Catedral de Sevilla, Sala capitular, com A Imaculada, obra de Murillo. |
Diz o Padre Ségneri que o demônio não achou meio melhor para consolar-se das perdas que sofreu com a extinção da idolatria, que fazendo perseguir as imagens pelos hereges. Porém a Santa Igreja defende-se até com os sangue dos mártires. A própria Mãe de Deus tem demonstrado, mesmo com milagres, quanto lhe agradam as visitas e o culto às imagens.
Assim certa vez abriu-se, diante de S. João de Deus, o véu que caía sobre uma estátua de Nossa Senhora. Julgando o sacristão que se tratasse de um ladrão, correu e deu um pontapé no santo, mas instantaneamente teve ele o pé paralisado.
Todos os servos de Maria costumam visitar frequentemente e com grande afeto as imagens e as igrejas erguidas em sua honra. São essas, segundo S. João Damasceno, as cidades de refúgio, onde nos achamos ao abrigo das tentações e castigos que merecemos por nossas culpas. Ao entrar em qualquer cidade, a primeira coisa que o imperador S. Henrique fazia era visitar alguma igreja de Nossa Senhora. O Padre Tomás Sánchez nunca voltava para casa sem ter feito a mesma coisa.
Não nos seja, portanto, demasiado trabalho o visitar todos os dias nossa Rainha em alguma igreja ou capela, ou mesmo em casa, onde seria bom arranjar para esse fim, no lugar mais retirado, um pequeno oratório com uma imagem sua, e adorná-lo com cortinas, flores e velas, ou lâmpadas, para aí recitarmos as Ladainhas, o Rosário, etc.
Convém narrar aqui o fato citado pelo Padre Spinelli nos Milagres de Nossa Senhora. No ano de 1611, no célebre santuário de Maria em Monte-Virgem, aconteceu que, na vigília de Pentecostes, tendo a multidão que aí concorrera profanado a festa com bailes, crápulas e imodéstia, se ateou de repente, um incêndio na casa de tábuas em que estavam os romeiros, e em menos de hora e meia reduziu-a a cinzas, morrendo mais de 400 pessoas. Só sobreviveram cinco que depuseram, com juramento, terem visto a Mãe de Deus com duas tochas acesas pondo fogo no edifício. Peço, pois, com instância aos devotos de Maria, que se abstenham e impeçam também aos outros de ir a semelhantes santuários de Nossa Senhora em dias de tais folguedos profanos. Pois, nessas ocasiões, há muito mais lucro para o inferno, do que honra para a Mãe de Deus. Romeiros tementes a Deus vão visitar os santuários, quando não há tanta aglomeração de povo.
-Glórias de Maria, Santo Afonso de Ligório
Fonte:
http://vashonorabile.blogspot.com.br/
VII. Entrar nas Congregações de Maria
VIII. Dar esmolas em honra de Maria
IX. Recorrer frequentemente a Maria
X. Alguns outros obséquios
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