quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Pensamentos do Cura d'Ars.


XVI -  O sacramento da reconciliação .

Meus filhos, não se pode compreender a bondade que Deus teve para conosco instituindo esse grande sacramento de penitência...
Se  disséssemos aqueles pobres condenados que estão no inferno desde tanto tempo: "Vamos pôr um padre à porta do inferno. Todos os que quiserem se confessar tem só que sair"; meus filhos, acreditais que ficasse um só? Os mais culpados não receariam dizer seus pecados, e até dizê-los perante toda gente. Oh! como o inferno depressa ficaria deserto, e como o céu se povoaria ! Pois bem ! nós temos o tempo e os meios que aqueles pobres condenados não tem.
Meus filhos, desde que se tem uma mancha na alma, há que se fazer como uma pessoa que tem um belo globo de cristal que guarda bem cuidadosamente. Se esse globo recebe um pouco de poeira, quando ela o percebe passa-lhe depressa uma esponja, e eis o globo claro e brilhante!
É belo pensar que temos um sacramento que cura chagas da nossa alma ! Mas cumpre recebê-lo com boas disposições. Do contrário, são novas chagas sobre as antigas.
Que direis de um homem todo coberto de feridas e que agisse do modo seguinte? Aconselham-lhe ir para o hospital. Ele vai; o médico cura-o dando-lhe remédios. Eis porém, esse homem que toma a sua faca , dá em si grandes golpes e se faz maior mal do que tinha antes. Pois bem, é o que fazeis muitas vezes saindo do confessionário, quando recais nos mesmos pecados.
Há uns que profanam o sacramento faltando a sinceridade. Terão ocultado pecados mortais, há dez anos, vinte anos. São sempre atormentados; sempre o seu pecado esta presente ao espírito; sempre tem o pensamento de dizê-lo, e sempre afastam esse pensamento; é um inferno!... 
Quando fizerdes uma boa confissão, tereis acorrentado o demônio.
Os pecados que ocultarmos reaparecerão todos. Para ocultar bem os próprios pecados, há que confessá-los bem

Fonte: São Pio V

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