segunda-feira, 31 de julho de 2023

Pensamentos de Dom Bosco sobre o Demônio

 

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EAST NEWS

Dom Bosco teve de lutar contra o demônio para salvar os jovens. E tem ensinamentos de sabedoria para nossa vida espiritual

Dom Bosco é tido como o Santo da Juventude! Mas é possível verificar em sua vida a grande luta que travou com o Demônio para salvar os jovens.

Por isso, os ensinamentos de Dom Bosco continuam sendo para os tempos atuais uma grande escola na realidade do Combate Espiritual.

Segue alguns dos seus pensamentos e ensinamentos sobre o Combate sobre o Demônio:

1) “As mentiras, além de ser uma ofensa a Deus, nos tornam filhos do demônio”

2) “O demônio faz de tudo para impedir a oração”

3) “O demônio não tem medo da penitência e sim da obediência.”

4) “O demônio quer que fiquemos no ócio, se estamos no ócio ele diz: não preciso trabalhar mais”

5) “Onde existe trabalho, não está o demônio”

6) “Os três inimigos do homem são: a morte que o surpreende, o tempo que escapa, e o demônio que nos arma seus laços”

7) “Um sustentáculo grande para vós, uma arma poderosa contra as insídias do demônio tende, caros jovens, na devoção a Maria santíssima”

8) “O primeiro e principal engano com que o demônio costuma afastar os jovens da virtude é fazê-los pensar que servir a nosso Senhor consista numa vida melancólica e distante de qualquer divertimento e prazer. Não é assim, caros jovens. Eu quero ensinar-vos um método de vida cristã, que possa ao mesmo tempo fazer-vos alegres e felizes, indicando-vos quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres…”

A segunda artimanha do demónio consiste em fazê-los conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestai atenção, meus caros jovens: muitos deixaram-se prender por esta mentira. Quem nos garante que chegaremos à velhice?”

9) “Sabe o que quer dizer cair em pecado mortal? Quer dizer renunciar o filho de Deus e ser escravo de satanás”

10) O mesmo acontece com a conversação obscena. Uma palavra, um gesto, um gracejo basta para ensinar a malícia a um ou também a muitos meninos, os quais tendo vivido até então como inocentes cordeirinhos, por causa daquelas conversas e maus exemplos perdem a graça de Deus e se tornam infelizes escravos do demónio.

11) “Quereis que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-O muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-O poucas vezes. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer o demônio? Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus. Quereis ser vencidos? Deixai de visitar Jesus…”

Deus abençoe você!

Deixe seus comentários abaixo, será importante saber sua experiência ou opinião sobre o assunto!

domingo, 30 de julho de 2023

A virtude do silêncio, Santo Tomás e o ensinamento monástico

 

SAINT THOMAS AQUINAS

Gentile da Fabriano | Public Domain



Ao lermos a obra deixada por Santo Tomás de Aquino, entendemos que atrás daquele semblante escondia-se um silêncio fértil e altamente comprometido com as necessidades da alma humana

Em pleno século XXI, seja entre crédulos e incrédulos, poucos são os que não reconhecem em Santo Tomás de Aquino um dos maiores filósofo e teólogo de todos os tempos. 

Nascido por volta do ano de 1226, no vilarejo de Roccasecca, uma província italiana da região do Lácio, Tomás era o sétimo filho do Conde Landolfo de Aquino, tendo vivido em uma época de intensos conflitos políticos e religiosos. Construiu ao longo de sua vida uma obra tão grandiosa, que o fez ser declarado Doutor da Igreja, recebendo diversos reconhecimentos ao longo da história, tais como os presentes na encíclica Aeterni Patris, do papa Leão XIII, que o declara “guia e mestre” de toda a teologia escolástica. 

Uma dos pontos biográficos de Santo Tomás de Aquino bem conhecidos é a alcunha de “Boi Mudo”, que recebeu dos colegas universitários. Tal apelido deu-se devido à combinação de um corpo obeso e alto associado a um silêncio contínuo, que dava ao seu semblante um aspecto de lentidão de raciocínio e vagareza. Entretanto, as palavras do seu mestre, Santo Alberto Magno, foram proféticas quando anunciou a todos: “Vocês o chamam de Boi Mudo; eu lhes digo que esse Boi Mudo mugirá tão alto que seus mugidos preencherão o mundo”. Ao lermos a obra deixada por Santo Tomás de Aquino, entendemos que atrás daquele semblante escondia-se um silêncio fértil e altamente comprometido com as necessidades da alma humana, tal como afirmou seu mestre. Assim, cabe-nos aqui, a oportunidade de discorrer breves palavras sobre a perspectiva cristã do silêncio.

