam a confusão mais estes erros já foram julgados e condenados pela Pascendi Dominici Gregis  do Papa São Pio X que e autêntica verdadeira Santa Tradição que nos vem de Deus.

Profecia de Santa Brígida

(40 anos antes do ano 2000, o demônio será deixado solto, por um tempo. Quando tudo parecer perdido, Deus, mesmo de improviso, porá fim à maldade". O sinal desses eventos, continua Santa Brígida, será: "Os sacerdotes deixarão de usar hábito santo e se vestirão como pessoas comuns; as mulheres se vestirão como os homens e os homens como as mulheres.)Santa Brigida.


 Entre os elementos que constituem a Santa  da Igreja,Tradição a Bíblia tem o seu primeiro lugar, e assim ligada vem a vida litúrgica e sua oração; seus  dogmas e os atos aprovados nos Concílios Dogmáticos os escritos dos Santos Padres, a vida dos santos, a lei canônica e finalmente a tradição iconográfica junto a outras formas inspiradas de expressão artística criativa, como a música litúrgica e a arquitetura.
 Todos os elementos da Santa Tradição estão organicamente unidos na Santa Igreja. Nenhum deles pode estar separado do corpo inteiro. Nenhum pode se isolar dos demais documentos e ensinamentos ou da plenitude da vida da Santa Igreja( como fez e continua fazendo o Concilio Vaticano II). 
 Apesar desta poeira e fumaça de satanás a Santa Igreja segue vivendo ate o final dos tempos pela inspiração do Espírito Santo e a Santa Tradição seguirá.     E o modernismo cairá pois Nosso Senhor está com sua Santa Igreja e as portas do inferno não prevalecera, a Santa Religião se erguera milagrosamente ao meio da fumaça de satanás e estabelecendo do Reino de Deus no fim dos séculos.

CÂNONES

  Existem leis canônicas dos Concílios Ecumênicos, dos sínodos provinciais e locais, e dos Santos Padres (individualmente) que foram recebidas por toda a Santa Igreja como normas para a doutrina e prática cristã. Como palavra,“cânone” literalmente significa regra, norma ou medida para julgar.Neste sentido os cânones são leis juridicamente e não se lhes pode identificar com leis como se entendem e funcionam na jurisprudência humana.
  Os Cânones da Santa Igreja se distinguem, primeiramente, entre os que são de natureza dogmática ou doutrinal e os que são de caráter prático, ético ou estrutural. Logo, entre aqueles que podem ser alterados ou mudados, e os que não podem ser alterados por nenhum motivo sob nenhuma circunstância.
  Os cânones dogmáticos são aquelas definições de Concílio Dogmáticos que falam sobre algum artigo da Fé Católica (cristã); como por exemplo, da natureza e da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ainda que seja possível explicar e desenvolver cânones com novas e diferentes palavras, particularmente enquanto a Tradição da Santa Igreja.
 Alguns dos cânones de caráter moral ou ético também pertencem aos inalteráveis. Estes são cânones morais cujo significado é absoluto, sendo impossível justificar sua violação. Os cânones que proíbem a venda dos sacramentos correspondem a esta classe.Cânone que requer que os bispos e padres não sejam homens casados não muda.
  Existem cânones muito prático que não podem ser mudados e que, de fato, tem sido mudado ou as vezes não sitado ou sitado pelas metades para gerar ambiguidade pelos modernistas durante 50 anos dentro da Santa Igreja isto se torna um terrorismo macabro,e quem não obedece esta ambiguidade eles apontam os vários distintivos , herege, sedvacantista,cismático e interessante que os verdadeiros separados da Santa Igreja são tratados como santos e irmãos separados e estes que continuam a caluniar e negar vários dogmas católicos em vários aspectos.
   Pode-se dizer como fazer com esse este tipo de membros que permanecem na Santa Igreja não se convertem. 
   Estão claro este período de controvérsias sobre a aplicabilidade de certos cânones na épocas pois Concilio Vaticano II e condições específicas. No entanto, estes fatores não devem levar os membros da Santa Igreja à desilusão, nem à tentação de não fazer cumprir todos os cânones com igual força e valor e sim de rejeitar que não estejam ligados a santa Tradição dogmática.
  Em primeiro lugar, os cânones dogmáticos são “da Santa Igreja” e, por tanto, é possível considerá-los como “leis absolutas” no sentido jurídico; segundo, certamente os cânones não são exaustivos, todos e cada um dos aspectos da Fé e da vida da Santa Igreja; terceiro, os cânones foram produzidos em grande parte em resposta a alguma pergunta ou necessidade dogmática ou moral em particular as posições incorreta da Doutrina. Então levam as marcas de alguma controvérsia contra a Santa Doutrina.
 O particular desta história de 50 anos pois Concilio gerou e ocasionougrande separação da verdade Católica.
  Este grupo de superficiais(os modernistas) costumam dizer que, devemos cumprir todas as diretrizes do Concilio Vaticano II(super Concilio).
  E vão com sua pressão diabólica obrigando os grupos que mantem a doutrina tradicional a descartar aos poucos os ensinamentos de 20 Concilio Dogmáticos e os ensinamentos dos santos teólogos para pertencer a seu grupo. 
  Certamente Tradição assumem sua correta perspectiva e objetivo, e se mostram como uma fonte rica para o descobrimento da verdade da Santa Igreja e custe que custar não deveremos nos afastar da verdades transmitida e ensinadas.
 Quando observamos e estudamos os cânones dogmáticos  os fatores principais são o conhecimento cristão e a sabedoria cristã, que nascem de um estudo técnico e de uma profundidade espiritual. Não existe outra “nota” para sua existência; outra forma, segundo a nossa Fé Católica, não seria cristã.

