2. A PLENITUDE DOS DONS EM MARIA
g) E agora eis o mais perfeito dos três dons intelectuais do Espírito Santo, o dom de sabedoria. É um dom que aperfeiçoa a virtude da caridade e reside, ao mesmo tempo, no intelecto e na vontade, pois infunde na alma luz e calor, verdade e amor. Este dom compendia todos os outros dons, como a caridade compendia em si todas as outras virtudes.
O dom de sabedoria pode, pois, definir-se um dom que, aperfeiçoando a virtude da caridade, nos faz discernir e julgar relativamente Deus e as coisas divinas segundo seus mais altos princípios, e nos dão disso o sabor.
“Como Maria recebeu, mais que qualquer outra criatura, uma larga participação na virtude da caridade divina, assim também possuiu, com inigualável perfeição, o dom de sabedoria, pelo qual sabia discernir quase por instinto divino as coisas divinas das coisas do mundo, com aquela delicadeza de afeto própria de todo aquele ama, em todas as suas ações.
Essa celeste sabedoria encheu, em seguida, sua alma de uma doçura imensa e infundiu, por fim, em suas obras exteriores um perfume do paraíso, pois está escrito que “nada de amargo existe no trato da sabedoria e conviver com ela não causa tédio, mas consolação e gáudio”.
Quando lemos que “a Sabedoria edificou para si uma casa e levantou sete colunas”, podemos entender como a espiritual e celeste sabedoria de Maria houvesse sido assinalada por sete caracteres que são, por assim dizer, outros tantos sustentáculos seus.
“A sabedoria do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, modesta, dócil, procedendo ao modo dos bons, é cheia de misericórdia e de bons frutos; sem o hábito de criticar e alheia à hipocrisia”.
“Pense-se em quanto deviam ser sólidas as bases dessas sete colunas em Maria e com que majestade se levantava sobre elas sua sabedoria” (LÉPICIER, 1. c.).
3. CULTIVEMOS OS DONS DO ESPÍRITO SANTO!
Também a nós, como a Maria, conforme o dissemos, embora em uma medida incomparavelmente inferior, no Batismo, junto com a graça santificante, Deus bendito prodigalizou os dons do Espírito Santo. pois bem, à imitação de Maria, cultivemo-los também nós incansavelmente em nossa alma! Cultivemo-los, antes de tudo, pela prática das virtudes morais, prática que constitui a primeira condição necessária para a cultura dos dons. Cultivemo-los, em segundo lugar, combatendo estrenuamente o espírito do mundo, que é diametralmente oposto ao espírito de Deus, lendo, meditando as máximas evangélicas e conformando às mesmas nosso próprio procedimento.
Cultivemo-los, finalmente, pelo recolhimento interior, isto é, pelo hábito de pensar frequentemente em Deus, que vive não somente vizinho a nós, mas em nós e, assim recolhidos, nos será mais fácil escutarmos a voz do Espírito Santo e segui-la.
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ROSCHINI, Gabrielle M., OSM. Instruções Marianas. Tradução de José Vicente. São Paulo: Edições Paulinas, 1960, pp. 176-181.
O dom de sabedoria pode, pois, definir-se um dom que, aperfeiçoando a virtude da caridade, nos faz discernir e julgar relativamente Deus e as coisas divinas segundo seus mais altos princípios, e nos dão disso o sabor.
“Como Maria recebeu, mais que qualquer outra criatura, uma larga participação na virtude da caridade divina, assim também possuiu, com inigualável perfeição, o dom de sabedoria, pelo qual sabia discernir quase por instinto divino as coisas divinas das coisas do mundo, com aquela delicadeza de afeto própria de todo aquele ama, em todas as suas ações.
Essa celeste sabedoria encheu, em seguida, sua alma de uma doçura imensa e infundiu, por fim, em suas obras exteriores um perfume do paraíso, pois está escrito que “nada de amargo existe no trato da sabedoria e conviver com ela não causa tédio, mas consolação e gáudio”.
Quando lemos que “a Sabedoria edificou para si uma casa e levantou sete colunas”, podemos entender como a espiritual e celeste sabedoria de Maria houvesse sido assinalada por sete caracteres que são, por assim dizer, outros tantos sustentáculos seus.
“A sabedoria do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, modesta, dócil, procedendo ao modo dos bons, é cheia de misericórdia e de bons frutos; sem o hábito de criticar e alheia à hipocrisia”.
“Pense-se em quanto deviam ser sólidas as bases dessas sete colunas em Maria e com que majestade se levantava sobre elas sua sabedoria” (LÉPICIER, 1. c.).
3. CULTIVEMOS OS DONS DO ESPÍRITO SANTO!
Também a nós, como a Maria, conforme o dissemos, embora em uma medida incomparavelmente inferior, no Batismo, junto com a graça santificante, Deus bendito prodigalizou os dons do Espírito Santo. pois bem, à imitação de Maria, cultivemo-los também nós incansavelmente em nossa alma! Cultivemo-los, antes de tudo, pela prática das virtudes morais, prática que constitui a primeira condição necessária para a cultura dos dons. Cultivemo-los, em segundo lugar, combatendo estrenuamente o espírito do mundo, que é diametralmente oposto ao espírito de Deus, lendo, meditando as máximas evangélicas e conformando às mesmas nosso próprio procedimento.
Cultivemo-los, finalmente, pelo recolhimento interior, isto é, pelo hábito de pensar frequentemente em Deus, que vive não somente vizinho a nós, mas em nós e, assim recolhidos, nos será mais fácil escutarmos a voz do Espírito Santo e segui-la.
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ROSCHINI, Gabrielle M., OSM. Instruções Marianas. Tradução de José Vicente. São Paulo: Edições Paulinas, 1960, pp. 176-181.
Fonte: Mulher Católica.org.
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