Costumam os servos de Maria, sobretudo aos sábados, dar esmolas em sua honra. S. Gregório fala de um irmão leigo, chamado Deusdedit, que distribuiu aos pobres, no sábado, o que tinha ganho durante a semana, como sapateiro. Ora, a uma alma santa foi mostrado, em visão, um palácio suntuoso que Deus estava preparando no céu a esse servo de Maria, e em cuja construção só se trabalhava aos sábados. O santo confessor Gerardo de Monza (+ 1207) não recusava coisa alguma que lhe fosse pedida em nome de Maria. O mesmo fazia o jesuíta, padre Martinho Gutiérrez. Por essa razão, como ele mesmo confessou, nunca pediu uma graça a Maria sem que a alcançasse. Tendo sido ele morto pelos Huguenotes, apareceu a Virgem a seus companheiros com algumas virgens, pelas quais mandou envolver o corpo num lençol. S. Eberardo, Arcebispo de Salzburgo, tinha a mesma devoção. Por isso o viu um santo religioso, sob a forma de um menino, nos braços de Maria. "Eis o meu filho Eberardo, que nunca me recusou coisa alguma", disse Maria. Igual prática era usada por Alexandre de Hales. Tendo-lhe um leigo de S. Francisco pedido em nome de Maria que se fizesse franciscano, deixou ele o mundo e entrou para a Ordem.
Não deixem, pois, os devotos de Maria de dar cada dia, em sua honra, uma pequena esmola, que devem aumentar aos sábados. E se não podem fazer mais, ao menos, pelo amor de Maria, pratiquem alguma outra obra de caridade, como assistir aos enfermos, rezar pelos pecadores e pelas almas do purgatório, etc. As obras de misericórdia são muito agradáveis ao coração dessa Mãe de misericórdia.
(Glórias de Maria - Santo Afonso de Ligório)
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