CONCÍLIOS

  A Santa Igreja através da história, se deparou com numerosas e difíceis decisões, sempre solucionando suas dificuldades e tomando suas decisões para chegar a um consenso de opinião entre todos os crentes inspirados por Deus, dirigidos por seus respectiva cabeça Cristo, São Pedro(Papa) os Apóstolos(seus sucessores, os Bispos).
  O primeiro Concílio Eclesiástico da história teve lugar para fixar as condições sob as quais os gentios, ou seja, os convertidos que não eram da fé judaica, poderiam pertencer à Santa Igreja (Atos 15). Desde aquele tempo, e durante toda a história da Igreja, os Concílios foram convocados levando-se em conta todos os níveis da vida da Santa Igreja, para se tomar decisões importantes repudiar as heresias mostrar o caminho seguro a seguir.
  Então o Papa e os Bispos se reuniam regularmente com seus sacerdotes (presbíteros), estabelecendo-se assim a prática e inclusive a lei, desde muito cedo na história da Santa Igreja, em de diferentes regiões e se reunem-se em Concílios.
  Em várias ocasiões, ao longo da história, foram convocados pelo Papa Concílios de todos os Bispos da Santa Igreja. 
   Concilio Vaticano II único que não definiu dogmas mais se reuniu para fazer ruptura com maior partes dos dogmas da Santa Tradição onde antes deste, nenhum Concilio teve tal pretensão diabólica de mudar o rumo da Santa Fé imaculada.
  O Concilio Vaticano II foi a base da construção da Nova Missa e  construíram também sobre as bases diversas seitas esta nova Liturgia.      Que se destaca o Anglicanismo que  acredita na presença real mais e cismática e a Luterana heretica não acreditam na presença real de Nosso Senhor na Santa Eucaristia. 


Aqui segue os seis nomes observadores protestantes foram:

– Rev. Ronald C. D. Jasper, (Comissão litúrgica da Igreja Anglicana da Inglaterra).

  A Igreja da Inglaterra (em inglês: Church of England), também denominada Igreja Anglicana ou Anglicanismo é  moldada por alguns dos princípios doutrinários e institucionais da Reforma Protestante do século XVI, nos princípios presbiterianos (ou calvinistas). O seu caráter mais Reformado encontra-se na expressão dos Trinta e Nove Artigos de Religião, elaborado em 1563 como parte do estabelecimento da via média de religião sob a rainha Elizabeth I da Inglaterra. Os costumes e a liturgia da Igreja da Inglaterra, expresso no Livro de Oração Comum (em inglês, The Book of Common Prayer - BCP), são baseados em tradições da pré-Reforma, com influência dos princípios da Reforma litúrgica e doutrinária de inspiração protestante.
Porém, compreende-se também como Protestante, na medida em que não está subordinada ao Vaticano nem ao papa.



– Rev. Dr. Massey H. Shepherd Jr., professor «Church Divinity School of the Pacific», Califórnia.
  Seminários e Faculdades teológicas são faculdades que trem estudantes de teologia e estudos religiosos. Muitos estudantes a estas escolas, ou seminaristas, vão para igrejas de junção como ministros e do clero. Seminários podem ser ramo sem denominação ou representar o Episcopal, Anglicana, católica, Batista e outras denominações do cristianismo. Há aproximadamente 300 acreditadas de escolas teológicas nos Estados Unidos.
O Episcopal compartilha alguns inquilinos com as igrejas Católica e Anglicana. A maior diferença é que o estudo de mulheres da Igreja Episcopal para ser ordenado como ministros juntamente com os homens. Episcopais seminários e escolas teológicas nos Estados Unidos incluem: a casa de Nashotah (nashotah.edu) no Nashotah, Wisconsin; Bexley Hall seminário (bexley.edu) em Rochester, Nova Iorque; e Igreja Divinity School do Pacífico (cdsp.edu) em Berkley, Califórnia. 

– Prof. A. Raymond George, membro da Conferência Metodista, diretor do «Wesley College» de Headingley, Leeds, Inglaterra.
  O metodismo foi um movimento de avivamento espiritual cristão ocorrido na Inglaterra do século XVIII que enfatizou a relação íntima do indivíduo com Deus, iniciando-se com uma conversão pessoal e seguindo uma vida de ética e moral cristã. O metodismo foi liderado por John Wesley, eclesiástico da Igreja Anglicana, e seu irmão Carlos Wesley, considerado um dos maiores expoentes da música sacra protestante. 
Wesley sempre considerou a si mesmo como um ministro da Igreja da Inglaterra (Igreja Anglicana). Não queria separar-se dela; queria, sim, reformá-la por dentro. Por isso o nome que deu aos primeiros grupos metodistas foi o de sociedades. Não de igrejas. Era a ideia de classes ou bands(guarda similaridade com as células) que, por seu intenso fervor e sua atividade renovadora, fossem dentro do corpo da Igreja um novo e poderoso elemento de vida.
O avivamento espiritual promovido por João Wesley e seus cooperadores visava a santidade de vida, a harmonização da vontade do homem com a vontade de Deus.


