sábado, 29 de abril de 2017

Pensamentos de Santa Teresinha do Menino Jesus

“Eu lutei muito, estou bem fatigada, mas não temo a guerra; obtenho a paz na oração. É vontade de Deus que eu combata até a morte”








Teresinha aos 3 anos e meio

 “Jesus! quero amá-Lo, amá-Lo como nunca foi amado”. “Que Ele me dê um amor sem limites!”.
“A ciência do amor! Não quero senão esta ciência, porque eu não tenho nenhum outro desejo, senão este: amar a Jesus até à loucura!”. “Minha vocação é o amor”.
“Desejais um meio para chegar à perfeição; não conheço senão este: o amor”.
“Sem amor todas as obras não são nada, mesmo as mais brilhantes; não, Jesus não pede grandes ações, mas unicamente o abandono e a gratidão; isto é amor”.
“A alma mais fervorosa é a mais fiel em fazer todas as suas ações por amor”.
Falando às suas noviças de um brinquedo chamado caleidoscópio, cujo funcionamento havia estudado, explica-lhes como só o amor pode dar valor aos seus atos:
“Quando nossas ações, mesmo as menores, não saem do foco do amor, a Santíssima Trindade, figurada pelos três espelhos convergentes, dá-lhes um reflexo e uma beleza admirável, e Jesus acha nosso procedimento sempre belo. Mas se nos distanciarmos deste centro inefável, que verá Ele? Um pouco de palha, obras manchadas e de nenhum valor”.
“Compreendo bem que só o amor é capaz de nos tornar agradáveis a Deus; o amor é o único tesouro que ambiciono. Por ele, tendo dado todas as minhas riquezas, considero nada ter dado”.
“Não são as riquezas e a glória, mesmo a glória do céu, que meu coração ambiciona, o que eu peço é o amor”.



Teresinha aos 8 anos

“Quero passar o meu céu fazendo o bem sobre a terra”.
“Permaneço pequenina, não tenho outra ocupação que colher flores, as flores do amor e do sacrifício, e oferecê-las a Deus para Lhe dar prazer”. “Tudo o que fiz foi para dar prazer a Deus, para salvar as almas”.
“Não quero que Jesus sofra; quisera enxugar as lágrimas que Ele derrama pelos pecadores, convertendo-os todos”. “Oh! não percamos tempo, salvemos as almas! As almas caem no inferno tão numerosas quanto os flocos de neve em um dia de inverno(Sta. Teresa d”Ávila) e Jesus chora; e nós pensamos em nossas dores, sem pensar em consolá-Lo”.
“Há uma só coisa a fazer durante o único dia, ou antes, a única noite desta vida; é amar, amar a Jesus com todas as forças de nosso coração, e salvar as almas para que Ele seja amado”.
“A única coisa que desejo é ver Deus amado, e confesso que, se no céu não pudesse trabalhar para isto, preferiria o exílio à Pátria”.
“Mais que nunca, Jesus tem sede de amor…  e mesmo entre seus discípulos se encontram, infelizmente, poucos corações que se entregam sem nenhuma reserva à ternura do seu amor infinito!…”
“Ó meu Jesus! combaterei por vosso amor até o fim de minha vida. Porque não quisestes repouso nesta terra, quero seguir vosso exemplo; desejo ardentemente combater para Vossa glória; suplico-Vos, fortificai minha coragem, armai-me para a luta”.



Teresinha aos 10 anos

“Quanto agradeço ao Senhor ter-me permitido encontrar somente amargura nas amizades da terra! Com um coração como o meu, ter-me-ia deixado prender e cortar as asas; então, como poderia voar e repousar?”
“Esforçava-me muito para não me desculpar; minha primeira vitória não foi grande, mas, custou-me bastante. Um jarrinho, deixado por não sei quem, junto de uma janela, foi encontrado quebrado. Nossa mestra, crendo-me culpada de o ter deixado fora do lugar, me diz para ser mais cuidadosa de outra vez, e que eu não era nada amiga da ordem. Sem nada replicar, beijei o chão; em seguida prometi que no futuro teria mais cuidado”. “Por causa de minha pouca virtude, estas pequenas práticas, repito, custaram-me muito, e eu tinha necessidade de pensar que no dia do julgamento tudo seria revelado”.
“É tão doce servir a Deus na noite e nas provas; temos somente esta vida para viver de fé!”
“Quero me esconder no claustro para me dar mais inteiramente a Deus. É unicamente a imolação total de si mesmo que merece o nome de amor”.
“Todos os dias procuro fazer muitos sacrifíciozinhos. Faço o possível para não deixar escapar nenhuma ocasião”.
“A todos os êxtases, prefiro a monotonia do sacrifício obscuro”. “Ó meu Deus! não tenho outro meio de Vos provar meu amor, senão lançar flores, quer dizer, não deixar escapar nenhum sacrifício, nenhum olhar, nenhuma palavra, aproveitar as menores ações e fazê-las por amor. Eu não encontrarei uma só dessas flores sem que a desfolhe para Vós!…”



