O primeiro apelo, que Deus nos dirige por meio de seu enviado (o Anjo de Portugal), é um apelo à Fé: “Meu Deus, eu creio”
A escolhida da Santíssima Virgem reuniu nesta sua obra os vinte e dois apelos da Mensagem que muito resumidamente passamos a publicar a partir do presente artigo. Com isso, desejamos chamar a atenção do leitor não somente para a urgência da Mensagem do Céu, dirigida à desorientada humanidade dos nossos tempos, mas, também, para as reflexões da humilde carmelita que heroicamente viveu em plenitude a Mensagem, legando-nos sublimes apontamentos nesse seu precioso livro.
Primeiro apelo da Mensagem
“Meu Deus, eu creio.”
O primeiro apelo, que Deus nos dirige por meio de seu enviado (o Anjo de Portugal), é um apelo à Fé: “Meu Deus, eu creio”. É pela Fé que acreditamos na existência de Deus, no Seu poder, na Sua sabedoria, na Sua misericórdia, na Sua obra redentora, no Seu perdão e no Seu amor de Pai.
É pela Fé que acreditamos na Igreja de Deus, fundada por Jesus Cristo, e na Doutrina que ela nos transmite e por meio da qual seremos salvos.
É a luz da Fé que guia os nossos passos, conduzindo-nos pela via estreita que leva ao Céu.
É pela fé que vemos Cristo nos nossos irmãos, que os amamos, servimos e ajudamos, quando precisam do nosso auxílio.
É ainda pela fé que nos vem a certeza da Presença de Deus em nós; de que estamos sempre sob o olhar de Deus…
Segundo apelo da Mensagem:
“Adoro”
A Mensagem aqui chama-nos atenção para o primeiro mandamento da lei de Deus: “Eu sou o Senhor teu Deus (…), Não terás outro deus diante de Mim”. (Ex 20,2-5). E diz, noutra passagem: “Prestareis culto unicamente ao Senhor, vosso Deus, e Ele abençoará o vosso pão e a vossa água; afastará a enfermidade do meio de vós”. (Ex 23,25).
Adorar a Deus é, pois, um dever e um preceito que o Senhor nos impôs por amor, para nos dar ocasião de sermos por Ele beneficiados.
O modo como devemos adorar a Deus aparece-nos descrito por S. João, no diálogo com a Samaritana: “Acredita-me, mulher, vai chegar a hora, e já chegou, que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito, e os seus adoradores em espírito e verdade é que O devem adorar”. (Jo 4,19-24)
Terceiro apelo da Mensagem
“Espero”
Toda a nossa esperança deve estar posta no Senhor, porque Ele é o único Deus verdadeiro, que padeceu e morreu pela nossa salvação.
É preciso, pois, que o nosso espírito esteja livre do demasiado apego às coisas da terra, às vaidades que arrastam ao caminho da leviandade, do exagero das modas que dão mau exemplo e escandalizam o próximo, incentivando-o ao pecado.
Como filhos abandonados em Seus braços, certos da Sua infinita misericórdia, sabemos que a nossa confiança não será desiludida.
Quarto apelo da Mensagem
“Amo-Vos”
Por certo que, dentre todas as criaturas, nenhuma como Nossa Senhora foi tão amada por Deus, mas todos nós estivemos igualmente, desde toda a eternidade, presentes na mente de Deus, no seu desígnio criador; e Ele criou tudo o mais por amor de cada um de nós, porque, desde todo o sempre, nos teve presente e nos amou.
Mas este amor tem de ser respondido no respeito pela pureza, pela castidade, segundo o próprio estado, pela fidelidade a Deus e ao próximo, cumprindo as promessas, os juramentos e os votos que nos obrigamos. Atentar contra qualquer um desses pontos leva consigo a infidelidade e a quebra no amor que devemos a Deus e ao próximo.
“Como o Pai me amou, também Eu vos amei; permanecei no Meu amor…” “O Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei”. (Jo 15,9-12).
Quinto apelo da Mensagem
“Peço-Vos perdão”
Imediatamente a seguir ao apelo da caridade, a Mensagem pede-nos o perdão: leva-nos a pedir a Deus o perdão para os nossos irmãos e para nós também; para os que não têm fé e para os que acreditam; para os que não adoram e para os que se inclinam diante de Deus; para os que não esperam e para os que confiam; para os que não amam e para os que praticam a caridade.
Pedimos perdão para os que não creem, para os que não adoram, para os que não esperam e para os que não amam; e tantas vezes nós fazemos parte deste número!
O nosso perdão tem de ser generoso, completo e sacrificado – isto, no sentido de nos vencermos a nós próprios. Será preciso fazer calar em nós mesmos o grito de revolta, acalmar nervos exaltados, manter firmes na mão as rédeas do próprio gênio e abater a fervura do amor próprio ofendido – que, com razão ou talvez sem ela, se sente magoado e irritado.
Esta é a doutrina do nosso Divino Mestre: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também a o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas”. (Mt 6,14-15).
Ao ver Cristo, Madalena acreditou n’Ele e amou-O. Foi esta fé e este amor que a fizeram detestar o pecado, chorar e desprezar as vaidades do mundo, e mudar de vida. E o Senhor, de tudo isso, Se agradou, concluindo: “Muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou. Salvou-te a tua fé: vai em paz”.
Um dia, S. Pedro perguntou a Jesus quantas vezes tinha que perdoar ao seu irmão: “Até sete vezes?” O Senhor respondeu: “Não te digo sete vezes, mas setenta vezes sete”. (Mt 18,21-22). Isto significa que devemos perdoar sempre.
Trechos resumidos do livro Apelos da Mensagem de Fátima, de Irmã Lùcia. Carmelo de Coimbra.
Continua…
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia (Parte 2)
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia (Parte 3)
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia (Parte 4)
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia Final
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia (Parte 1)
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia (Parte 2)
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia (Parte 3)
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia (Parte 4)
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia Final
Os 22 apelos da Mensagem de Fátima, segundo Irmã Lúcia (Parte 1)
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