– Pastor Friedrick-Wilhelm Künneth, de Genebra, secretário da Comissão «for Worship and spiritual Life», substituído depois, em 1968 por:
– Rev. Eugene L. Brand, Metodista de Nova Iorque

  A Igreja Metodista Livre é uma denominação metodista influenciada pelo Movimento de Santidade. Organizada em Genesee, norte do estado de Nova Iorque nos Estados Unidos em 1860, pelo ministro Benjamin Titus Roberts (1823–1893), que fora expulso da Igreja Metodista Episcopal americana, por suas críticas à decadência espiritual e atividades abolicionistas.
Porém mais tarde, anos após sua morte, a Igreja Metodista Episcopal em uma nova análise, acabou retrocedendo, e em 1910, o Concílio de Genesee percebeu que a expulsão era injusta e devolveram as credenciais pastorais de Benjamin e cinco demais pregadores que foram expulsos em 1859. Naquele ano, Benson Roberts foi o Delegado escolhido para representar a Igreja Metodista Livre perante o Concílio de Genesee.
Os Metodistas Livres defendiam que a igreja deveria ser "Livre" de :
Os assentos dos bancos da igreja não poderiam ser alugados;
Da escravidão ou de qualquer outra forma de injustiça e segregação étnica;
Das sociedades secretas;
Do domínio episcopal, contando com a participação dos leigos na administração espiritual e material da igreja;
Do pecado original, porque a ênfase na santidade e na inteira santificação deveria ser restabelecida;
Além disso a igreja deveria ser livre para ser guiada e usada pelo Espírito Santo, principalmente nos cultos, sem, é lógico, cair na licenciosidade da carne e da falsa "espiritualidade"


– Pastor Max Thurian, vice-prior da Comunidade de Taizé.
  A Comunidade de Taizé (pronuncia-se têzê) é uma comunidade ecuménica PROTESTANTE em Taizé, Borgonha, França.
 A comunidade, apesar de origem Europeia Ocidental, procura acolher pessoas e tradições ao longo do globo. Este internacionalismo arrasta-se até à música e orações onde as músicas são cantadas em muitas línguas, cada vez mais incluindo cânticos e ícones provenientes da tradição Ortodoxa Oriental.Taizé é uma pequena Aldeia da Borgonha, 100 km a Norte de Lyon, em França.
Em Taizé existe uma comunidade monástica constituída  pela primeira vez desde a Reforma, por irmãos originários de diferentes seitas, católicos  Modernistas.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Como serão os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo


Sabemos, enfim, que[m] serão verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, andando nas pegadas de sua pobreza e humildade, do desprezo do mundo e caridade, ensinando o caminho estreito de Deus na pura verdade, conforme o santo Evangelho, e não pelas máximas do mundo, sem se preocupar nem fazer acepção de pessoa alguma, sem poupar, escutar ou temer nenhum mortal, por poderoso que seja. Terão na boca a espada de dois gumes da palavra de Deus; em seus ombros ostentarão o estandarte ensanguentado da cruz, na direita, o crucifixo, na esquerda o rosário, no coração os nomes sagrados de Jesus e de Maria, e, em toda a sua conduta, a modéstia e a mortificação de Jesus Cristo.

S. Luís Maria Grignion de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem

"Onde não há ódio à heresia, não há santidade. "



A deslealdade suprema para com Deus é a heresia!

É o pecado dos pecados, a mais repugnante das coisas que Deus reprova neste mundo enfermo.

No entanto, quão pouco entendemos de suaodiosidade excessiva! É a poluição da verdade de Deus, o que é a pior de todas as impurezas.

Porém, como somos quase indiferentes a ela! Nós a fitamos e permanecemos calmos. Encostamos nela e não trememos. Misturamo-nos com seus fautores e não temos medo.

Nós a vemos tocar as coisas santas e não percebemos o sacrilégio.

Inalamos seu odor e não mostramosqualquer sinal de detestação ou desgosto.

Alguns de nós afetamos ter sua amizade; e alguns até buscam atenuar as culpas dela.

Nós não amamos a Deus o bastante para termos raiva pela glória d'Ele. Não amamos os homens o bastante para sermos caridosamente sinceros pelas almas deles.

Tendo perdido o tato, o paladar, a visão e todos os sentidos das coisas celestiais,somos capazes de armar tenda no meio dessa praga odienta, em tranqüilidade imperturbável, reconciliados com sua repulsividade, e não sem declarações em que nos gabamos de admiração liberal, talvez até com uma demonstração solícita de simpatias tolerantes [por seus fautores].

Por que estamos tão, tão abaixo dos santos antigos, e mesmo dos apóstolos modernos destes últimos tempos, na abundância de nossas conversões?

Porque não temos a antiga firmeza! Falta-nos o velho espírito da Igreja, o velho gênio eclesiástico.

Nossa caridade é insincera, pois não é severa; e não é persuasiva, pois é insincera. Carecemos de devoção pela verdade como verdade, como verdade de Deus.

