Ao contrario de certos místicos que se entregam à perfeição para atingir o Amor, Irmã Teresa do Menino Jesus tomava como via de perfeição o próprio amor.O amor foi o objetivo de toda a sua vida, o móvel de todas as suas ações.
“Os grandes santos trabalharam para a glória de Deus, mas eu, que sou apenas uma alma pequenina, trabalho para dar-Lhe prazer, para satisfazer seus “caprichos”.
Sentir-me-ia feliz de passar pelos maiores sofrimentos, sem que Ele o soubesse, se fosse possível, não com o fim de proporcionar-Lhe uma glória passageira – seria belo demais! – mas afim de que um sorriso aflorasse em seus lábios…Há muitos que querem ser úteis!Meu ideal é ser brinquedinho inútil nas mãos do Menino Jesus…Eu sou um “capricho” do menino Jesus!…”
Durante a sua doença fez-me essa confidência: “Desejei sempre e unicamente dar prazer a Deus.Se tivesse procurado a acumular méritos, a esta hora, estaria desesperada.”
Sim, porque sabendo que todas as nossas justiças são manchadas diante de Deus (1), em sua humildade bela contava por nada as obras que fizera e não media senão o amor que as espirava.
“Nosso Senhor nos ama tanto, que dizia ela, e tem tanta pena de deixar-nos na terra, cumprindo nosso tempo de prova!Não deveríamos estar repetindo constantemente que aqui estamos mal, nem mesmo dar-Lhe mostras de que o percebemos!”.
E se ela transpirava no verão ou se sofria muito com o frio no inverno, tinha o pensamento delicado de não enxugar o rosto, nem esfregar as mãos, senão às furtadelas, como para não dar a Deus o tempo de vê-la…”.
Assim também, quando se entregava a um exercício de penitência prescrito pela regra: “Esforçava-me por sorrir, confiava ela, afim de que Deus, como que enganado pela expressão de meu rosto, não soubesse que eu sofria”.
Em sua linguagem ingênua, dizia: “Se chegando no Céu não encontrar tudo o que desejei, tomarei bem cuidado de não o demonstrar e Nosso Senhor não notará minha decepção!…”
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