“Nunca omitais a oração da manhã; do contrário, vos exporíeis a pôr tudo a perder. Como? Vós vos enfastiaríeis de Deus ou desprezaríeis a honra que ele vos faz de vir entreter-se convosco. É preciso que a oração passe acima de todo o resto, e não tratareis de vossos negócios antes de vossa meditação, como se ela fosse necessária para vós. Bela prova de educação seria realmente e grande demonstração de amor se, quando Jesus Cristo está à vossa espera e vos convida para abrir-vos seu coração, inteirando-se do que sucede no vosso, vós esquecêsseis para ir tratar de ninharias. Meu desejo seria poder escrever em todos os recantos de vossa casa, mas sobretudo em vosso coração, estas palavras: paciência, amor, presença de Deus (C. 113).
“Vós vos enganais plenamente quando imaginais que vossos exercícios espirituais são inúteis. Mesmo que o fossem, seria preciso por isso omiti-los, ou lançá-los ao descaso? É preciso obedecer a Deus, e isso deve bastar, sem exceder-vos em examinar se vossa obediência vos traz proveito, não sabeis que a Deus tudo se deve sacrificar? (C. 73).
“Uma alma que se dispensa de fazer oração nas enfermidades por receio de prejudicar-se não saber fazer a oração; pois, longe de molestar, ela sustenta o espírito e o coração, mantém a alma tranquila e incute uma consolação que muito alivia seus padecimentos...
Não são os votos, nem as promessas, que nos devem atrair para esse santo exercício, e sim a felicidade que uma alma fiel experimenta aproximando-se frequentemente de Deus. Rogo ao Espírito Santo que vos faça participar do santo dom da oração; tal é o tesouro escondido do Evangelho, cuja posse nos leva a abrir a mão de tudo o mais para saborear a Deus e merecer suas carícias (C. 70).” C= Cartas de São Cláudio La Combière.
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