Catecismo
Ilustrado - Parte 43
Os Mandamentos
5º Mandamento de Deus (continuação): Não matar
1. O quinto mandamento ordena: 1º perdoar aos
nossos inimigos; 2º fazer-lhes todo o bem que podemos; 3º fazer bem aos
necessitados.
2. A primeira obrigação para com os inimigos é a de
perdoar-lhes as injúrias por amor de Deus. Devemos amar os inimigos, porque são
filhos de Jesus Cristo, que quer que os amemos por repeito d’Ele, e o sinal
mais luminoso deste amor é o perdoar-lhes voluntariamente.
3. Nosso Senhor inculca tanto o perdão das injúrias
no Evangelho, porque o desejo da vingança está demasiadamente arreigado no
coração do homem.
4. O que torna fácil o perdão das injúrias é: 1º
olhar não a quem ofende, mas a Deus que permite a ofensa para nosso bem; 2º as
vantagens que resultam de perdoar; 3º os incômodos que nascem da vingança.
5. As vantagens de perdoar são: 1º perdoar-nos Deus
os nossos pecados; 2º adquirimos um grande merecimento para com Deus. Os
incômodos que nascem da vingança são contínuos remorsos, gravíssimas agitações
do espírito e grande número de pecados.
6. Os remédios contra a vingança e o ódio são: o
exemplo de Jesus Cristo e a meditação da morte e do juízo, no qual cada um será
tratado, como ele tratou o seu semelhante.
7. Ouçamos Nosso Senhor no Evangelho: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas
qualquer que matar será réu de juízo. Eu,
porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão,
será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão de cretino, será réu do
sinédrio; e qualquer que lhe disser louco, será réu do fogo do inferno.
Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo”. (Mat V, 21)
E noutra passagem: “Então Pedro,
aproximando-se dele, disse: “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra
mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?” Jesus lhe disse: “Não te digo que até sete; mas, até
setenta vezes sete. Por isso o reino
dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus
servos; e, começando a fazer contas,
foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; e, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou
que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha,
para que a dívida se lhe pagasse. Então
aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para
comigo, e tudo te pagarei. Então o
Senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a
dívida. Saindo, porém, aquele servo,
encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão
dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés,
rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão,
até que pagasse a dívida. Vendo,
pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram
declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença,
disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. (Mat. XVIII, 21-35)
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. (Mat. XVIII, 21-35)
Explicação da gravura
1º Santo Estêvão perdoando aos
seus verdugos, e 2º reconciliação de Jacob e Esaú; 3º são Cipriano manda dar
dinheiro aos que hão-de martirizar.
Índice das sessenta e oito gravuras
Sumário
1.- Introdução
O Símbolo dos Apóstolos
2.- A Santíssima Trindade
3.- A Criação
4.- Incarnação - Transfiguração
5.- Incarnação - Anunciação
6.- A Natividade
7.- A Redenção
8.- A descida aos Infernos
9.- A Ressurreição
10.- A Ascensão
11.- Jesus Cristo à direita de Deus Pai
12.- Juízo Final
13.- Pentecostes
14.- A Igreja
15.- A Comunicação dos Santos
16.- A Remissão dos pecados
17.- A Ressurreição da carne
18.- O Paraíso
19.- O Inferno
Os Sacramentos
20.- A Graça
21.- O Baptismo
22.- A Eucaristia
23.- A Confirmação
24.- A Penitência
25.- A Extrema-Unção
26.- A Ordem
27.- O Matrimônio
Os Mandamentos
28.- Os mandamentos da lei de Deus
29.- 1º Mandamento de Deus: Adorar a um só Deus e amá-Lo sobre todas as coisas
30.- 1º Mandamento (continuação): Adorar a um só Deus e amá-Lo sobre todas as coisas
31.- 2º Mandamento de Deus: Não invocar o Santo Nome de Deus em vão
32.- 2º Mandamento de Deus (continuação): Não invocar o Santo Nome de Deus em vão
33.- 2º Mandamento de Deus (continuação): Não invocar o Santo Nome de Deus em vão
34.- 3º Mandamento de Deus: Santificar os Domingos e Festas de preceito
35.- 3º Mandamento de Deus (continuação): Santificar os Domingos e as Festas de preceito
36.- 4º Mandamento de Deus: Honrar pai e mãe
37- 4º Mandamento de Deus: Honrar pai e mãe
38.- 4º Mandamento de Deus: Honrar pai e mãe
39.- 4º Mandamento de Deus: Honrar pai e mãe
40.- 5º Mandamento de Deus: Não Matar
41.- 5º Mandamento de Deus: Não Matar
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