O capítulo sexto da Santa Regra de São Bento versa exclusivamente sobre essa virtude cristã. Embora se traduza o termo em latim taciturnitate (o título original desse capítulo) como silêncio, talvez seria melhor manter o termo taciturnidade, mesmo que seja menos familiar aos nossos ouvidos. Isso porque o silêncio pregado por São Bento aos seus monges não representa apenas o ato físico de não vibrar as cordas vocais (embora esse artifício seja por demais estimulado também), mas, sim, uma atitude de recolhimento da alma, que a permite aprender, meditar e agir de modo santo no dia a dia. Certamente, esse era o silêncio vivido por Santo Tomás. Por fora, colocava-se com alguém desatento, entretanto, por dentro, vibrava seu espírito em união com Deus, na busca de respostas para as mazelas humanas. 

No livro de Provérbios, se lê: “não pode faltar o pecado num caudal de palavras; quem modera os lábios é um homem prudente” (Pv 10,19). Esse versículo nos ensina o porquê de o silêncio ser tão desejado por Deus e tão vivido pelos seus santos. Colocando-nos em atitude de “tagarelice”, logo chegará a ocasião de ofensa ao próximo, a ocasião de lamúria diante da vida e sabe Deus lá onde isso pode parar em termos de pecado. Não significa que conversas santas e próprias a edificar não sejam bem-vindas; pelo contrário, elas são estimuladas pelo próprio São Bento no capítulo previamente colocado, mas uma vez que se perceba que o tom da conversa levará ao pecado, esta logo deve ser interrompida. Com o progresso da vida espiritual, entende-se que a melhor conversa é aquela na qual se ouve o ensinamento de um mestre e os medita no coração. 

Em um contexto moderno, assolado pelas redes sociais, em que todos querem falar, sobretudo por meio do excesso de exposição da vida íntima e por meio da postagem e de textos que, muitas vezes, não têm proficiência e não atestam a veracidade, a taciturnidade de Santo Tomás convida-nos ao comportamento oposto: do recolhimento em Deus e da escuta do Espírito Santo dentro de nós. Que saibamos crescer em silêncio, tal como a Virgem Santíssima, que “conservava todas as palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19).

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

sábado, 29 de julho de 2023

Por que São Vicente de Paulo gostava tanto de servir os pobres

 

Vincent de Paul

Public Domain


São Vicente de Paulo valorizava cada momento com os pobres, acreditando que estava mais perto de Jesus ao servi-los

São Vicente de Paulo colocou o serviço aos pobres acima de quase todas as atividades em sua vida. Ele teve uma vida devota de oração, mas acreditava que mesmo sua prece poderia ser interrompida diante do chamado a ajudar alguém necessitado.

Ele explica seus pensamentos em um manuscrito. Em particular, São Vicente de Paulo acreditava que servir aos pobres estava em união com a missão de Cristo na terra.

Embora em sua Paixão Ele quase tenha perdido a aparência de um homem e tenha sido considerado um tolo pelos gentios e uma pedra de tropeço pelos judeus, Ele mostrou-lhes que sua missão era pregar aos pobres: Ele me enviou para pregar a Boa Nova aos pobres. Também devemos ter esse mesmo espírito e imitar as ações de Cristo, ou seja, devemos cuidar dos pobres, consolá-los, ajudá-los, apoiar sua causa. Cristo quis nascer pobre e escolheu para si discípulos pobres. Ele se fez servo dos pobres e compartilhou a pobreza deles. Ele chegou ao ponto de dizer que consideraria todas as ações que ajudam ou prejudicam os pobres como feitas a favor ou contra Si próprio.

É por isso que São Vicente de Paulo acreditava firmemente que a caridade para com os pobres é uma parte essencial de ser cristão. É uma obra de Deus que devemos fazer, mesmo quando interrompe nosso tempo de oração.

É nosso dever preferir o serviço aos pobres a tudo o mais e oferecer esse serviço o mais rápido possível. Se uma pessoa necessitada precisar de remédio ou outra ajuda durante o tempo de oração, faça o que tiver que ser feito com tranquilidade. Ofereça a ação a Deus como sua oração. Não fique chateado ou se sinta culpado porque interrompeu sua oração para servir aos pobres. Deus não é negligenciado se você deixá-lo para tal serviço. Uma das obras de Deus é meramente interrompida para que outra possa ser realizada. Então, quando você deixar a oração para servir a alguma pessoa pobre, lembre-se de que esse mesmo serviço é realizado para Deus.

Em nossa própria vida, devemos refletir sobre como servimos aos pobres e se fazemos tudo o que podemos para ajudar os menos afortunados entre nós. Pode não ser fácil, mas é um serviço que estamos fazendo ao próprio Cristo.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

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As duras palavras de São Jerônimo aos padres que buscam fama e fortuna

 

SAINT JEROME

Public Domain

O "nervosão" São Jerônimo não mediu palavras ao escrever sobre os deveres dos padres e a tentação da riqueza

São Jerônimo era direto e reto quando se tratava de falar a verdade. Não tinham medo do que as pessoas pensavam dele. Por isso, na maioria das vezes, suas palavras atraíam a ira de seus colegas padres.

