terça-feira, 6 de junho de 2023

15 conselhos do Padre Pio para os que estão sofrendo

 

Estatua de Padre Pío – pt

© Roberto Taddeo

Está difícil manter-se firme na esperança e na fidelidade a Deus? Então este texto é para você

De tempos em tempos, Deus envia ao nosso mundo algumas pessoas extraordinárias, que servem como pontes entre a terra e o céu, e ajudam a que milhares de outras pessoas possam desfrutar do Paraíso eterno.

O século XX nos deixou um homem especial: o Padre Pio de Pietrelcina, um religioso capuchinho nascido nesse povoado do sul da Itália e morto em 1968 em San Giovanni Rotondo. Papa João Paulo II o elevou aos altares em 2002, em uma canonização que bateu todos os recordes de assistência. Hoje, podemos dizer que ele é o santo mais venerado da Itália.

O Padre Pio recebeu dons especiais de Deus, como o discernimento das almas e a capacidade de ler as consciências; curas milagrosas; bilocação; dom das lágrimas; perfume de rosas; e sobretudo os estigmas nos pés, mãos e lado, que ele padeceu durante 50 anos.

Ao longo da sua vida, ele escreveu milhares de cartas às pessoas que dirigia espiritualmente, e estas cartas são uma fonte de sabedoria cristã prática e de grande utilidade.

Seleção

Apresentamos, a seguir, uma pequena seleção de pensamentos do Padre Pio diante do sofrimento, extraídos de suas cartas; tais pensamentos dão esperança e elevam a alma:

1. O sofrimento suportado de maneira cristã é a condição que Deus, autor de todas as graças e de todos os dons que conduzem à salvação, estabeleceu para conceder-nos a glória.

2. Quanto mais sofrimentos você tiver, mais amor receberá.

3. Jesus quer preencher todo o seu coração.

4. Deus quer que sua incapacidade seja a sede da sua onipotência.

5. A fé é a tocha que guia os passos dos espíritos desolados.

6. No tumulto das paixões e das vicissitudes adversas, que nos sustente a grata esperança da inesgotável misericórdia de Deus.

7. Coloque toda a sua confiança somente em Deus.

8. O melhor consolo é aquele que vem da oração.

9. Não tema por nada. Ao contrário, considere-se muito afortunado por ter sido considerado digno e partícipe das dores do Homem-Deus.

10. Deus o deixa nessas trevas para a sua glória: esta é a grande oportunidade do seu progresso espiritual.

11. A felicidade só se encontra no céu.

12. Quanto mais crescem as tentações do demônio, mais perto a alma está de Deus.

13. Bendiga o Senhor pelo sofrimento e aceite beber o cálice do Getsêmani.

14. Suporte os sofrimentos durante toda a sua vida para poder participar dos sofrimentos de Cristo.

15. A oração é a melhor arma que temos: é uma chave que abre o coração de Deus.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

A dica infalível do Padre Pio sobre como enfrentar tempos difíceis

 

PADRE PIO,I ABSOLVE YOU

Jeffrey Bruno | Aleteia

Padre Pio vivenciou duas guerras mundiais e uma epidemia

São Padre Pio era conhecido por sua devoção profunda e permanente à Maria, Mãe Santíssima. Ele disse certa vez: “Vamos nos esforçar, como tantas almas eleitas, para seguir esta Mãe bendita, para caminhar sempre perto dela, não seguindo qualquer outro caminho que leva à vida, exceto aquele trilhado por nossa Mãe”.

Em particular, Padre Pio via a devoção à Maria como uma arma inestimável em face da adversidade.

Em tempos de escuridão, segurar o Rosário é como segurar a mão de sua Mãe Santíssima. Reze o Rosário todos os dias. Abandone-se nas mãos de Maria. Ela vai cuidar de você”, disse ele.

Esse, de fato, foi um hábito que ele manteve ao longo de sua vida. E Padre Pio teve uma vida tumultuada, pois viveu duas guerras mundiais e uma epidemia.

Certamente, quando rezado com fé, o Rosário (ou o Terço) pode ser uma oração poderosa que nos mantém unidos a Jesus e sua mãe, Maria.

