quinta-feira, 26 de setembro de 2024

PADRE PIO RELATA SUA “CRUCIFICAÇÃO”

 

Padre Pio: a partir de 29 de abril, serão tornadas públicas dez fotos  inéditas - Vatican News

Padre Pio, o santo sacerdote capuchinho estigmatizado, conta-nos como os sinais da Paixão do Senhor foram impressos em seu corpo, em 20 de setembro de 1918.

Fonte: Radio Spada – Tradução: Dominus Est

“Era a manhã do dia 20 de setembro passado, no coro, após a celebração da santa Missa, que fui surpreendido por um repouso, semelhante a um doce sono. Todos os sentidos internos e externos, bem como as próprias faculdades da alma, se encontravam em uma quietude indescritível. Em tudo isso houve um silêncio completo ao meu redor e também dentro de mim. Subitamente sucedeu uma grande paz e abandono à completa privação de tudo e uma trégua na própria ruína. Tudo isso aconteceu num piscar de olhos. E, enquanto tudo isso acontecia, vi-me diante de um misterioso personagem, semelhante àquele visto na noite de 5 de agosto, diferindo apenas no fato de que suas mãos, pés e laterais escorriam sangue. 

A visão dele me aterrorizou; não sei dizer o que senti naquele instante. Sentia-me como se estivesse morrendo e teria morrido realmente se o Senhor não tivesse intervindo para sustentar meu coração, que eu sentia saltar-me do peito. A visão do personagem desapareceu e percebi que minhas mãos, pés e lado estavam perfurados e expeliam sangue. Imagine o tormento a que me submeti naquele momento e que continuo a viver quase todos os dias.

O sangue continua a verter da chaga do coração incessantemente, sobretudo da noite de quinta-feira até o sábado. Meu Pai, morro de dor devido a esse suplício e pela subsequente confusão que sinto no fundo da minha alma. Temo sangrar até a morte se o Senhor não ouvir os gemidos do meu pobre coração e retirar de mim esta operação. Será que Jesus, que é tão bom, me concederá esta graça? Será que Ele, ao menos, tirará de mim essa confusão que experimento por causa desses sinais externos? Elevarei forte minha voz à Ele e não cessarei de suplicar-Lhe, para que, na Sua misericórdia, afaste de mim não o tormento, não a dor, porque vejo que isso é impossível e sinto querer me embriagar da dor, mas desses sinais externos, que são de uma confusão e humilhação indescritíveis e insuportáveis.

O personagem sobre o qual eu pretendia falar em meu comentário anterior não é outro senão aquele mesmo que outrora havia falado, visto em 5 de agosto.  Ele segue sua operação incessantemente, com superlativo tormento de alma. Ouço em meu interior um barulho contínuo, semelhante ao de uma cachoeira, que sempre derrama sangue. Meu Deus! É justo vosso castigo e reto vosso julgamento, use de misericórdia para comigo.”

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Livre de todas as tentativas maliciosas dos ímpios, dos incrédulos, dos hipercríticos e dos seguidores de uma ciência de falso nome, o fenômeno milagroso das feridas impressas no corpo do Padre Pio permanece humanamente inexplicável até hoje, como explicou o professor Ezio Fulcheri.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

FESTA DO SANTÍSSIMO NOME DE MARIA




Et Nomen Virginis Maria — «E o Nome da Virgem era Maria» (Luc 1, 27)

Sumário. O santíssimo Nome de Maria é, depois do de Jesus, superior a todo outro nome, e, assim como o de Jesus, é para nós um nome de salvação, esperança e amor. Procuremos, portanto, tê-lo sempre no coração e nos lábios: em todos os perigos, em todas as angústias, em todas as dúvidas invoquemo-lo sempre juntamente com o do seu divino Filho, dizendo: Jesus e Maria, salvai-me! Lembremo-nos, porém, que para experimentarmos todos os efeitos do nome de Maria, é preciso que imitemos as virtudes daquela que o possui.

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O santíssimo Nome de Maria não foi achado na terra, mas desceu do céu e foi imposto à divina Mãe por ordem expressa de Deus, como atestam São Jerônimo, Santo Epifânio e outros. É, pois, este nome, depois do de Jesus, superior a qualquer outro nome, e, assim como o de Jesus, é para todos nós um nome de salvação, de esperança, de amor.