Isso pode ser visto claramente em uma carta ao padre Nepotian, que abandonou o serviço militar para se dedicar à vocação sacerdotal. São Jerônimo escreveu extensivamente sobre os deveres de um padre. A carta tinha palavras duras para aqueles que buscavam fama e fortuna:

Sob a bandeira de Cristo, não busque nenhum ganho mundano, para que, não tendo mais do que quando você se tornou um clérigo, você não ouça os homens dizerem, para sua vergonha: a porção deles não os aproveitará.

São Jerônimo tinha preferência pelos pobres. Ele acreditava que um padre deveria ser humilde, e não buscar riquezas:

É a glória de um bispo cuidar das necessidades dos pobres; mas é uma vergonha para todos os padres acumular fortunas privadas.

Quando se trata de aceitar grandes doações para necessidades pessoais, São Jerônimo exorta os padres a recusá-las:

Jamais procuremos presentes e raramente os aceitemos quando nos for oferecido. Pois  é mais abençoado dar do que receber… A ostentação e o desleixo devem ser evitados, pois um tem sabor de vaidade e o outro de orgulho. Andar sem lenço de linho não é nada: o que é louvável é não ter dinheiro para comprar. É vergonhoso e absurdo gabar-se de não ter guardanapo nem lenço e, ainda assim, carregar uma bolsa bem cheia.

Acima de tudo, São Jerônimo procurou expressar em sua carta que um padre deve praticar o que ele prega, sendo um homem pobre entre os pobres, servindo-os e não buscando fama terrena.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Aprendendo a viver o Evangelho com a ajuda de São Francisco

 

SAINT FRANCIS OF ASSISI

Purplexsu | Shutterstock

Pela vida de São Francisco, podemos aprender a abandonar tudo nas mãos do Pai do Céu, viver para Ele e dedicar toda nossa vida à causa do Reino

Quem não conhece são Francisco de Assis? Cristãos ou não, a história deste rico jovem italiano que tudo abandonou para, em nome de Jesus, ser pobre com os pobres, continua tocando corações pelo mundo afora e suscitando em muitos o desejo de viver essa radicalidade do Evangelho. 

Nascido em 1182 no centro da Itália, Jean Bernardone queria se tornar um cavaleiro e levou uma vida um tanto quanto dissoluta. Quando soldado, foi feito prisioneiro e seu retorno a Assis foi marcado por uma grande conversão. Seu novo olhar sobre as mundanidades de seu meio mudou completamente seu jeito de ser. Um apelo do Céu “vai e reconstrói a minha Igreja”, o levou a consertar igrejas ao redor de Assis. Pouco a pouco, ele foi entendendo de qual reconstrução essa Voz falava. 

São Francisco e o leproso

Muitas são as histórias que podemos partilhar sobre nosso querido santo de Assis. Mas uma delas em particular merece nossa atenção: o seu encontro com um leproso. 

Tomás de Celano, um frei que escreveu a biografia de Francisco, conta que “certa vez indo a cavalo perto de Assis, veio-lhe ao encontro um leproso. Embora tivesse muito horror dos leprosos, fazendo-se violência, apeou e ofereceu-lhe uma moeda, beijando-lhe a mão. Após ter recebido dele o beijo da paz, montou a cavalo e prosseguiu seu caminho. Desde então começou cada vez mais a desprezar-se, até conseguir, pela graça de Deus, a mais perfeita vitória sobre si mesmo. Poucos dias depois, levando consigo muito dinheiro, dirigiu-se ao leprosário e, reunindo todos os leprosos, deu a cada um uma esmola, beijando-lhes a mão”.

O que podemos aprender com essa passagem? 

Primeiro que entre Francisco e o leproso havia muita diferença e uma grande distância física e social. Francisco desceu do cavalo para se colocar ao seu nível, para estar em pé de igualdade com aquele pobre coitado. Este foi um passo importante: ele deixou de lado suas seguranças e seu status social. 

Vida nova

Segundo, beijando o leproso, Francisco vence a luta contra o “homem velho”. Através desse gesto de fraternidade seu medo desapareceu! É como se fosse preciso que ele tocasse esse homem “impuro” para ser limpo de seus medos e traumas. Depois de tocar o leproso, Francisco se levanta para começar uma nova vida. Com seu beijo, a distância entre os dois homens desaparece para dar lugar à comunhão.

