sexta-feira, 5 de agosto de 2022

ᴀꜱ ᴏʙʀᴀꜱ ᴅᴏ ʜᴏᴍᴇᴍ ᴏ ʜá ᴅᴇ ꜱᴇɢᴜɪʀ ᴅᴇᴩᴏɪꜱ ᴅᴀ ᴍᴏʀᴛᴇ



Contam piedosos autores esta parábola tão expressiva: Um homem tinha três amigos. Dois lhe eram muito queridos. O terceiro nem por isso. Um dia foi acusado e levado ao tribunal da Justiça. Chamam os amigos para o defender. O primeiro escusou-se. Tinha negócios e família, era impossível! O segundo foi até a porta do Tribunal e o deixou. O terceiro o acompanha sempre fiel, defende-o com ardor, dá testemunho de sua inocência e salva o acusado do castigo.

Assim, o homem tem neste mundo três amigos: o dinheiro, os parentes e as boas obras. O dinheiro o abandona na morte, quando há de comparecer no Tribunal da Justiça de Deus. Os parentes o levam a beira da sepultura e o deixam: e o esquecem depois. O terceiro amigo – as boas obras, a caridade praticada, as obras de misericórdia, tudo quanto o homem fez de bom neste mundo, só isto o acompanha e o defende no Tribunal da Justiça de Deus.

Pois bem. Neste mundo toda sorte de boas obras sejam os nosso amigos. Tudo o mais falha. Diz São João que as obras do homem o há de seguir depois da morte:

- "Opera enim illorum squntum illos."

Socorramos o pobre em sufrágio dos mortos. Praticaremos dupla obra de caridade. E tenhamos a certeza de Aquele Deus de Misericórdia não deixará que se perca nossa pobre alma no Tribunal do Dia do Juízo. Eis porque rezar pelos mortos, socorrer as almas do purgatório na prática da caridade pela esmola, é das maiores riquezas do cristão neste mundo.

O Livro Eclesiástico ensina que “assim como a água extingue o fogo mais ardente, assim a esmola apaga o pecado”. (Eclesiástico IV,1-10).

- Mons. Ascânio Brandão

 

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