Não subestime isso, e se você se encontrar em tempos difíceis, considere seguir as palavras de sabedoria do Padre Pio.

domingo, 4 de junho de 2023

São Luís Montfort explica como as orações a Maria são transferidas a Deus

 

HAND OF VIRGIN MARY STATUE

By Myibean | Shutterstock


Entenda por que Maria é um "eco de Deus", um canal puro e sem ruído que leva nossas orações diretamente a seu Pai Celestial

São Luís Maria de Montfort, sacerdote do século XVIII e devoto da Virgem Maria, explica o que acontece com as orações dirigidas a Nossa Senhora. A explicação se encontra em seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem“. 

Ele começa escrevendo que orações sinceras e devotas à Virgem Maria “darão mais glória a Jesus em um mês do que em muitos anos de devoção mais exigente”.

Montfort explica que Maria é um canal puro para nossas orações, e que ela transforma nossas preces em orações gloriosas ao Pai Celestial.

“Ela é um eco de Deus, falando e repetindo somente Deus. Se você diz ‘Maria’, ela diz ‘Deus’. Quando Santa Isabel louvou Maria, chamando-a de bem-aventurada porque ela acreditou, Maria, o eco fiel de Deus, respondeu com seu cântico: ‘Minha alma glorifica o Senhor’.

O que Maria fez naquele dia ela faz todos os dias. Quando a louvamos, quando a amamos e a honramos, quando lhe apresentamos qualquer coisa, então Deus é louvado, honrado e amado – e recebe nosso dom por meio de Maria e em Maria”.

Em outro exemplo, Montfort imagina a Virgem Maria tomando nossas orações em suas mãos e as transformando ao apresentá-las a Deus.

“Nossa Senhora, em seu imenso amor por nós, está ansiosa para receber em suas mãos virginais o dom de nossas ações, atribuindo-lhe uma beleza e um esplendor maravilhosos, e apresentando-o ela mesma a Jesus de boa vontade. Mais glória é dada a nosso Senhor dessa maneira do que quando fazemos nossa oferta com nossas próprias mãos culpadas.”

Portanto, da próxima vez que você fizer orações à Virgem Maria, lembre-se de como ela recebe suas orações e as leva diretamente a Deus. De uma forma muito real, quanto mais perto estivermos de Maria, mais perto estaremos de Deus.

sábado, 3 de junho de 2023

5 pensamentos do Padre Pio sobre o Santo Rosário

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Dagmar Breu - Shutterstock



Padre Pio conhecia bem o poder desta devoção

Padre Pio sempre foi visto dedilhando suas contas do Rosário. De fato, ele era conhecido por ser um grande apreciador dessa devoção.

Aqui estão cinco vezes que ele mencionou o Rosário e a Rainha a quem ele é dirigido:

1FORA, SATANÁS!

“Satanás quer destruir esta oração, mas nisso ele nunca terá sucesso. O Rosário é a oração daqueles que triunfam sobre tudo e todos. Foi Nossa Senhora quem nos ensinou esta oração, assim como foi Jesus quem nos ensinou o Pai Nosso.”

2SEGURAR A MÃO DA MÃE

“Em tempos de escuridão, segurar o Rosário é como segurar a mão da Mãe Santíssima. Reze o Rosário todos os dias. Abandone-se nas mãos de Maria. Ela vai cuidar de você.”

3BEM AO LADO DELA

“A atenção deve estar na Ave Maria, nas saudações que dais à Virgem e nos mistérios que contemplais. Ela está presente em todos os mistérios e participou de tudo com amor e dor.”

4RECITAR SEMPRE

“Ame Nossa Senhora e faça-a amada; recite sempre o Rosário e recite-o sempre que possível.”

5UMA ORAÇÃO DO PADRE PIO A NOSSA SENHORA

“Tem pena de mim! Que um olhar compassivo teu me reaviva, me purifique e me eleve a Deus, levantando-me da imundície deste mundo para que eu possa ir para Aquele que me criou, que me regenerou no Santo Batismo, devolvendo-me minha estola branca de inocência que o pecado original tanto profanou. Querida Mãe, faz-me amá-Lo!” 

quarta-feira, 31 de maio de 2023

31 DE MAIO – FESTA DE NOSSA SENHORA RAINHA (MARIA RAINHA)

Nossa Senhora Rainha, mediadora da paz 

Clique na imagem para acessar a CARTA ENCÍCLICA AD CAELI REGINAM, do Sumo Pontífice Papa Pio XII,SOBRE A REALEZA DE MARIA  E A INSTITUIÇÃO DA SUA FESTA

terça-feira, 30 de maio de 2023

Ninguém vai ao Pai senão por Mim

 

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida." Cristo parece dizer-nos: "Por onde queres passar? Eu sou o caminho. Onde queres chegar? Eu sou a verdade. Onde queres ficar? Eu sou a vida." Caminhemos pois em plena segurança por este caminho; e, fora do caminho, tenhamos cuidado com as armadilhas. Porque dentro do caminho o inimigo não ousa atacar - o caminho é Cristo -, mas fora do caminho monta os seus ardis. [...]