Um terceiro aprendizado, é que este encontro opera em Francisco uma grande transformação em seu ser. Em seu testamento, ele afirma que o Senhor o enviou aos leprosos e desde então “tudo o que era amargo se transformou em doçura”. Francisco se torna cada vez mais misericordioso com os pobres de seu tempo. Esta atitude mostra seu caminho de maturidade, onde percebemos uma grande coerência entre sua transformação interior e seu comportamento exterior com os outros. Beijar um leproso é uma manifestação visível de sua purificação interior.

A coragem

Como quarta e última lição, gostaria de destacar a coragem de Francisco. Ele entendeu que sua vida não poderia se limitar a dizer: “seria necessário”, “seria bom”, “seria importante”… Percebeu que não tinha tempo a perder com questionamentos vazios que o impediriam de agir concretamente. No seu processo de conversão Francisco não espera! Aquele que era seu inimigo, o leproso, tornou-se seu próximo. Este homem deixou de ser apenas mais um enfermo contagioso; a partir de então ele passou a ter uma identidade, um nome, uma família, uma história, sonhos… Beijando-o, Francisco, aprendeu a conhecê-lo e a amá-lo. 

Aprendemos, pela vida de São Francisco, a como viver o Evangelho nos tempos de hoje, a abandonar tudo nas mãos do Pai do Céu, vivermos para Ele e dedicarmos toda nossa vida à causa do Reino.

Obrigado Francisco por este e tantos ensinamentos dados através de seus atos. 

Nosso querido amigo de Assis morreu no dia 3 de outubro de 1226. 

Sua radicalidade evangélica continua sendo uma fonte de inspiração e de renovação para a Igreja.  Também a nós, de certo modo, o Senhor continua dizendo: “vai e reconstrói a minha Igreja”.

São Francisco de Assis, rogai por nós.



quarta-feira, 26 de julho de 2023

Por que São Paulo da Cruz destacou a paciência como virtude fundamental

 

SAINT PAUL OF THE CROSS

Courtesy of Saintpaulofthecross.com


São Paulo da Cruz acreditava que a paciência era uma virtude que todos precisam praticar

Embora existam muitas virtudes que os cristãos devem praticar, São Paulo da Cruz destacou a virtude da paciência em uma de suas cartas.

Ele escreve:

“Sede constantes em praticar todas as virtudes, e especialmente em imitar a paciência de nosso querido Jesus, pois este é o ápice do amor puro.”

São Paulo da Cruz reforça que a paciência de Jesus deve ser exemplo para todos nós, especialmente a paciência de Jesus durante a sua Paixão. Diz ele:

“Viva de tal maneira que todos saibam que você carrega exterior e interiormente a imagem de Cristo crucificado, o modelo de toda gentileza e misericórdia. Pois, se um homem está interiormente unido ao Filho do Deus vivo, ele também é exteriormente semelhante por sua prática contínua de bondade heróica, e especialmente por uma paciência reforçada pela coragem, que não se queixa nem secretamente nem em público. Escondei-vos em Jesus crucificado e não espereis nada, exceto que todos os homens sejam completamente convertidos à Sua vontade.”

Jesus aceitou pacientemente a cruz, suportando grande tormento físico, sem reclamar. Seu exemplo é realmente o “cume do amor puro” e nos mostra como devemos ser pacientes com os outros.

Ao examinarmos nossa prática de paciência, podemos nos voltar para Jesus e pedir-lhe que nos ajude a ser mais pacientes em nossas vidas.

terça-feira, 25 de julho de 2023

Por que Padre Pio perdia a paciência no confessionário?

 

PADRE PIO

Julian Kumar | Godong

Os santos também tiveram suas fragilidades...

Embora Padre Pio tenha sido claramente um santo durante sua vida na terra, isso não significa que ele não tenha lutado contra suas próprias fraquezas.

Em particular, era difícil para o Padre Pio ficar calmo e recolhido no confessionário.

No livro Padre Pio: The True Story (“Padre Pio: A Verdadeira História”), o autor explica que o santo frade, muitas vezes, perdia a paciência, mas se arrependia:

“Em junho de 1920, ele escreveu ao Padre Benedetto: ‘Meu único arrependimento é que, involuntariamente e sem querer, às vezes elevo a voz ao corrigir as pessoas. Percebo que esta é uma fraqueza vergonhosa, mas como posso evitá-la, se acontece sem que eu esteja ciente disso? Embora eu ore e reclame com Nosso Senhor sobre isso, ele ainda não me ouviu completamente. Além disso, apesar de toda a minha vigilância, às vezes faço o que realmente detesto e quero evitar’.”

Uma razão para o Padre Pio ficar com raiva no confessionário era encontrar um penitente que não estava verdadeiramente arrependido de seus pecados:

“Em outra ocasião, Padre Pio culpou seus ‘ataques de temperamento’ no confessionário ao excesso de trabalho e à visão de tantos pecadores endurecidos e impenitentes. Ele pensava, às vezes, que sua raiva poderia ser um reflexo da indignação de Deus.”

