quarta-feira, 21 de março de 2018

Durante a confissão, o monge viu que a folha de papel ia ficando em branco…




Enquanto o jovem se confessava, o monge teve a visão de um homem venerável, que ia apagando de um papel todos os seus pecados


Santo Afonso Maria de Ligório comenta sobre um santo sacerdote que obrigara o demônio, em nome de Deus, a revelar o que mais o prejudicava. O diabo respondeu que o que mais lhe causava danos e mais lhe dava raiva eram as pessoas que se confessavam com frequência.

Santo Afonso comenta ainda:


Ouçamos o que o Senhor revelou a Santa Brígida: ‘Quem desejar conservar o fervor, deverá purificar-se muitas vezes pela confissão e acusar-se frequentemente de suas faltas e negligências no serviço de Deus‘. Uma alma que aspira à perfeição, diz Cassiano, deve empenhar-se em ter uma grande pureza de consciência, pois por esse meio alcançará o amor perfeito de Deus, que só é concedido às almas puras, correspondendo a medida do amor à pureza do coração. (…)

Pela confissão a alma se purifica das faltas cometidas. A este respeito, São João Clímaco narra o seguinte:

Um jovem desejava entrar num convento para se corrigir da vida pecaminosa que levara no mundo. O abade, antes de recebê-lo, quis provar a sua vocação, e, por isso, disse-lhe que, para ser admitido, deveria confessar publicamente todos os seus pecados. O jovem, que estava sinceramente resolvido a dar-se todo a Deus, obedeceu, e, enquanto confessava diante da comunidade as suas faltas, um dos monges conhecido pela santidade viu um homem de aspecto venerável apagando de um papel, à medida que o jovem os declarava, os pecados por ele cometidos, de forma tal que, no fim da acusação, estava o papel inteiramente em branco.

O que não se passou visivelmente, dá-se ainda hoje invisivelmente com todo aquele que, com as devidas disposições, se confessa de seus pecados.

Pela confissão não só se apagam as manchas do pecado, mas a alma adquire também novas forças para não recair mais neles.

Santo Afonso Maria de Ligório, Escola de Perfeição Cristã

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