O nosso caminho é Cristo na sua humildade; Cristo verdade e vida é Cristo na sua grandeza, na sua divindade. Se seguires o caminho da humildade, chegarás ao Altíssimo; se, na tua fraqueza, não desprezares a humildade, permanecerás cheio de força no Altíssimo. Porque foi que Cristo tomou o caminho da humildade? Foi por causa da tua fraqueza, que era um obstáculo intransponível; foi para te libertar dela que tão grande médico veio a ti. Tu não podias ir até ele; por isso, veio Ele até ti. Veio ensinar-te a humildade, que é um caminho de regresso, porque era o orgulho que nos impedia de retornar à vida que o mesmo orgulho nos tinha feito perder. [...]

Assim, tornando-Se nosso caminho, Jesus grita-nos: "Entrai pela porta estreita!" (Mt 7,13). O homem esforça-se por entrar, mas o inchaço do orgulho impede-o de tal. Aceitemos o remédio da humildade, bebamos esse medicamento amargo, mas salutar. [...] O homem inchado de orgulho pergunta: "Como poderei entrar?" Cristo responde-lhe: "Eu sou o caminho, entra por Mim. Eu sou a porta (Jo 10,7), porque procuras noutro sítio?" Para que não te percas, Ele fez-Se tudo por ti e diz-te: "Sê humilde, sê manso" (Mt 11,29).   

Santo Agostinho in Sermão 142

O Pastor que escolhe o silêncio em vez de defender a verdade é um mercenário

 

Faz Cristo comparação entre o pastor e o mercenário, e diz assim: Bonus pastor animam suam dat pro ovibus suis (Jo 10, 11s): O bom pastor defende as suas ovelhas, e dá por elas a vida, se é necessário. 

Mercenarius autem, et qui non est pastor: Porém o mercenário, e o que não é pastor, que faz? Videt lupum venientem, et lupus rapit, et dispergit oves (Ibid. 12): Quando vê vir o lobo para o rebanho, foge, e deixa-o roubar e comer as ovelhas. – O meu reparo agora, grande reparo, é dizer Cristo que o mercenário não é pastor: Mercenarius autem, et qui non est pastor. – O mercenário, como diz o mesmo nome, é aquele que por seu jornal apascenta as ovelhas. Pois, se o mercenário também apascenta as ovelhas, por que diz Cristo que não é pastor? Porque ainda que as apascenta não as defende: vê vir o lobo e foge. E é tão essencial do pastor o defender as ovelhas, que se as defende é pastor, se as não defende não é pastor: Non est pastor

Como Cristo tinha falado em bom pastor, cuidava eu que havia de fazer a comparação entre bom pastor e mau pastor, e dizer que o bom pastor é aquele que defende as ovelhas, e o mau pastor é aquele que as não defende. Mas o Senhor não fez a comparação entre ser bom ou ser mau, senão entre ser, ou não ser. Diz que o que defende as ovelhas é bom pastor, e não diz que o que as não defende é mau pastor: por quê? Porque o que não defende as ovelhas não é pastor bom nem mau. Um lobo não se pode dizer que é bom homem, nem que é mau homem, porque não é homem. 

Da mesma maneira, o que não defende as ovelhas não se pode dizer que é bom pastor nem mau pastor, porque não é pastor: Non est pastor. E sendo assim que a essência do pastor consiste em defender as ovelhas dos lobos, não seria coisa muito para rir, ou muito para chorar, que os lobos pusessem pleito aos pastores por que lhes defendem as ovelhas? Lá dizem as fábulas que os lobos se quiseram concertar com os rafeiros, mas que citassem aos pastores, se lhes quisessem armar demanda, porque lhes defendiam o rebanho. Isto não o disseram as fábulas: di-lo-ão as nossas histórias.

