quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Catecismo Ilustrado - Parte 34 - 2º Mandamento de Deus (continuação): Não invocar o Santo Nome de Deus em vão


Catecismo Ilustrado - Parte 34

Os Mandamentos

2º Mandamento de Deus (continuação): Não invocar o Santo Nome de Deus em vão

1. O voto é a promessa feita a Deus com deliberação e intenção que obriga rigorosamente a fazer um bem melhor.

2. Há-de ser promessa, porque uma simples resolução de fazer uma coisa não é promessa nem voto.

3. Há-de ser feita a Deus, porque somente a Deus é que se dirigem os votos. Todavia, os votos feitos aos Santos são também votos e obrigam; porque essas promessas são feitas a Deus em honra daqueles Santos.

4. A promessa há-de ser com deliberação, porque promessas feitas sem consideração não obrigam; são palavras loucas.

5. O voto há-se ser promessa de um bem melhor, porque a matéria do voto há-de ser de uma coisa que seja mais agradável a Deus o fazê-la, do que deixar de a fazer.

6. Essas circunstâncias de o voto ser promessa, e ser deliberada, e ser de, melhor bem, são essenciais, de modo que faltando alguma delas, já não é voto.

7. Os votos feitos com estas circunstâncias por pessoa idônea, obrigam em consciência e é pecado faltar a eles; o pecado é leve ou grave segundo a matéria do voto.

8. Podemos pecar contra os votos de duas maneiras: 1º decidindo não os cumprir; 2º adiando por muito tempo e sem causa o seu cumprimento.

9. Quando uma pessoa se acha na impossibilidade de cumprir os votos que fez, deve pedir que estes sejam comutados ou dispensados. Esta impossibilidade pode ser total ou parcial. Sendo parcial, deve-se cumprir a parte possível.

10. O voto é pessoal ou real: 1º é pessoal, quando obriga unicamente a pessoa que o fez, como por exemplo o voto de rezar tal ou tal oração; 2º é real nos outros casos, por exemplo, o voto de fazer uma peregrinação, o voto de dar dinheiro aos pobres, o voto de mandar dizer Missa etc.

11. O voto é perpétuo ou temporário: 1º é perpétuo quando obriga por toda a vida; 2º é temporário, se é só por algum tempo.

12. O voto de fazer uma coisa já ordenada pela lei de Deus, ou da Igreja, ou pelos superiores é válido, porque aumenta a fidelidade e a devoção no cumprimento do dever.

13. Quando se faz voto de fazer uma coisa boa em si, mas com um fim mau e perverso, o voto é nulo, porque a matéria do voto tornou-se má, e não é lícito fazer votos de coisas más.

14. O voto que se faz para castigo de um pecado, por exemplo, o voto de dar uma esmola quando rogarmos pragas, é válido e obrigatório.

15. O Espírito Santo diz: “Melhor é não fazer votos, do que fazê-los e não os cumprir”.

16. Por justos motivos, obtém-se da Igreja a dispensa ou a comutação dos votos. Pertence isso ao confessor, exceto para certos votos especialmente reservados ao Papa.

17. Ninguém deve obrigar-se por voto sem: 1º ter examinado se poderá cumprir o prometido; 2º sem ter consultado o confessor.

18. Os votos mais perfeitos são os de pobreza voluntária, de castidade e de obediência que fazem os religiosos e as religiosas.

19. Estes votos são reservados ao Papa, assim como os votos das três grandes peregrinações de Santiago de Compostela, de São Pedro de Roma, e de Jerusalém.

Explicação da gravura

20. Na parte inferior esquerda está representado Jefté que acaba de ganhar uma batalha. Fizera o voto imprudente, se saísse vitorioso, de sacrificar a Deus a primeira pessoa que encontrasse, e foi a sua filha. Não a imolou ao Senhor, mas foi votada a virgindade.

21. Na parte superior vemos Maria Santíssima indo ao templo de Jerusalém, acompanhada de seus pais, para consagrar a Deus a sua virgindade. Recebem-na ao pé dos degraus o sumo sacerdote, e no alto o velho Simeão e a profetisa Ana.

22. Na parte inferior direita veem-se marinheiros ajoelhados diante do altar da Virgem. Numa tempestade, fizeram voto de visitar um templo consagrado a Maria, se escapassem à morte, e estão a cumprir o seu voto.


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