Nosso zelo pelas almas é débil, pois não temos zelo pela honra de Deus. Agimos como se Deus ficasse lisonjeado com conversões, ao invés de serem almas que tremem, resgatadas por um excesso de misericórdia.

Dizemos aos homens meia-verdade, a metade que calha melhor à nossa própria pusilanimidade e aos preconceitos deles; e depois nos admiramos de tão poucos se converterem, e que, desses poucos, tantos apostatem.

Somos tão fracos a ponto de nos surpreendermos de que nossa meia-verdade não teve tanto sucesso quanto a verdade inteira de Deus.

Onde não há ódio à heresia, não há santidade.

Um homem, que poderia ser um apóstolo,torna-se uma úlcera na Igreja por falta de justa indignação.

(Pe. Frederick William FABER [1814-1863], The Precious Blood, or: The Price of Our Salvation [O Preciosíssimo Sangue, ou: O Preço de Nossa Salvação], 1860, pp. 314-316, tradução de Felipe Coelho).


Fonte:

sábado, 23 de fevereiro de 2013

SINAIS DE AMOR A JESUS CRISTO



Afonso, a partir de comentários à primeira carta de São Paulo aos Coríntios 13, 1-13, aponta os sinais dados por aquele que ama verdadeiramente a Jesus Cristo. São 14 sinais. Sinais que devem aparecer em nossas atitudes. Você já os leu e refletiu sobre seu alcance. Mas é bom relê-los para que eles se gravem em suas vidas. Vejamos resumidamente os 14 sinais dos que amam a Jesus Cristo:
  • —  Quem ama a Jesus Cristo, de verdade, ama o sofrimento porque descobre sua dimensão salvífica e purificadora.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo não tem inveja dos grandes e poderosos do mundo, mas inveja tão somente os que o amam ardentemente.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo é manso, porque procura retratar em sua vida aquilo que luziu na pessoa de Jesus Cristo, a mansidão: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo foge da tibieza e mediocridade, porque estas coisas empestam e apagam o amor.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo ama aquilo que ele muito amou: a humildade. Amar é ser humilde.
  • —  Na vida de quem ama a Jesus Cristo não existe ambição desmedida pelas coisas materiais. Sua ambição é o próprio Jesus Cristo.
  • —  O desprendimento, o desapego das coisas desse mundo é a força daquele que ama realmente a Jesus Cristo.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo não conhece o egoísmo, mas é totalmente desprendido de si mesmo.
  • — A irritação, a ira não cabe no coração de quem ama a Jesus Cristo.
  • — Fazer única e exclusivamente o que Jesus quer que seja feito é a marca daquele que o ama de verdade.
  • — Quem ama de fato a Jesus Cristo é capaz de suportar todo e qualquer sofrimento por amor a ele.
  • — Crer no que diz a pessoa amada é crer na própria pessoa. E soquem ama, crê. Então crerem tudo que Jesus disse é amá-lo.

Quem ama a Jesus Cristo, dele espera tudo e nunca o deixa de amar.
Olhe e veja: que sinal ainda falta em você para que você ame mesmo a Jesus Cristo?

__________
Excerto do Livro: A Prática do Amor a Jesus Cristo - Santo Afonso Maria de Ligório - Editora Santuário - 1982 - Páginas 253-254

Fonte:

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A validade do Matrimônio



Ouçamos o Papa Pio XII, na Alocução aos jovens esposos em 5 de março de 1941:

“No sacramento do matrimônio, qual é o instrumento de Deus que produziu a graça em vossas almas? Será o padre que vos abençoou e uniu no matrimônio?
Não. É verdade que, salvos certos casos excepcionais e bem determinados, a Igreja prescreve aos esposos, para que seu enlace e sua promessa sejam válidas e lhes alcancem a graça, fazê-los em presença do sacerdote; mas o padre é apenas uma testemunha qualificada, o representante da Igreja, apenas preside à cerimônia religiosa que acompanha o contrato matrimonial. Vós mesmos é que, em presença do padre, fostes constituídos por Deus ministros do sacramento do matrimônio; é de vós que Ele se serve para estabelecer vossa indissolúvel união e derramar sobre vossas almas as graças que vos farão constantemente fiéis a vossos deveres”.

Até o século XVI, todo consentimento mútuo válido entre batizados produzia automaticamente um matrimônio sacramental, mesmo fora da igreja e sem as cerimônias. Todavia estes “matrimônios clandestinos” (mas válidos) perturbavam a boa ordem da Igreja. Esta, usando de seu poder supremo em matéria de sacramento (salvo a substância destes sacramentos), estabeleceu, no Concílio de Trento (decreto Tametsi), que os sacramentos, na Igreja latina, dali em diante só seriam válidos, salvas as exceções previstas pelo Direito, se o pároco ou um seu delegado os assistissem. É bom notar que este decreto não teve força de lei em vários países, principalmente nos países protestantes da Europa e na maior parte dos outros continentes (cf. Raoul Naz, Traité de droit canonique, II, p. 368).