Ele também negava a absolvição a muitos desses penitentes, pedindo-lhes que voltassem quando estivessem prontos.

A maioria desses penitentes retornava ao confessionário, reconhecendo o peso de seus pecados e professando o verdadeiro arrependimento.

Enfim, o fato é que os santos tinham suas próprias lutas e fraquezas e, para Padre Pio, uma dessas lutas eram seus ‘ataques de temperamento’ no confessionário.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Oração de Santa Teresinha para oferecer seu dia a Deus

 

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Anneka | Shutterstock


"Peço-vos para mim e para aqueles que me são caros"

Esta é uma oração de Santa Teresinha para oferecer seu dia a Deus e assim colher as bênçãos de Sua graça. Pode ser rezada em qualquer momento do dia.

Meu Deus, ofereço-vos todas as ações que farei hoje, 
nas intenções e para a glória do Sagrado Coração de Jesus. 
Quero santificar as batidas do meu coração, 
meus pensamentos e obras mais simples, 
unindo-os aos seus méritos infinitos, 
e reparar minhas faltas, 
lançando-as na fornalha de Seu Amor Misericordioso.

Oh, meu Deus! 
Peço-vos para mim e para aqueles que me são caros 
a graça de cumprir perfeitamente vossa santa vontade, 
de aceitar por vosso amor as alegrias e as penas desta vida passageira, 
para que estejamos um dia reunidos no Céu, 
por toda a eternidade. 

Amém

O que Padre Pio fazia quando alguém xingava ou falava palavrões

 

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operapadrepio.it

Uma lição sobre como agir quando somos confrontados com um linguajar que ofende a Deus

Quando criança, Padre Pio estava exposto à linguagem chula, já que muitos de seus amigos o xingavam e falavam palavrões.

Sua reação inicial era fugir quando isso acontecia, conforme relata C. Bernard Ruffin no livro Padre Pio: The True Story (“Padre Pio: A Verdadeira História”):

“Sempre que outro menino xingava ou falava palavrão, Franci fugia. O mesmo Luigi Orlando que o descrevia como ‘um menino como outro qualquer’, recorda que certa vez, quando os dois brigavam, Luigi deixou escapar de seus lábios ‘uma expressão forte’, ao que Franci, que o havia prendido no chão, saltou, levantou-se e fugiu.”

A mãe de Padre Pio não queria que seus filhos se associassem a outras crianças que usavam linguagem obscena. Padre Pio interpretava isso com seriedade e fugia de qualquer um que xingasse ou praguejasse.

Ao mesmo tempo, sua mãe também o ensinou a “consertar” os danos causados:

“Beppa proibia seus filhos de se associarem com outras pessoas que usavam linguagem vulgar ou blasfema. Na verdade, sempre que ela ouvia alguém xingar, ela o ‘reparava’ com a expressão: ‘Bendito seja Deus!’ -uma prática que ela tentou incutir em todos os seus filhos.”

À medida que envelhecia, Padre Pio parou de fugir de pessoas que xingavam, mas provavelmente tentou fazer o possível para “reparar” os danos da linguagem suja.

É possível que ele também tenha sido tentado a usar linguagem chula, como muitos de nós. Afinal, ele também era humano.

Enfim, independentemente do que tenha acontecido mais tarde em sua vida, a mãe de Padre Pio pode nos ensinar uma lição sobre como reagir quando somos confrontados com um linguajar que ofende a Deus.

 

domingo, 23 de julho de 2023

Santo Cura d’Ars: 11 frases cheias de verdade sobre a bondade de Deus e de Maria

 

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Muita gente viajava grandes distâncias para testemunhar o dom que São João Maria Vianney tinha de ler os pensamentos e orientar as pessoas no caminho do bem.

"O bom Deus é mais rápido para perdoar um pecador arrependido que uma mãe para puxar o seu filhinho para fora do fogo"

Deus e Nossa Senhora foram as bússolas que orientaram a vida de São João Maria Vianney, o pároco francês mundialmente conhecido e venerado como o Santo Cura d’Ars.

Alfred Monnin, em “O Santo Cura d’Ars“, reuniu alguns dos seus mais verdadeiros pensamentos sobre Nosso Senhor e a Santíssima Virgem Maria. Alguns deles:

1) “Virá o tempo em que os homens estarão tão cansados ​​dos homens que não se poderá mais falar-lhes de Deus sem fazê-los chorar”.

2) “O homem foi criado por amor: é por isso que ele é tão inclinado a amar. Ele não é feliz, exceto quando se volta para Deus… Tire um peixe da água e ele não viverá: assim é o homem sem Deus”.

3) “As nossas culpas são um grão de areia comparadas com a grande montanha da misericórdia de Deus”.

