Meios
de Salvação
São Dionísio afirmou que não há nada mais nobre e agradável a DEUS
que cooperar em Sua obra de salvar almas e assim frustrar os planos do diabo,
para levá-las à ruína. O FILHO de DEUS veio à Terra por uma única razão a de
salvar as almas.
Assim,
Ele derrotou o império de satanás ao fundar a Igreja, mas este reuniu suas
forças e dividiu com cruel violência as almas através da heresia albigense,
através do ódio, das discórdias e dos vícios abomináveis que se espalharam no
Mundo nos séculos XI, XII e XIII.
Só
com medidas rigorosas se podia curar tão terríveis desordens e repelir as
forças de satanás. A Santíssima Virgem, Protetora da Igreja, nos deu um
poderosíssimo meio de apaziguar a ira de Seu Filho, extirpando a heresia e
reformando a moral cristã, na Confraria do Santo Rosário. Os atos o
comprovaram: reavivou-se a caridade, trouxe de volta a frequência nos
Sacramentos como nos primeiros séculos de ouro da Igreja e se reformaram os
costumes morais dos cristãos.
O
Papa Leão X disse em sua Bula que sua Confraria foi fundada em honra a DEUS e
da Santíssima Virgem, como parede, a fim de combater os demônios que estavam
para destruir a Igreja.
Gregório
XIII disse que o Rosário nos foi dado do Céu como meio de aplacar a ira de DEUS
e de implorar a intercessão de Nossa Senhora.
Júlio
III afirma que o Rosário foi inspirado por DEUS a fim que o CÉU fosse mais
facilmente aberto a nós através dos favores de Nossa Senhora.
Paulo
III e São Pio V declaram que o Rosário foi dado aos fiéis a fim de que eles
possam ter paz espiritual e consolação mais facilmente. Com certeza todos irão
querer se inscrever numa confraria que foi fundada por tão nobres propósitos.
O
Padre Domingos, o cartusiano, que foi grande devoto do Santo Rosário, teve esta
visão: os Céus se abriram para ele e toda a corte celeste estava reunida numa
organização maravilhosa. Ele os ouvir cantar o Rosário numa melodia encantadora
e cada dezena era em honra a um mistério da vida, paixão e glória de Nosso
Senhor JESUS CRISTO e de Sua Santíssima Mãe. O Padre Domingos percebeu que
sempre que diziam o santo nome de Maria, curvavam suas cabeças e, ao nome de
JESUS, eles se ajoelhavam e davam graças a DEUS pelo grande bem que Ele
concedera ao Céu e à Terra através do Santo Rosário, que os membros da
Confraria rezam aqui na Terra. Ele, também, percebeu que eles estavam orando
por aqueles que praticavam esta devoção. Ele também viu lindas coroas
inumeráveis que eram feitas de lindas e perfumadas flores preparadas para os
que rezam devotamente o Rosário, e que a cada vez que rezam, acrescenta-se uma
coroa com a qual serão adornados nos Céus.
Esta
santa visão do cartusiano se parece com que São João, o discípulo bem-amado,
teve. Ele teve uma visão de uma multidão de Anjos e Santos que continuamente
louvavam e bendiziam Nosso Salvador JESUS CRISTO por tudo que Ele fez e sofreu
na Terra para a nossa salvação. Eis precisamente o que os devotos membros da
Confraria do Rosário fazem.
Não
se deve pensar que o Rosário é apenas para mulheres e para os simples
ignorantes; é também para homens e mesmo os mais importantes. Assim que São
Domingos deu conta ao Papa Inocêncio III da ordem que ele tinha recebido do Céu
a fim de se estabelecer a Confraria do Santíssimo Rosário, o Santo Padre aprovou,
exortou a São Domingos que o pregasse e disse que ele mesmo queria ser membro
dela. Muitos Cardeais abraçaram a devoção com grande fervor também, de sorte
que Lopez não duvidou em escrever: “Nem
sexo, nem idade, nem nenhuma outra condição tem mantido alguém longe da devoção
ao Santo Rosário.”
Efetivamente, a confraria se vê composta de
todas as classes de pessoas: duques, príncipes, reis, prelados, cardeais e Sumo
Pontífices; seria demasiadamente longo citar seus nomes neste livreto, que se
trata de um sumário somente. Se você se inscrever na Confraria, caro leitor,
você compartilhará na devoção de seus companheiros e nas graças que ele obtêm
na Terra, bem como na glória nos Céus. “Desde
que você esteja unido a eles nesta devoção, você ira compartilhar na sua
dignidade.”
33º Capitulo - Extraído do Livro "O Segredo do Rosário" São Luiz M. Grignion de Montfort
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