Só em 1908, com o decreto Ne temere (retomado pelo Código de Direito Canônico de 1917), a “forma canônica” com a presença ativa do padre tornou-se obrigatória em toda a Igreja latina (Dictionaire de théologie catholique, XIII, col. 745-747).
(conf. Lês mariages dans La Tradition sont-ils valides? do padre Grégoire Celier)

O Código de Direito Canônico, promulgado em 1983, alargou consideravelmente as exceções a esta obrigação da “forma canônica”, principalmente no que diz respeito àqueles que abandonaram a Igreja por um ato formal (os hereges).
Resumindo:

a) os ministros do sacramento do matrimônio são os próprios noivos;

b) de si mesmo, a presença do padre não é essencial; de fato, muitos casamentos ainda hoje, são válidos sem a presença do padre;

c) foi para um ato de tal importância, como é o casamento, que razões exclusivamente disciplinares levaram a Igreja a prescrever, como regra geral, a presença do pároco ou de seu 
delegado, para a validade do ato;

d) Esta prescrição é recente e válida exclusivamente para Igreja latina, não para os fiéis católicos de rito oriental.
Isto posto, não é de se admirar que a Igreja tenha previsto explicitamente dispensar os noivos, em certos casos, da “forma canônica”, ou seja, da presença da testemunha qualificada (o pároco ou um delegado seu). 

Vejamos:

Grave incômodo: Um dos principais casos em que se verifica esta dispensa da testemunha qualificada está previsto no cânon 1116, §1, 2. Prescreve este cânon que, se houver um grave incômodo, da parte dos noivos, de procurar ou ter um padre com jurisdição, e se prevê que isto durará um mês, eles podem chamar qualquer padre para abençoar seu casamento, diante necessariamente de duas testemunhas, que ficará perfeitamente válido diante da Igreja.

Ora, os canonistas explicam que o grave incômodo pode ser físico (distância, doença contagiosa), psicológico (grave medo do pároco, para as pessoas muito tímidas), moral (risco de revelar a identidade do padre, em tempos de perseguição; ou perversidade moral do pároco); (conf. Dr. Dadeus Grings – a Ortopráxis da Igreja, p. 146).
E o célebre canonista P. Palazzini afirma: “Na ordem espiritual o grave incômodo é qualquer prejuízo notável para a alma da pessoa ou de terceiros” (Dict. Morale Canonicum, verbete “incommodum”).
Os perigos para a fé e para a moral, no ambiente do progressismo, constituem um grave incômodo, um prejuízo espiritual notável para os fiéis.

Apenas um fato esclarecedor, a respeito do próprio matrimônio, nos meios progressistas: a leviandade no que diz respeito ao próprio vínculo matrimonial indissolúvel por direito divino: Só no ano de 1993 se ditaram em todo o mundo 65 mil sentenças de casos de nulidade de matrimônio em toda a Igreja, dos quais 63 mil foram, de fato, “anulados”. O advogado especialista em casos de nulidade matrimonial, Pablo Javier Lopez afirma: “as razões de nulidade admitidas pelos tribunais eclesiásticos são tão numerosas e tão amplas que, se se aplicam estritamente todos os requisitos exigidos pelo Direito Canônico, quase todos os matrimônios católicos se poderiam declarar nulos” (conf. “Sociedad” 15 de maio de 1994).

É, portanto um grave incômodo espiritual para os noivos o contato com os progressistas. Ademais, a Missa Nova e o Ecumenismo constituem, por si, um grave incômodo espiritual objetivo. Podem, então, de acordo com as normas da Igreja, procurar um outro sacerdote, fora do ambiente progressista, para abençoar seu casamento, que terá sua validade garantida pelo cânon 1116 do Código de Direito Canônico em vigor.
E, uma vez realizados estes casamentos, perfeitamente “conforme o rito da Santa Madre Igreja”, por ninguém poderá ser tido como nulo. Porque:
Matrimonium gaudet favore iuris, (cânon 1060) quer dizer, todo matrimônio é válido até que plenamente se prove o contrário.
In dubium standum est pro valore matrimonii: em caso de dúvida, deve-se estar pela validade do matrimônio (cânon 1060).

O Canonista Capello afirma: “A regra comumente admitida pelos canonistas e constantemente firmada pela Sagrada Congregação do Concílio e pela Sacra Rota Romana é esta: deve-se estar pela validade do matrimônio até que, por uma plena e estrita certeza moral, tiver sido provada sua invalidade” (De. Sacramentis, art. VII, n. 54). Confira também AAS XXXIX, 373).

Fonte:

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Quanto Jesus Cristo, pela sua Paixão, merece ser amado


Toda a santidade e toda a perfeição de uma pessoa consiste em amar a Jesus Cristo, nosso Deus, nosso maior bem, nosso Salvador. Jesus Cristo mesmo disse: Quem me ama será amado por meu Pai[1].

São Francisco de Sales diz: Alguns põem a perfeição na austeridade da vida, outros na oração, estes na frequência dos sacramentos, aqueles nas esmolas. Enganam-se. A perfeição consiste em amar a Deus de todo o coração[2]. Como escreve São Paulo: Mas, sobretudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição[3].


A caridade une e conserva todas as virtudes que fazem um homem perfeito. Santo Agostinho exclamava: Ama e faze o que queres[4]. A pessoa que ama a Deus, aprende deste amor a evitar o que lhe desagrada e a fazer tudo o que lhe agrada.

Amor eterno

Por acaso, não merece Deus todo nosso amor? Ele nos amou eternamente: Amo-te com um amor eterno[5]. Diz Deus ao homem:

― Olhe, fui eu o primeiro a amar você. Você não estava ainda no mundo. O mundo nem existia, e eu já o amava. Eu amo você desde que sou Deus. Amo você, e desde que amei a mim mesmo, amei também você!