Mas quando disseram isto dos lobos, também dirão dos pastores que muitos deram as vidas pelas ovelhas: uns afogados das ondas, outros comidos dos bárbaros, outros mortos nos sertões, de puro trabalho e desamparo. Dirão que todos expuseram e sacrificaram as vidas pelos bosques, e pelos desertos entre as serpentes; pelos lagos e pelos rios entre os crocodilos; pelo mar e por toda aquela costa, entre parcéis e baixios os mais arriscados e cegos de todo o Oceano. Finalmente, dirão que foram perseguidos, que foram presos, que foram desterrados, mas não dirão, nem poderão dizer, que faltassem à obrigação de pastores, e que fugissem dos lobos como mercenários: Mercenarius autem fugit. E esta é a razão e obrigação, por que eu falo aqui, e falo tão claramente. 

S. Gregório Magno, comentando estas mesmas palavras: Mercenarius autem fugit, – diz assim: Fugit, quia injustitiam vidit, et tacuit; fugit, quia se sub silentio abscondit: Sabeis – diz o supremo Pastor da Igreja, – quando foge o que não é verdadeiro pastor? Foge quando vê injustiças, e, em vez de bradar contra elas, as cala; foge, quando, devendo sair a público em defesa da verdade, se esconde, e esconde a mesma verdade debaixo do silêncio. – Bem creio que alguns dos que me ouvem teriam por mais modéstia e mais decência que estas verdades e estas injustiças se calassem, e eu o faria facilmente como religioso, sem pedir grandes socorros à paciência; mas, que seria, se eu assim o fizesse? 

Seria ser mercenário, e não pastor: Fugit, quia mercenarius est; seria ser consentidor das mesmas injustiças que vi, e, estando tão longe, não pude atalhar: Fugit, quia injustitiam vidit, et tacuit; seria ser proditor das mesmas ovelhas que Cristo me e entregou, e de que lhe hei de dar conta, não as defendendo, e escondendo-me onde só as posso defender: Fugit, quia se sub silentio abscondit.

Sermão do Padre António Vieira em 1662 na Capela Real

segunda-feira, 29 de maio de 2023

EDUCAÇÃO DA SINCERIDADE

 

Imagem relacionadaPodemos considerar a sinceridade:

1º – Nas nossas relações conosco: é a sinceridade propriamente dita, a sinceridade ou a retidão pessoal;

2º – Nas relações com outrem: é a franqueza.

As vantagens da sinceridade

“Em educação, como nas muitas outras coisas, a melhor maneira de ser hábil é ser reto

(F.Kiefer- A autoridade, p.103)

As vantagens:

– A sinceridade embeleza a criança, enobrece o jovem, glorifica o homem maduro.

– A sinceridade constitui a maior honra e o maior prazer dos pais.

– A sinceridade facilita o trabalho da educação. Em certos casos, ela está intimamente ligada à confiança, que é absolutamente necessária aos pais para educarem os seus filhos na pratica da virtude.

– A sinceridade é a pedra de toque das verdadeiras amizades.

A sinceridade obriga a fazer boas confissões, e assegura, por conseqüência, a salvação e a saúde da alma.

Os meios de desenvolver a sinceridade

Que se deve fazer para desenvolver a sinceridade nas crianças?

– Dar o exemplo da sinceridade.

– Inspirar uma profunda estima pela sinceridade.

– Animar todo ato de sinceridade.

Que fará o educador para dar o exemplo da sinceridade?

Seguirá as duas regras seguintes:

– Nunca se deve enganar a criança.

– Nunca se deve mentir diante dela.

É tal a importância de não enganar a criança, que se o educador a não observar, torna-se praticamente professor de mentira. Com efeito, as promessas não efetuadas, as ameaças sem execução, as palavras irrefletidas, por pouco que se repitam, ensinam à criança, desde a mais tenra idade, que as palavras diferem sensivelmente dos atos. A criança a quem se fez tomar algum medicamento, um emético, por exemplo, garantindo-lhe que é excelente, nunca o há de esquecer. E, por seu turno, quando a mentira lhe for útil, quer para chegar aos seus fins, quer para evitar algum castigo, será levada a dissimular.

… Tudo o que é inexistente dever ser suprimido ou explicado: por exemplo, sinos da Páscoa que vêm trazer os ovos…o diabo que aparece no espelho das meninas vaidosas, etc… Nunca se deve enganar as crianças. De mais, há a temer que a criança, piedosamente enganada, quando chegar o dia em que conheça enfim a verdade, não envolva na mesma derrocada das suas ilusões ingênuas os mistérios mais graves da nossa fé. Segunda regra – Para dar bom exemplo: nunca mentir diante das crianças.