É um nome de salvação; porque, conforme a revelação feita pela Bem-Aventurada Virgem mesma a Santa Brígida, quando o invocamos devotamente, afastam-se os demônios, e mais se chegam a nós os anjos bons para nos defender contra os assaltos do inferno. E, falando em particular das tentações contra a pureza, é geralmente sabido que este nome poderoso dá grande força para as vencer, de modo que São Pedro Crisólogo não hesita em dizer que o nome de Maria é indício de castidade: Nomen hoc indicium castitatis. Quem, na dúvida de ter consentido nas tentações, se lembra de ter invocado o nome de Maria, tem um sinal certo de que não ofendeu a castidade.

O nome de Maria é um nome de esperança, pois, como diz São Boaventura, este nome está tão cheio de graças, que não pode ser proferido sem comunicar alguma graça a quem devotamente o invoca. Pelo que diz Pelbarto que, assim como Jesus com as suas cinco chagas deu ao mundo o remédio para os seus males, também Maria com o seu santíssimo nome, que é composto de cinco letras, alcança todos os dias os bens celestes para os homens.

Finalmente, o nome de Maria é um nome de amor, porque encerra um certo quê de admirável, de suave, de divino. Santo Antônio de Pádua experimentava neste nome a mesma doçura que São Bernardo experimentava no nome de Jesus, e dizia: «O nome desta Virgem Mãe é alegria no coração, mel na boca, melodia no ouvido dos seus devotos». — O grande nome de Maria contém uma virtude tão admirável, que, ainda que os seus devotos o ouçam mil vezes, sempre lhes parece novo, e lhes faz experimentar a mesma doçura. Por isso exclamava o Bem-aventurado Henrique Suso: «Ó Nome suavíssimo! ó Maria! qual sereis vós mesma, se o vosso só nome é tão amável e gracioso?»

Meu irmão, valhamo-nos sempre do excelente conselho que São Bernardo nos dá. Em todos os perigos de perder a graça divina, em todas as angústias, em todas as dúvidas, pensemos em Maria, e invoquemos o seu nome juntamente com o nome de Jesus, porque andam sempre juntos estes dois nomes(1). Não se apartam nunca estes dois dulcíssimos e poderosíssimos nomes, nem do nosso coração, nem da nossa boca. Com eles chegaremos seguros ao porto da eterna salvação. — Mas lembremo-nos que, para obter o socorro deste grande Nome de Maria, é necessário que imitemos os exemplos de suas virtudes: Et ut impetres eius orationis suffragium, non deseras conversationis exemplum.

† Ó Mãe do Perpétuo Socorro, concedei-me a graça de invocar sempre o vosso poderosíssimo Nome; pois é ele o nosso auxílio na vida e a nossa salvação na morte. Ó Maria, puríssima e dulcíssima Virgem, fazei que o vosso Nome seja daqui em diante o alento da minha alma. Apressai-vos, ó Rainha, em socorrer-me sempre que vos invocar, pois, em todas as tentações que me assaltarem, em todas as necessidades que me oprimirem, jamais deixarei de chamar por vós, dizendo e repetindo: Maria! Maria! Que consolação, que doçura, que confiança, que ternura não sente a minha alma, somente com invocar-vos e até somente pensando em vós! Dou graças ao Senhor que, para o meu bem, vos deu esse nome tão suave, tão amável e tão poderoso. Não me basta, porém, só pronunciar o vosso Nome; quero pronunciá-lo com amor, pois é o amor que me lembrará de vos invocar com o título de Mãe do Perpétuo Socorro(2).

«Ó Deus onipotente, concedei-me propício que, assim como me alegro sob o Nome e a proteção da Santíssima Virgem Maria, mereça pela sua intercessão ser livre na terra de todos os males, e depois ser digno de possuir no céu os gozos eternos»(3).

1. Indulgência de 25 dias cada vez que se invoca o Nome de Jesus, e outros tantos pelo Nome de Maria.

2. Indulgência de 100 dias.

3. Or. festi.

Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III – Santo Afonso

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