segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Uma coisa que nunca os esposos devem esquecer



A paz é o sol da família é o fundamento de toda a prosperidade familiar; corta as dissensões, acalma os nervos, serve de lenitivo nas penas inevitáveis da vida, alivia as cruzes, gera compaixão recíproca, multiplica os bons exemplos, e é também meio eficaz para favorecer os  negócios da família.Que é que os esposos nunca se devem esquecer? É a paz. Quando Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos a primeira palavra que disse aos seus Apóstolos foi esta: "PAX VOBIS!" - "A paz esteja convosco”.



Onde reina a paz os pais são respeitados e obedecidos, os velhos são venerados, os doentes cuidados com a maior benevolência, irmãos e irmãs, sogros e sogras, amam-se e se ajudam mutuamente e os criados  louvam aos seus amos; se o Paraíso pode ter algo de parecido com este  mundo, será sem dúvida numa família onde reina a paz. 


Sendo tão formosa a paz, não é estranho que encontre tantos inimigos. O primeiro deles é sem dúvida a ignorância. Não parece verdade, mas é assim mesmo. Muitas jovens esposas não sabem  apreciar o bem  da paz e sem querer põem-se em condições de não poder gozá-la.


Podem elas classificar-se em diferentes categorias:


Esposas inimigas da paz são aquelas filhas que não tiveram a felicidade de ter uma boa educação.


Um dia, uma destas me dizia o seguinte: "Quando eu  estiver naquela família, farei que as coisas andem de outro modo". E foi para lá com o propósito de dominar.


Outra, rebelde à autoridade de seus pais, considerava o matrimônio como libertação e um estado de descanso. Outra ainda, que talvez  em casa estava sujeita a trabalhos pesados, pensou que casando-se seria  apenas a SENHORA. Uma quarta tinha idéias esquisitas, como por exemplo, explorar o marido para fazer figura na sociedade, para satisfazer à gula, os caprichos da moda, e outras paixões.Não faltam exemplos  de matrimônios contraídos com uma diferença exagerada de idade, unidos unicamente pelo interesse ou por qualquer outro motivo menos reto.


Agora se vê claramente que se uma esposa entra em casa do esposo com tais propósitos, nunca se encontrará disposta a manter a paz em  sua nova família.


Quais os meios para se conservar a paz?


Primeiro, é a educação da esposa. É necessário, antes de tudo di-zer que certas famílias não sabem o que significa harmonia. Os pais, vivendo em constantes rixas entre si, deitam a perder, com seus maus  exemplos, a educação dos filhos. A alteração entre eles vem a ser conatural e até parece que para eles é coisa inevitável.


Dir-se-ia que vivem para se mortificarem reciprocamente. Ai!

Que prejuízos causa uma má educação! Desta má educação muitas vezes origina-se um defeito natural que se pode denominar, má disposição  de ânimo. É uma mania de dizer sempre não!


Há pessoas que parecem possuídas pelo espírito de contradição.


Os outros estão sempre enganados; as palavras dos outros precisam sempre ser corrigidas ou modificadas por suas observações. Tudo tem que passar pela sua censura. São elas que hão de por os pontos nos is.

O que acontece com as opiniões, sucede também na prática da vida. Parece que se acha o maior prazer deste mundo em fazer o contrário do que os outros fazem.


Pois bem, este é um péssimo modo de agir, origem, também, de inúmeros males. É preciso evitá-la decididamente, sob pena de se tornar impossível a convivência e a harmonia entre os membros de uma família.


É necessário, ao contrário, adquirir-se um temperamento de bondade, de benevolência de benignidade e largueza de vistas. Se se conhece uma pessoa dotada desta virtude, é preciso tomá-la como exemplo e modelo. Há pessoas, que sendo melancólicas em seu exterior, quando querem fotografar-se esforçam-se por parecer de temperamento alegre.

Pois bem o que elas pretendem na fotografia, seria  preciso fazê-lo, em obséquio à paz da família; serão suficientemente louvadas as virtudes da mansidão e da paciência.


É muito verdade o que dizia S. Francisco de Sales:  "Apanham-se mais moscas com uma colher de mel do que com um barril de vinagre".

E este Santo podia muito bem dizê-lo porque ele, de natural colérico, depois de dezoito anos de contínuas lutas contra si mesmo conseguiu dominar-se a ponto de ser, chamado - o doce São Francisco de Sales.

Conta-se a este respeito que São Vicente de Paulo disse em certa ocasião: "Como Deus deve ser bom, pois que tão bom é o Bispo de Ge-nebra (São Francis-co de Sales)".


E a Sagrada Escritura diz: RESPONSlO MOLLlS FRANGlTl-RAM. - Uma resposta doce acalma a ira. (Prov., XV, 1)

O homem sempre quer ter razão. Não convém contradizê-lo. Mas, como é inteligente, se na verdade está enganado, deverá reconhecê-lo e acabará por dar razão à mulher. Muitas vezes não querem outra coisa, senão que, não se lhes contradiga.

Passa o momento de cólera, ele cai em si, lembra-sede que a mu-lher poderia muito bem ter respondido e pensando que ela soube calar, ter-lhe-á ainda maior estima.


Certa mulher contou-me que um dia seu marido, sumamente colé-rico e nervoso, ao ver que ela sabia sempre guardarsilêncio, corrigiu-se totalmente e um dia não pôde deixar de lhe dizer: “Venceste! Quem sa-be o que teria sido de nós se tu não te tivesses portado desse modo?”

Mas, venceste para sempre e de modo absoluto.


Diz o Apóstolo São Tiago: "O que sabe refrear a língua, é um ho-mem perfeito". (S. Tiago, lU, III, l)



MATERNIDADE CRISTÃ – PE. HUMBERTO GASPARDO


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