Santa Inês, virgem, tinha razão quando lhe apresentaram jovens que pretendiam ser seus esposos. Ela dizia:

― Outro amor me conquistou primeiro. Jovens deste mundo, desistam de pretender meu amor. O primeiro a me amar foi o meu Deus. Amou-me desde a eternidade, por isso é justo dar-lhe todos os meus afetos, não amar outro senão ele![6].

Os homens deixam-se levar pelas recompensas. Deus quis cativá-los ao seu amor por meio de seus dons. Disse, portanto:

― Quero atrair os homens a me amar com aqueles laços com que se deixam prenderisto é, laços de amor[7] que são exatamente todos os dons feitos por Deus aos homens. Dotou-os de alma com potências perfeitas à sua imagem, memória, entendimento, vontade. O corpo com seus sentidos. Depois criou o céu, a terra e tantas outras coisas, todas por amor do homem. Céus, estrelas plantas, mares, rios, fontes, montanhas, metais, frutas e tantas espécies de animais. Deus criou tudo para o homem e quer que este o ame em agradecimento por tantos dons. Santo Agostinho exclamava:

― O céu e a terra e todas as coisas me dizem que eu devo amar-vos. Senhor meu, todas as coisas que vejo na terra e acima da terra me falam e me exortam a vos amar. Todas me dizem que as fizestes por meu amor[8].

O abade Rancé, fundador da Trapa[9], ficava olhando de sua ermida as colinas, as fontes, as aves, as flores, as plantas e o céu; sentia-se inflamado por Deus em cada uma destas criaturas feitas pelo seu amor[10].
Santa Maria Madalena de Pazzi inflamava-se no amor de Deus quando tinha nas mãos uma bonita flor:

― Meu Senhor pensou em criar esta flor, desde toda a eternidade, por meu amor. Essa flor tornava-se em suas mãos como uma flecha de amor que a feria e unia sua pessoa mais intimamente a Deus[11].

Olhando as árvores, as fontes, os regatos, lagos e campos, dizia Santa Tereza: Todas estas belas criaturas me lembram a minha ingratidão por amar tão pouco o Criador. Criou-as para ser amado por mim[12]. Conta-se que um eremita, caminhando pelo campo, sentia que as plantas e as flores como que reprovavam a sua ingratidão para com Deus. Tocando-as com a bengala, dizia-lhes:

― Calem-se, calem-se. Vocês me chamam de ingrato; dizem-me que Deus as criou por meu amor e eu não o amo. Já entendo. Calem-se, calem-se! Não me reprovem mais[13].

[1] Jo 16, 27.
[2] Camus, Esprit de S. François de Sales, p. I, c 25. S. Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota, p. I, c. 1.
[3] Cl 3, 14.
[4] Sto. Agostinho, In Epist. Joannis ad Parthos, t. 7, n°. 8, ML 35-2033.
[5] Jr 31, 3.
[6] Antigo Ofício da festa de Sta. Inês, ant. Sta. Inês, ant. 1 do I not.
[7] Os 11, 4.
[8] Sto. Agostinho, Confissões, 1. 10, c. 6,  n°. 8, ML 32-782.
[9] TRAPA é um conjunto de casas pequenas, mais retirado das cidades, onde vivem pessoas em muito silêncio, orações, trabalho e vida comunitária. "ERMIDA" são as casas que compõem a trapa. Eremitas são as pessoas que moram nas ermidas (Nota do tradutor).
[10] Dom A. J. Le Bouthillier de Rancé, De la sainteté et des devoirs de la vie monastique, c. 7, I.
[11] Puccini, Vita (1611) ― p. I, c. 34.
[12] Sta. Teresa, Libro de la Vida, c. 9. Obras, I, 65.
[13] Scaramelli, Direttorio Ascetico, t. 1, a. 7, c. 4, n°. 201. ― O devoto solitário de quem fala Sto. Afonso é S. Simão Salo.

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Santo Afonso Maria de Ligório. A prática do amor a Jesus Cristo. 7a. Edição. Aparecida, SP: Editora Santuário, 1996, p. 11-14.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

S. Francisco de Assis, Pobreza e Simplicidade



Seu amor pela altíssima pobreza fez com que o homem de Deus aumentasse seu tesouro de santa simplicidade. Ele mesmo nada possuía de próprio desse mundo, mas parecia proprietário de todas as coisas e de todos os bens em Deus, Criador do mundo. Tinha uma visão , uma atitude de espírito, semelhante à simplicidade da pomba; tudo o que via, sua contemplação o colocava em relação ao soberano Artífice. Em cada objeto descobria o Criador, amando-o e louvando-o. Desse modo, por um favor da bondade do céu, chegou a possuir tudo em Deus e Deus em tudo. Pelo hábito de retornar sempre à origem de todas as coisas, dava o nome de Irmão e Irmã às criaturas, mesmo às mais humildes, uma vez que elas e ele haviam nascido do mesmo princípio. No entanto, tinha mais simpatia e amor por aquelas que, por sua natureza ou pelo simplismo bíblico, lembram o amor e a brandura de Cristo. Por isso os animais sentiam-se atraídos a ele, e mesmo as coisas inanimadas obedeciam à sua vontade, como se a simplicidade e a justiça do santo o tivessem já feito voltar ao estado de inocência original.  


