Na visão tida por São Bernardo, a divina revelação o explicou: aquele que cada dia, por um ano inteiro, rezar quinze Pater noster, igualará o número das feridas da Paixão de Cristo. As quais todos os Cristãos devem honrar sumamente e adorar
Contemplativo, mas nem por isso alheio a história do seu tempo
Na breve biografia, o Missal Quotidiano define S. Bernardo como um grande contemplativo. Contemplativo, sim, mas, que nem por isso se alheou das questões da história do seu tempo. Diz o Missal: “Foi um dos que imprimiram ao século XII o seu caráter tão profundamente cristão. Pôs fim ao cisma de Anacleto, que perturbava o clero e o povo de Roma. Refutou a heresia de Abelardo no Concílio de Sens, e desmascarou os erros de Arnaldo de Bréscia. Pregou a segunda cruzada. S. Bernardo morreu em Claraval em 20 de agosto de 1153; seu corpo foi colocado aos pés do altar da Virgem. Deixava atrás de sí 165 mosteiros. Os seus escritos, cheios duma doutrina inspirada pela sabedoria divina, fizeram-no alinhar entre os doutores da Igreja”.
E acrescenta: “Nascido em 1090 em Fontaine-lez-Dijon, entrou no mosteiro de Cister aos 22 anos, levando consigo quatro de seus irmãos e trinta nobres da sua idade. A Ordem Cisterciense, ramo saído do velho trono beneditino, adquire então um novo vigor que lhe permite cobrir com seus rebentos a Europa inteira. Bernardo fundou, em pouco tempo, a grande abadia de Claraval a que ficou ligado o seu nome. Derramou sobre mais de setecentos monges os tesouros de doutrina e sabedoria que Deus lhe tinha confiado”.
Em uma visão mística, o Céu revela a S. Bernardo o motivo do Santo Rosário ser composto por quinze orações
Por sua vez, o Beato Alano da Rocha, conforme consta na obra “Saltério de Jesus e de Maria: gênese, história e revelação do Santíssimo Rosário”, ao explicar o motivo de o Saltério de Jesus e Maria, ou Santo Rosário, ser composto de quinze orações, faz referência a uma visão mística de S. Bernardo que providencialmente lhe revelara o seguinte:
Na visão tida por São Bernardo, a divina revelação o explicou: aquele que cada dia, por um ano inteiro, rezar quinze Pater noster, igualará o número das feridas da Paixão de Cristo. As quais todos os Cristãos devem honrar sumamente e adorar. De fato, na Paixão do Senhor são quinze as principais dores que os Cristãos devem contemplar com veneração:
- A Ceia dolorosa.
- A captura penosa.
- O vergonhoso tapa na casa de Anás.
- O sarcasmo e a condenação na odiosa casa de Caifás.
- O arrastar Cristo em meio aos gritos da multidão até Pilatos.
- A injuriosa ironia de Herodes em relação a Cristo.
- O flagelo sanguinário de Cristo.
- A coroa de espinhos.
- A blasfêmia dos soldados.
- A condenação vergonhosa.
- O fardo da Cruz.
- A crucificação dolorosa.
- O colóquio virtuoso de Cristo na Cruz.
- A comovente morte de Jesus.
- A sepultura gloriosa do Senhor.
Na verdade estas dores são, cada uma, de tão grande valor que, como o Senhor Jesus revelou algumas vezes a São Bernardino e à Santa Brigite, cada uma destas supera grandemente todo o valor do mundo inteiro e do universo criado. Por isso, é justo e sagrado que os cristãos recordem e venerem estas dores nas quinze Orações do Senhor no Saltério. Do momento em que:
- Esta oração foi confiada aos Apóstolos pelo Senhor Jesus (Mt.6).
- No passado, na Igreja, o rito da Missa se concluía com esta única oração, como testemunham as regras canônicas de São Gregório.
- A Igreja durante as horas canônicas antepõe esta Oração, como princípio e fundamento das orações da Igreja.
S. Bernardo foi também eminentemente dotado com o dom dos milagres. Nesse seu dia, tomemos por exemplo e inspiração sua determinação na defesa da verdadeira fé católica e seu extraordinário amor a Santa Igreja, a Santíssima Virgem, o recolhimento interior e, sobretudo, ao Santo Rosário, onde sempre encontrou consolo, perseverança e coragem em seus inúmeros e grandiosos empreendimentos.
Fontes de consulta:
Missal Romano Quotidiano
“Saltério de Jesus e de Maria: gênese, história e revelação do Santíssimo Rosário”, pelo Beato Alano da Rocha O.P. (1464 d.C.)
“Saltério de Jesus e de Maria: gênese, história e revelação do Santíssimo Rosário”, pelo Beato Alano da Rocha O.P. (1464 d.C.)
S.Bernardo de claraval enorme santo da idade média.
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