4) “O bom Deus é mais rápido para perdoar um pecador arrependido que uma mãe para puxar o seu filhinho para fora do fogo”.

5) “Eu acredito que se tivéssemos fé, seríamos senhores da vontade de Deus; nós a manteríamos acorrentada e nada seria negado por Ele”.

6) “Se soubéssemos como Nosso Senhor nos ama, morreríamos de felicidade!”

7) “O bom Deus faz por mim um pequeno milagre toda noite. Antes de dormir, não aguento mais; e de manhã já estou em forma”.

8) “O coração de Maria é tão terno conosco que, em comparação, os de todas as outras mães juntas formam só um pedaço de gelo”.

9) “As tentações não têm nenhum poder sobre um cristão cujo coração é verdadeiramente dedicado à Virgem Maria”.

10) “Voltemo-nos a Nossa Senhora com grande confiança e tenhamos a certeza de que, por mais miseráveis ​​que possamos ser, Ela obterá para nós a graça da conversão”.

11) “Eu amei Nossa Senhora antes mesmo de conhecê-la; ela é o meu mais antigo afeto”.

quarta-feira, 19 de julho de 2023

A poderosa devoção das 3 Ave-Marias que Nossa Senhora ensinou a Santa Matilde



Uma promessa e um pedido de Maria: "Eu te assistirei na hora da tua morte, mas quero que, por tua parte, me rezes diariamente três Ave-Marias"

Santa Matilde de Hackeborn (1241-1298) teve a graça de presenciar várias aparições de Jesus e de Maria. Apesar da sua vida de penitência como freira beneditina, ela temia o momento da morte. Por isso, rezava a Nossa Senhora pedindo a sua assistência na hora derradeira. E a Virgem, em 1285, lhe apareceu e consolou com esta resposta:

“Sim, o farei; mas quero que, por tua parte, me rezes diariamente três Ave-Marias”.

E Nossa Senhora acrescentou:

“A primeira Ave-Maria, pedindo que, assim como Deus Pai me elevou a um trono de glória sem igual, fazendo de mim a mais poderosa no céu e na terra, assim também eu te assista na terra para fortificar-te e afastar de ti toda potestade inimiga”.“A segunda Ave-Maria, pedindo que, assim como o Filho de Deus me concedeu a sabedoria em tal extremo que tenho mais conhecimento da Santíssima Trindade que todos os santos, assim eu te assista na passagem da morte para encher a tua alma das luzes da fé e da verdadeira sabedoria, para que não a obscureçam as trevas do erro e da ignorância”.“A terceira Ave-Maria, pedindo que, assim como o Espírito Santo me concedeu as doçuras do Seu amor e me fez tão amável que depois de Deus sou a mais doce e misericordiosa, assim eu te assista na morte, enchendo a tua alma de tal suavidade de amor divino que toda pena e amargura da morte seja transformada para ti em delícias”.

A prática desta devoção consiste em rezar todos os dias três Ave-Marias agradecendo à Santíssima Trindade os dons de Poder, Sabedoria e Amor que outorgou à Virgem Imaculada e pedindo a Maria que use deles em nosso auxílio.

Como praticar esta devoção

Todos os dias, rezar o seguinte:

Maria, Mãe minha; livrai-me de cair em pecado mortal!Pelo Poder que o Pai Eterno te concedeu (rezar uma Ave-Maria).Pela Sabedoria que o Filho te concedeu (rezar uma Ave-Maria).Pelo Amor que o Espírito Santo te concedeu (rezar uma Ave-Maria).


 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Sofre de ansiedade? Estas 3 dicas de Jesus no Getsêmani podem ajudar a encontrar a paz

 

Jesus Getsemani Josef Untersberger

Josef Untersberger

A agonia de Jesus foi, obviamente, diferente de qualquer outra. No entanto, São Paulo fala sobre a importância de "compartilhar o sofrimento de Jesus e receber seu conforto"

Fulton Sheen, o amado sacerdote e popular personalidade da TV americana dos anos 50, uma vez expôs o que Jesus enfrentou no Jardim do Getsêmani:

“Pode-se adivinhar o horror psicológico dos estágios progressivos de medo, ansiedade e tristeza que prostraram [Jesus] antes mesmo de um único golpe ter sido dado. Diz-se que os soldados temem muito mais a morte antes da hora zero de ataque do que no calor da batalha…”

Agora, se você já lutou com as emoções listadas acima – medo, ansiedade e tristeza – você provavelmente está familiarizado com os comentários dolorosos frequentemente feitos por amigos bem intencionados.

O conselho “tenha fé”, sempre me causou mais dor, embora eu tenha certeza de que nunca foi oferecido com o mínimo de indelicadeza. Ainda assim, esta “consolação” infere que minha angústia deriva de uma falta de fé. Ou que se eu for dotado com a quantidade perfeita de fé, minha ansiedade irá de alguma forma desaparecer.