S. Boaventura, Legenda Maior, As Virtudes Com Que Deus o Distinguiu

Fonte:

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

São Padre Pio e o Anjo da Guarda

Um ítalo-americano que viveu na Califórnia, freqüentemente pedia a seu Anjo da Guarda, que por piedade levasse um importante recado ao Padre Pio. Um dia depois da confissão, ele falou na igreja com Padre Pio, perguntando se o Anjo da Guarda havia lhe dado o recado. O Padre Pio respondeu: Tu crês que sou "surdo"? E o Padre Pio repetiu o que ele há poucos dias antes havia dito ao seu Anjo da  Guarda.

O Padre Linio contou que estava rezando ao meu anjo da guarda para que interviesse e falasse ao Padre Pio em favor de uma senhora que estava muito mal. Porém parecia que as coisas não mudavam em anda. Encontrei o Padre Pio e disse: Padre pedi a meu Anjo da Guarda que pedisse ao senhor por aquela senhora. É possível que não tenha feito? Respondeu o Padre Pio: E tu o que crês? Que ele seja desobediente como tu e eu?

O Padre Eusébio narra: Estava viajando a Londres em avião, contra o conselho do Padre pio que não quis que eu usasse aquele meio de transporte. Em quanto sobrevoávamos o canal da Mancha uma violenta tempestade abateu sobre o avião, e nos encontrávamos em grave perigo. Entre o terror geral, eu recitei o ato de contrição e não sabendo outra coisa a fazer, mandei ao Padre Pio, um pedido pelo meu Anjo da Guarda, suplicando ajuda urgente. De regresso a San Giovanni Rotondo fui ver o Padre Pio. "Menino", me disse. - "Como estás? " "Passastes bem o tempo todo?" - "Padre!, eu disse, estive a ponto de morrer" - Então porque não obedeces?" - "Porém eu rezei ao meu Anjo da Guarda"... "É menos mal que ele chegou a tempo!


Um advogado de Fano, Itália estava regressando à sua casa em Bolonha. Ele estava dirigindo seu veículo que era modelo Fiat 1100. No carro encontravam-se sua mulher e seus dois filhos. Num certo momento, sentindo-se cansado, o advogado foi substituído no volante pelo seu filho mais velho, Guido, o qual se encontrava dormindo. Após alguns quilômetros perto de San Lázaro, também o filho dormiu. Quando acordou deu-se conta que se encontrava a um par de quilômetros do povoado de Imola. Assustado ele gritou: - “Quem havia dirigido o carro? Tinha-lhes acontecido algo... Não - responderam todos. O filho mais velhos despertou e disse que havia dormido profundamente. A mulher e o filho mais novo, incrédulo e maravilhado, disseram haver percebido um modo de dirigir o carro diferente do usual: às vezes o carro esteve a ponto de se chocar com outros veículos, porém na última hora, não acontecia devido a manobras perfeitas. Também a maneira de fazer as curvas era diferente. “Sobre tudo”disse a mulher não colidimos pelo fato de vocês estarem dormindo o tempo todo, não respondendo as nossas perguntas. Disse o marido: “Eu não pude contestar porque adormeci”. Entretanto quem tinha conduzido o automóvel? Que havia impedido os acidentes?... Alguns meses depois o advogado foi a San Giovanni Rotondo e o Padre Pio quando o viu, apoiando sua mão no ombro dele, disse: “Tu ficastes dormindo e o Anjo da Guarda conduziu o veículo”. O mistério foi revelado.

Uma filha espiritual do Padre Pio estava caminhando para o Convento em uma estrada pelo campo. O padre Pio a esperava no Convento dos Capuchinhos. Eram dias de inverno e nevava, o que dificultava caminhar. Ao longo do caminho ela acreditava que não conseguiria chegar até o Convento na hora marcada. Cheia de fé, ela rogou ao seu anjo da guarda para que avisasse a Padre Pio que chegaria atrasada para o seu compromisso, devido ao mal tempo. Chegando ao Convento ela constatou com grande alegria que o monge a aguardava em uma janela, da qual ele lhe sorriu, cumprimentando-a.

