“Deixas as grandes virtudes para os santos e aplica-te à prática das pequenas. Faze cada cada dia uma feixe volumoso e perfumado de pequeninas coisas. As grandes ocasiões são raras, mas as flores pequeninas são de cada momento.
Prova assim teu amor a Jesus, oferecendo-lhe a cada instante estas florzinhas que no decorrer do dia encontras com facilidade. Longe de te parecer às belas almas que se entregam desde a infância a toda a sorte de macerações, faze consistir tuas penitências em quebrantar tua vontade, reter uma palavra de réplica, prestar miúdos serviços sem ressaltar seu valor.
Conseguirás, também, dar um elogio estimulante, calar dos ausentes ou falar deles com elogiosas referências, receber em silêncio as alfinetadas do coração, conseguirás aceitar o desprezo dos que deviam estimar-te, ter o rosto sempre sorridente, arrumar com doçura suas coisas, levantar-se logo de qualquer falta sem criar complexos de pecados passados, vestir-te com dignidade à vista dos anjos que nos rodeiam e usar enfim de todas as coisas de um modo sobrenatural.
Se assim fizeres, verás no fim do dia que recolheste grande ramalhete de pequenas flores para oferecer a Jesus.
A princípio será difícil manter esta diligência e vigilância contínua, mas com o correr do tempo acostumar-te-ás e darás graças a Deus. A psicologia nos ensina que é pela repetição dos atos que criamos os hábitos, como uma segunda natureza.”
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Texto retirado do livro: A infância espiritual – Monsenhor Ângelo R. Lucena, pág. 79, n.º 63.
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