Em consonância com a lei divina, a Igreja enfatiza a necessidade de confessar todo e cada pecado mortal de que se lembre após exame diligente e adequado, com todas as circunstâncias que podem alterar a espécie do pecado. Nos tempos presentes, como consequência da obrigação de receber comunhão ao menos uma vez por ano, temos, também, por preceito eclesiástico, a obrigação grave de confessar, ao menos uma vez por ano, quaisquer pecados mortais ainda não acusados em confissão válida.
A Igreja não exige nada mais — nem uma frequência maior, nem a confissão dos pecados veniais — mas tanto a Igreja quanto todos os autores espirituais aconselham e encorajam-nos a duas coisas adicionais. Em primeiro lugar, buscar a absolvição dos nossos pecados mortais o quanto antes e tão frequentemente quanto preciso.
Em segundo lugar, também somos aconselhados e encorajados à confissão devocional mesmo de nossos pecados veniais. Como o Concílio de Trento estabelece:
“Pecados veniais, que não nos privam da graça de Deus, e nos quais caímos com maior frequência, podem retamente e com benefício ser acusados na confissão, como torna clara a prática das pessoas devotas. [Também] podem não ser declarados sem [que configure] qualquer falta, e podem ser expiados de várias outras formas”.
A prática piedosa da confissão frequente assegura um progresso mais rápido no caminho da perfeição. Por exigir um exame frequente da consciência e o conhecimento de nossas fraquezas, aumenta o autoconhecimento e o crescimento na humildade; “nossos maus hábitos são corrigidos, a negligência e a tibieza encontram resistência, a consciência é purificada, a vontade fortalecida, um salutar autocontrole é atingido, e a graça é aumentada em razão do sacramento em si” (Pio XII, Mystici Corporis).
Se para os religiosos a lei canônica requer a confissão semanal, e para os sacerdotes, ao menos a cada duas semanas, para leigos, confissão “frequente” geralmente significa mensal, de acordo com as possibilidades e as necessidades dos indivíduos.
Para avançar na perfeição espiritual, a confissão frequente, ordinariamente, exige um confessor regular. Ele será a pessoa mais qualificada para sugerir a frequência adequada ao desenvolvimento espiritual e às possibilidades físicas e morais do penitente.
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