Um homem certa vez contou: “Padre Pio, parava freqüentemente na sacristia para cumprimentar suas crianças  e amigos espirituais, com um beijo. Um senhor comentou que um homem naquela posição deveria cumprimentá-los somente com a bênção, e não com um beijo”. Para a surpresa daquele senhor, no dia 24 de dezembro de 1958, estando em confissão com Padre Pio, quando estava ao fim, seu coração palpitava fortemente e estava tão emocionado que perguntou ao Padre Pio: “Padre, hoje é Natal e eu posso lhe cumprimentar com um beijo?” Pio com uma doçura que não se consegue descrever, mas somente imaginar, lhe respondeu: “À frente meu filho, não percamos mais tempo!”. Ele me abraçou e eu o beijei como um pássaro, alegre, e saí daquele lugar cheio de alegrias celestiais, fora aqueles carinhos na cabeça que ele me deu, o que dizer deles!
Depois de algum tempo, antes de partir para St. Giovani Rotondo, quis obter um sinal particular de predileção do Padre Pio. A benção dele não era suficiente. Eu também queria que me cumprimentasse com aqueles carinhos na cabeça, que eram para mim o de um verdadeiro pai. Tenho que dizer que eu como um menino, nunca senti falta dos carinhos do Padre Pio. Mas num certo dia, na sacristia tinha muitas pessoas querendo cumprimentar Padre Pio, a sacristia era pequena e por isso o Pe. Vincenzo exortou a todos com a severidade habitual: “Não empurrem... não atrapalhem o Padre Pio... para trás...”. Neste momento eu me desencorajei e pensei: “Partirei sem a benção do Padre Pio. Não quis ir até ele e por isso pedi ao meu anjo da guarda para se tornar um mensageiro e contar ao Padre Pio que eu iria partir, e disse com estas palavras: Pai, eu parto, desejo receber a benção e o carinho paternal do Padre Pio, para mim e para minha esposa”. Padre Vincenzo ainda estava repetindo... “Não empurrem Padre Pio... não empurrem”. Quando aquele padre piedoso, caminhou ao meu encontro, eu sentia ao mesmo tempo uma grande ansiedade e uma grande tristeza. De repente ele veio ao meu encontro, e sorrindo me deu aqueles carinhos na cabeça e estendeu a mão para que lhe beijasse.

Uma mulher estava sentanda em um quarto do Convento dos Capuchinhos. A Igreja estava fechada. Era tarde. A mulher rezava em seu íntimo, e repetia com seu coração: “Padre Pio, me ajude! Anjo da guarda, por favor, vá dizer para pai Pio que me ajude, caso contrário minha irmã morrerá! “Da janela sobre ela, veio a voz do padre Pio: “Quem está me chamando? Qual é o problema?” A mulher admirada contou sobre a doença de sua irmã e Padre Pio, foi ao encontro da mulher doente e a curou.

Um homem contou para Pai Pio: Eu não posso vir vê-lo freqüentemente. Meu salário não me permite tais viagens longas e caras. Pai Pio respondeu: Quem lhe disse que você precisa vir aqui? Você tem seu Anjo da guarda, não o tem? Você conte o que você quer, o envia aqui, e você terá a resposta!


Quando Pio era um padre jovem ele escreveu uma carta ao seu confessor dizendo: quando fecho meus olhos e a noite vem, eu posso ver o Céu que aparece diante de mim. Fiquei muito alegre por esta visão, porque assim posso dormir com um doce sorriso nos lábios e com uma face tranqüila, como que a espera do menino da minha infância que virá me acordar e começaremos a cantar juntos elogios ao Grande amor dos nossos corações.

Um dia Padre Alessio se aproximou de Pai Pio com algumas cartas na mão, para lhe fazer perguntas mas pai Pio lhe falou bruscamente: - Você não está vendo que eu estou ocupado? Me deixe só. Padre Alessio foi embora aborrecido. Pe. Pio vendo como Pe. Alessio ficara, correu atrás dele e lhe disse:  - Você não viu quantos anjos estavam perto de mim? Eles eram o Anjos da guarda de minhas crianças espirituais, que vieram trazer as mensagens deles para mim. Eu tinha que lhes dar respostas, informá-las.

Um doutor perguntou para Padre Pio: - Tantos anjos vivem sempre junto de você. Eles não lhe dão problemas? - Não, eles não fazem nada. Padre Pio com uma simplicidade respondeu. - Eles são muito obedientes. 

Padre Pio disse certa vez a uma pessoa: - Nós rezaremos pela sua mãe, para que o seu anjo da guarda lhe faça companhia. 

Uma das crianças espirituais de Padre Pio, disse: Pai Pio é tão piedoso, sempre escuta aqueles que o chamam. Uma noite, um grupo de amigos que chegara a pouco a St. Giovanni Rotondo, estavam falando da pessoa do Padre Pio e ingenuamente começaram a enumerar perguntas que queriam fazer para ele e pediram a seus anjos que levassem os pedidos ao padre o mais cedo possível. No dia seguinte depois da Santa Missa, padre Pio lhes reprovou: - Vocês não me deixaram tranqüilo a noite passada! Mas o sorriso de padre Pio, desmentia suas palavras. Nisso eles viram que o frade lhes tinha atendido.

Pio, você pode ouvir tudo o que o Anjo da guarda lhe conta? Uma pessoa perguntou para Padre Pio. E ele respondeu: - Claro que sim! Você pensa que os anjos são desobedientes como você? Me envie seu Anjo da guarda! 

É inútil que me escrevas, porque eu não posso lhe responder. Envie-me seu Anjo da guarda sempre, e eu farei tudo.

Seu Anjo da guarda me contou algumas coisas que me fazem entender sua desconfiança.

Invoque o seu Anjo da guarda, pois ele te iluminará e te guiará no caminho de Deus. Deus o deu a você. Então o use. 

Se a missão do nosso Anjo da guarda for uma grande missão, a minha missão é sem dúvida maior, porque ele tem que ser como um professor para me explicar outros idiomas.

Envie-me seu Anjo da guarda, porque ele não paga ingresso no trem e nem consome seus sapatos.

Para todas as pessoas que vivem há um Anjo da guarda. Por isso ninguém se encontra sozinho.

Fonte:

SEJA UM BENFEITOR!