Teresinha aos 13 anos

“Eu não tenho um coração insensível, e é justamente por ser ele capaz de sofrer muito que desejo oferecê-lo a Jesus para todos os gêneros de sofrimentos que possa suportar”.
“Meu desejo é ser missionária, não somente durante alguns anos; quisera tê-lo sido desde a criação do mundo, e continuar a sê-lo até a consumação dos séculos”.
“Quisera iluminar as almas, a exemplo dos profetas e dos doutores. Percorrer a terra, pregar vosso nome, e plantar no solo infiel vossa cruz gloriosa, ó meu Bem-Amado! Mas uma só Missão não me bastaria… quisera ao mesmo tempo anunciar o Evangelho em todas as partes do mundo e até nas ilhas mais distantes…”
“Óh! acima de tudo, quisera o martírio, mas eis aí outra loucura, porque eu não desejo um só gênero de suplício; para me satisfazer precisaria sofrê-los todos…”
“Como Vós, meu Esposo amado, eu quisera ser flagelada, crucificada… Quisera morrer e esfolada como São Bartolomeu; como São João, ser mergulhada em óleo fervente; ou como Santo Inácio de Antioquia, se triturada pelos dentes das feras, a fim de tornar-me um pão digno de Deus; como Santa Inês e Santa Cecília, quisera apresentar meu pescoço ao gládio do carrasco, e como Joana d’Arc sobre uma fogueira ardente, murmurar o nome de Jesus! Se meu pensamento se volta para os tormentos desconhecidos que serão a partilha dos cristãos no tempo do anticristo, sinto meu coração estremecer; quisera que estes tormentos me fossem reservados”.



Teresinha aos 15 anos, q. entrou para o Carmelo

“Abri, meu Jesus, Vosso livro de vida, onde estão registradas as ações de todos os santos; estas ações, quisera eu tê-las praticado por Vós!”
“Como podeis pensar, portanto, que estes desejos sejam sinal do meu amor? Ah! eu sinto que não é isto que agrada a Deus em minha alma tão pequenina. O que Lhe dá prazer, é ver-me amar minha pequenez e minha pobreza,  é a esperança cega que tenho na sua misericórdia… Eis meu único tesouro; por que não poderia ser o vosso?”
“Não sou egoísta, é a Deus que eu amo, e não a mim”.
“Pedia a Jesus que eu O ame com um amor desinteressado, não desejo o amor sensível; desde que Ele o sinta, isto me basta”.
“Amemos a Jesus para sofrermos tudo o que Ele quiser, mesmo a aridez, as friezas aparentes. Amar a Jesus sem experimentar a doçura deste amor, eis aí um martírio… Pois bem! morramos mártires!…”
“Sim cantarei, cantarei sempre, mesmo que seja necessário colher minhas rosas no meio dos espinhos, e meu canto será tanto mais melodioso, quanto mais os espinhos forem longos e penetrantes”.
“Senti um grande desejo de não amar, senão a Deus, de não encontrar alegria senão n’Ele”.



Irmã Teresa do Menino Jesus, Carmelita

“Não conto com os meus méritos, não tenho nenhum; mas espero naquele que é a virtude, a santidade mesma. É Ele somente quem, contentando-se com meus fracos esforços, elevar-me-á até Ele, e far-me-á santa”.
“No céu procurarei obter para as crianças, a graça do batismo; sofro muito por saber que tão grande número delas, por não serem batizadas, não verão jamais a Deus”.
“Feliz de morrer aos 24 anos, porque antes desta idade não se é geralmente ordenado padre. Então Deus, chamando-me a si, poupa-me o desgosto de ter vivido sem o ter sido, e sem a esperança de o ser algum dia”.
“Quantas vezes tenho pensado que devo talvez todas as graças que me foram concedidas, às súplicas de uma pequenina alma que só conhecerei no céu!”
“Vim para o Carmelo para salvar as almas e orar pelos sacerdotes”.
“Jesus deseja que a salvação das almas dependa de nossos sacrifícios, de nosso amor; ofereçamos nossos sofrimentos a Jesus para salvar as almas. Oh! vivamos para elas, sejamos apóstolas”.
“Peço a Deus que todas as orações feitas para aliviar meus sofrimentos revertam para a salvação dos pecadores”.
“Oremos pelos sacerdotes, que nossas vidas lhes sejam consagradas… Essas almas deveriam ser mais transparentes que o cristal, mas ah! sei que há ministros do Senhor que não são o que deveriam ser. Então, oremos e soframos por eles…Compreenda o grito do meu coração. Quanto é bela nossa vocação! Cabe-nos conservar o sal da terra! Oferecemos nossas orações e sacrifícios pelos apóstolos do Senhor; devemos ser nós mesmas apóstolas, enquanto por suas palavras e seus exemplos eles evangelizam as almas de nossos irmãos”.