É por isso que nunca esquecerei o que senti há anos durante uma meditação das 3h da manhã sobre a agonia de Jesus no Jardim: Jesus tinha uma fé perfeita! Pensei: Ele sabia que a ressurreição estava bem ao virar da esquina, mas seus poros ainda escorriam sangue!

Mas como posso comparar a angústia de Nosso Senhor sobre sua iminente crucificação com minhas provações? A agonia de Jesus foi, obviamente, diferente de qualquer outra. No entanto, São Paulo descreve a vida de um cristão como sendo “crucificado com Cristo”; ele também fala sobre “compartilhar o sofrimento de Jesus e receber seu conforto”.

Portanto, vá em frente, siga estas dicas de Nosso Senhor para administrar sua ansiedade.

1CANTE UM HINO

Há apenas uma passagem das Escrituras onde se menciona que Jesus cantou uma canção, e é bem antes de seus amigos o abandonarem: “Terminando o canto dos Salmos, saíram para o monte das Oliveiras” (Marcos 14,26).

Os estudiosos de hoje poderiam nos dar uma boa ideia do que Jesus teria cantado, com base no rito da Páscoa judaica. Como o povo judeu, eu acho que os Salmos são os melhores hinos de conforto. Eu sempre murmuro um salmo à primeira pitada de nervosismo, silenciosamente quando outras pessoas estão por perto, mas super alto quando estou sozinho no carro.

2REZAR “MAIS INTENSAMENTE”

Eu falo com Deus o dia todo, muitas vezes enquanto lavo a louça ou dobro a roupa. Mas nada acalma minha alma e me prepara para uma melhor noite de sono do que passar 15 a 20 minutos em uma forma mais profunda de oração meditativa a cada noite. É aí que costumo ser atormentado pela tristeza sobre o passado e experimentar pensamentos de corrida sobre o futuro. Nesses momentos, penso frequentemente em Jesus no Getsêmani, que “entrou em agonia e orava ainda com mais instância”.

Por esta razão, escondo-me da minha família atrás de uma porta fechada. Ajoelho-me e falo francamente com Deus em minhas próprias palavras, listando cada um dos dilemas que me atormentam. Então, depois de fechar a boca e ouvi-lo em silêncio por um tempo (porque a oração é mais sobre Deus mudar nossas mentes, do que nós mudarmos a dele), concluo rezando o terço, sempre com a intenção de receber a graça de aceitar a vontade de Deus.

3ESPERAR PELO ANJO

Finalmente, espere que Deus envie um anjo para te consolar (vá em frente e peça um). Há um famoso quadro do artista Carl Heinrich Bloch do século 19 intitulado “Anjo com Jesus Cristo antes da prisão no Jardim do Getsêmani”. Esta pintura retrata Lucas 22,43, onde Deus enviou um anjo para confortar Jesus. Eu amo os detalhes sobre esta ilustração, mas minha parte favorita é como o anjo está apoiando a mão de Jesus, levantando-a em oração.

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Anjo com Jesus Cristo antes da prisão no Jardim do Getsêmani / Carl Heinrich Bloch

“Envia-me teu anjo”! Eu implorei a Jesus outra noite, pedindo especificamente a mesma pessoa que o consolou. Imediatamente, imaginei dois braços poderosos ao meu redor, assim como no quadro. O momento foi um pouco revolucionário, embora eu tenha certeza de que a ansiedade é uma cruz que posso carregar durante toda a minha vida. Mas, como Jesus, não tenho que carregá-la sozinho. E com a ajuda de sua graça, este fardo se torna cada dia mais leve.

domingo, 16 de julho de 2023

Como a Virgem Maria pode te ajudar a enfrentar qualquer sofrimento

 

Nossa Senhora, Virgem Maria, com o Menino Jesus

Fred de Noyelle I Godong

O coração de Maria foi aberto pela dor. Agora, ela intercede e conforta todos aqueles sofredores que recorrem a ela

Dor, sofrimento e provações são difíceis de suportar, ainda mais quando você está sozinho. Nós precisamos dos outros para nos ajudar a carregar os pesados ​​fardos da vida.

Quem está sempre disponível para nós é a Virgem Maria. Ela pode não estar fisicamente ao nosso lado, mas tem uma presença espiritual que nos conforta em momentos de aflição.

Santo Afonso de Ligório escreve em seu livro “Glórias de Maria” sobre como confiar na Virgem Maria quando estamos passando por maus momentos:

“Quando as nossas cruzes pesam sobre nós, recorramos a Maria que é chamada pela igreja de Consoladora dos aflitos e por São João Damasceno o Remédio para todas as dores do coração.”

