quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Catecismo Ilustrado - Parte 33 - 2º Mandamento de Deus (continuação): Não invocar o Santo Nome de Deus em vão



Catecismo Ilustrado - Parte 33

Os Mandamentos

2º Mandamento de Deus (continuação): Não invocar o Santo Nome de Deus em vão

1. Dissemos já que quem jurou fazer uma coisa má e cumpre o seu juramento, comete dois pecados: um por ter jurado fazer uma coisa má, outro por cumprir o juramento.

2. Foi o pecado que cometeu Herodes mandando degolar São João Batista. São Marcos narra assim o fato: “Ora o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado célebre. Uns diziam: “João Batista ressuscitou de entre os mortos; é por isso que o poder de fazer milagres se manifesta n'Ele”. Outros, porém, diziam: “É Elias”. E outros afirmavam: “É um profeta, como um dos antigos profetas”. Herodes, porém, ouvindo isto, dizia: “É João, a quem eu degolei, que ressuscitou”. Porque Herodes tinha mandado prender João, e teve-o a ferros numa prisão por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado. Porque João dizia a Herodes: “Não te é lícito ter a mulher de teu irmão”. Herodíades odiava-o e queria fazê-lo morrer; porém, não podia, porque Herodes, sabendo que João era varão justo e santo, olhava-o com respeito, protegia-o e quando o ouvia ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. Chegou, porém, um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, deu um banquete aos grandes da corte, aos tribunos e aos principais da Galileia. Tendo entrado na sala a filha da mesma Herodíades, dançou e agradou a Herodes e aos seus convidados. O rei disse à jovem: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. E jurou-lhe: “Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino”. Ela, tendo saído, perguntou à mãe: “Que hei-de pedir?” Ela respondeu-lhe: “A cabeça de João Batista”. Tornando logo a entrar apressadamente junto do rei, fez este pedido: “Quero que me dês imediatamente num prato a cabeça de João Batista”. O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis desgostá-la. Imediatamente mandou um guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi degolá-lo no cárcere, levou a sua cabeça num prato, deu-a à jovem, e esta deu-a à mãe. Tendo sabido isto os seus discípulos, foram, tomaram o corpo e o depuseram num sepulcro.” (Marcos VI, 14-22)




3.  A blasfêmia é uma palavra injuriosa a Deus ou aos santos.

4. Há duas espécies de blasfêmia: blasfêmia herética e blasfêmia simples.

5. A blasfêmia é herética quando na injúria que se fez a Deus se encerram falsidades contrárias ou repugnantes à Fé. Isto acontece quando se atribuem a Deus qualidades que Lhe não convêm, como a crueldade, a injustiça etc; ou quando se Lhe negam as que lhe convêm, como a bondade, a misericórdia etc.

6. A blasfêmia simples é aquela que não contem nenhuma falsidade repugnante à Fé, mas PE simplesmente injúria ou desprezo.

7. A blasfêmia é um pecado enormíssimo; é própria dos condenados, e os blasfemadores devem temer toda a sorte de castigos nesta vida e ainda o de morrerem impenitentes.

8. Quando ouvirmos uma blasfêmia devemos nós dar honra a Deus em reparação da blasfêmia e louvá-Lo, dizendo, por exemplo: louvado seja Jesus Cristo.

9. Rogar pragas aos animais é também pecado, porque são criadoras de Deus.

10. As pragas que os pais rogam a seus filhos são maior pecado, porque dão mau exemplo aos filhos e atraem grandes desgraças sobre a sua família.

11. Para emendar-se de rogar pragas podem empregar-se os quatro meios seguintes: 1º considerar os males que causam à sua alma; 2º pedir muito a Deus que lhes dê a Graça de emendar-se; 3º impor-se a si mesmo alguma penitência por cada vez que rogar pragas; 4º pedir a alguém que o advirta quando rogar pragas.

Explicação da gravura

12. Na parte superior vê-se Herodes sentado à mesa e prometendo com juramento dar à filha de Herodíades o que ela pedir.

13. Na parte inferior esquerda, vê-se um homem, que tinha blasfemado, lapidado pelo povo como mandava a lei antiga.

14. Na parte esquerda vê-se o castigo dum homem que, tendo rogado pragas aos seus animais, vê um deles levado pelo diabo.


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