Em abril de 1897 cai gravemente doente

“Eu lutei muito, estou bem fatigada, mas não temo a guerra; obtenho a paz na oração. É vontade de Deus que eu combata até a morte”.
“Ah! que veneno de louvores é servido diariamente àqueles que têm o primeiro lugar! que funesto incenso! e quanto uma alma deve ser desprendida de si mesma para que não experimente com isso algum prejuízo!”
“A provação amadureceu e fortificou minha alma de tal sorte que nada neste mundo me pode contristar”.
“O Criador do universo espera a oração, a imolação de uma alma pequenina para salvar uma multidão de outras, resgatadas como ela ao preço de Seu sangue”. “Oh! não percamos a provação que Jesus nos envia, não faltemos à ocasião de explorar essa mina de ouro…”
“A cruz me acompanhou desde o berço e essa cruz Jesus me fez amar com paixão”.
“Ah! longe de me queixar a Jesus da cruz que nos envia, não posso compreender o amor infinito que o levou a nos tratar assim…”
“Eu não desejo estar sem sofrimentos neste mundo, porque o sofrimento unido ao amor é a única coisa que me parece desejável neste vale de lágrimas”.
“Eu bem sei, Nosso Senhor me considerava muito fraca para me expor à tentação; eu seria inteiramente iludida pela enganosa luz das criaturas”.
“Ó Jesus, meu divino Esposo! levai-me antes do que me deixar neste mundo manchar a minha alma cometendo a menor falta voluntária”.
“A única graça que Vos peço, ó meu Deus, é jamais Vos ofender!”
“Ó Jesus! fazei que ninguém se ocupe de mim, que eu seja pisada, esquecida, como um grãozinho de areia”.
“Estou feliz por me sentir imperfeita, e de ter tanta necessidade da misericórdia de Deus no momento da morte!”
“Sim, sou uma alma muito pequenina que não pode oferecer a Deus senão coisas muito pequeninas; ainda assim me acontece freqüentemente deixar escapar estes pequenos sacrifícios que dão tanta paz ao coração; mas não desanimo, resigno-me a ter um pouco menos de paz e procuro ser mais vigilante para o futuro”.
“Minha vida é toda de amor e de confiança em Deus; não compreendo as almas que têm medo de um tão terno amigo”.
“O Senhor tem em conta as nossas fraquezas, Ele conhece perfeitamente a fragilidade de nossa natureza; por que então temerei?”
“O que ofende a Jesus, o que fere o seu coração, é a falta de confiança”.
“Ó Jesus! quem me dera poder dizer a todas as almas pequeninas quão inefável é Vossa condescendência! Sinto que que se fosse possível encontrar uma alma ainda mais fraca do que a minha a cumularias de maiores favores, desde que se abandonasse com uma inteira confiança em Vossa misericórdia infinita!”
“O sofrimento poderá atingir os mais extremos limites, mas estou segura de que Deus jamais me abandonará!”
“Sim, esse abandono é minha bússola, não tenho outro guia. Nenhuma outra coisa peço com tanto ardor como o cumprimento perfeito da vontade de Deus sobre minha alma”.



Morre em 30/09/1897 com 24 anos

“Não quereria entrar no céu nem um minuto sequer mais cedo, por minha própria vontade. A única felicidade nesta terra é aplicar-se em achar sempre deliciosa a parte que Jesus nos dá”.
“Deus quer que me abandone, como uma criancinha que não se preocupa com o que se fará dela”.
“As únicas mortificações que me concedi consistiam em mortificar meu amor próprio, o que me fez maior bem que as penitências corporais”.
“É, acima de tudo, o Evangelho que uso para minhas orações; nele encontro tudo o que é necessário à minha pobre alma”.
“Recolho também na Sagrada Escritura e na Imitação de Cristo um maná escondido, sólido e puro”.
Perguntam-lhe com que nome deveria ser invocada quando estivesse no céu: – “Chamar-me-eis TERESINHA”,respondeu ela humildemente.
Na morte, suas últimas palavras não poderiam ser outras: “MEU JESUS, EU VOS AMO!

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