Como incutir uma alta estima pela sinceridade?

– Falando-lhes dela sempre com elogio e admiração.

– Censurando-lhes severamente toda a palavra e todo o ato mentiroso.

– Afirmando bem que terão orgulho de seus filhos, se praticarem sempre esta generosa virtude.

Como se pode fortalecer a sinceridade das crianças?

– Pela fé.

Pela lembrança e convicção das grandes verdades. Deus vê tudo; sabe sempre a verdade; a mentira é um pecado; o demônio é o pai dos mentirosos, etc.

– Pela discrição.

Se os pais são discretos nunca mortejarão dos escrúolos e da ingenuidade dos filhos. E, com mais razão, nunca os descobrirão; uma só confidência traída pode fechar o coração para sempre.

– Pela atenuação do castigo ou pelo perdão.
A criança deve sempre notar uma diferença sensível entre a maneira como se trata uma falta confessada, e a maneira como se estabelece o castigo duma falta encoberta. Sem o reconhecimento desta prática, a criança julgará que a sua ingenuidade é a causa do seu desgosto, e nunca mais renovará as sua confidências.

Que se há de fazer, se apesar de todas estas precauções, a criança se deixa arrastar a dizer alguma mentira?

Manifestar-se-á uma surpresa contristada por ser tratar com um pequeno mentiroso.

Uma mãe, tendo surpreendido uma mentira nos lábios da sua filhinha de quatro anos de idade, tomou o ar mais consternado, e pronunciou com um gravidade penetrante:

A minha filhinha mentiu! É a primeira vez que se mente em minha casa! Também a minha filhinha não jantará hoje, por que merece ser castigada, e a mamãe não comerá por causa deste desgosto.” (autêntico)

Que se deve fazer se há reincidência?

Ser-se-á mais severo: poder-se-á, por exemplo, tratar o culpado com desdém durante um certo tempo e não ter com ele mais que as relações necessárias; não acreditar já o que diz. Em seguida, faz-se-lhe-á ver quanto é feia a mentira e como Deus a puniu: os Livros Santos fornecem-nos exemplos fáceis de comentar: a história de Ananias e Safira, por exemplo.

Catecismo da Educação – Abade René de Bethléem


Fonte: http://catolicosribeiraopreto.com/

quinta-feira, 25 de maio de 2023

PACIÊNCIA E IMPACIÊNCIA – PARTE 1 – O PRIMEIRO DEGRAU DA PACIÊNCIA

 Oração não é fórmula mágica

Fonte: Bulletin Hostia (SSPX Great Britain & Ireland) – Tradução: Dominus Est

Quando estamos estudando para adquirir uma virtude, geralmente, é melhor planejar começar pelas ações exteriores e, daí, seguir para as disposições interiores de onde procedem essas ações.

De acordo com esta regra, devemos começar por reprimir todos os sinais de ressentimento e raiva quando formos ofendidos, quando alguém nos contrariar ou dificultar algum trabalho em que estivermos envolvidos.

Se, apesar de tudo isso, pudermos manter um semblante impassível e tranquilo, e evitar qualquer expressão de sentimento pessoal e aborrecimento, este já é um grande ponto ganho.

Sou capaz de fazer isso? Por que é importante começar com a paciência exterior?

Primeiro, porque ela ajuda enormemente a acalmar os sentimentos dentro de nós, da mesma forma que podemos nos enfurecer quando nos irritamos externamente.

A paz logo retornará se mantivermos um semblante sereno e um comportamento tranquilo.

Em segundo lugar, porque a serenidade exterior mantida nas adversidades, edifica os outros e honra a Cristo nosso Senhor, assim como a impaciência e a irritabilidade desedificam e desonram o nome de cristão.

Devo me lembrar disso quando me sentir tentado a ceder ao meu orgulho ferido e a retaliar aqueles que me ofenderam.

O próprio Senhor aponta a nossa paciência exterior como a primeira coisa em que devemos imitá-lo, pois diz: Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”.

A mansidão é apenas paciência em sua manifestação exterior. Se sou sincero em meu desejo de seguir os passos de Cristo, meu Senhor, eis o melhor ponto para começar.

Devo por Sua causa e por Seu amor ser mais gentil com aqueles que me causam dor, mais tranquilo sob palavras e ações que me ferem ou magoam.

SEJA UM BENFEITOR!