Ela sofreu muito durante seu curto período na terra, uma dor que era difícil de suportar. O profeta Simeão proclamou a ela, “tu mesma uma espada trespassará, para que os pensamentos de muitos corações sejam revelados” (Lucas 2,35).

Seu coração foi aberto pela dor que ela experimentou, e agora ela intercede e conforta todos aqueles que recorrem a ela. Santo Afonso conclui sua meditação com uma breve oração à Virgem Maria, pedindo-lhe ajuda para suportar qualquer cruz:

“Ah, minha doce senhora, tu, inocente, sofreste com tanta paciência. Minha Mãe, eu agora te peço não para ser libertado das cruzes, mas para suportá-las com paciência. Por amor de Jesus, peço-te que obtenha pelo menos esta graça de Deus para mim. Amém”. 

segunda-feira, 10 de julho de 2023

8 virtudes de Maria – e como viver cada uma delas

 



O caminho concreto para estar cada vez mais perto de Nossa Senhora

1.Paciência: Nossa Senhora passou por muitos momentos estressantes de provação, de incômodo e de dor, durante toda sua vida, mas suportou tudo com paciência. Sua tolerância era admirável! Nunca se revoltou contra os acontecimentos, nem mesmo quando viu o próprio filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus e meditava tudo isso em seu coração. Maria, nossa mãe, teve sempre paciência, sabendo aguardar em paz aquilo, que ainda não se tenha obtido, acreditando que iria conseguir, pela espera em Deus.

Imitando essa virtude: Ter paciência é não perder a calma, manter a serenidade e o controlo emocional. Além disso é saber suportar, como Maria, os desabores e contrariedades do dia a dia, saber suportar com paciências nossas próprias cruzes. Devemos saber ouvir as pessoas com calma e atenção, sem pressa, exercitando assim a virtude da caridade. Fazer um esforço para nos calarmos frente aquelas situações mais irritantes e estressantes. Quando houver um momento de impaciência pode-se rezar uma oração, como por exemplo, um Pai-nosso, buscando se acalmar para depois tentar resolver o conflito. Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor ou do frio, do abafamento no autocarro lotado, do tempo que levamos sem comer nada… Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você…!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”, “Estou farto disso!”. Fugir da ira, se calando ou rezando nesses momentos. A paciência se opõe à ira! “Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança.”(Rom. 5,3-4) “Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, esta­rá sujeito ao inferno de fogo.”(Mat 5,22).
2. Oração contínua: Nossa Senhora era silenciosa, estava sempre num espírito perfeito de oração. Tinha a vida mergulhada em Deus, tudo fazia em Sua presença. Mulher de oração e contemplação, sempre centrada em Deus. Buscava a solidão e o retiro pois é na solidão que Deus fala aos corações. “Eu a levarei à solidão e falarei a seu coração (Os 2, 14)” Em sua vida a oração era contínua e perseverante, meditando a Palavra de Deus em seu coração, louvando a Deus no Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores tremendas que sentiu na crucificação de Jesus, etc.

Imitando essa virtude: Buscar uma vida interior na presença de Deus, um “espírito” contínuo de oração. Não se limitar somente as orações ao levar, ao se deitar e nas refeições, estender a oração para a vida, no trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações, buscando a vontade de Deus em sua vidas. “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3,17). e “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a acção de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.”(Fil 6,6-7).

3. Obediência: Maria disse seu “sim” a Deus e ao projeto da salvação, livremente, por obediência a vontade suprema de Deus. Um “sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada, sem reservas, sem impor condições. Durante toda a vida Nossa Mãezinha foi sempre fiel ao amor de Deus e em tudo o obedeceu. Ela também respeitava e obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus.

Imitando essa virtude: O Catecismo da Igreja Católica indica que a obediência é a livre submissão à palavra escutada, cuja verdade está garantida por Deus, que é a Verdade em si mesma. Esforcemo-nos para obedecer a requisitos ou a proibições. A subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo que é proibido, nos faz crescer. Rezar pelos superiores. Obedecer sempre a Deus em primeiro lugar e depois aos superiores. Obedecer a Deus é obedecer seus Mandamentos, ser dócil a Sua vontade. Também é ouvir a palavra e a colocar em prática. “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Luc 1, 38).

4. Mãe do Supremo Amor: Nossa Mãe cheia de graça ama toda a humanidade com a totalidade do seu coração. Cheia de amor, puro e incondicional de mãe, nos ama com todo o seu coração imaculado, com toda energia de sua alma. Nada recusa, nada reclama, em tudo é a humilde serva do Pai. Viveu o amor a Deus, cumprindo perfeitamente o primeiro mandamento. Fez sempre a Vontade Divina e por amor a Deus aceitou também amar incondicionalmente os filhos que recebeu na cruz. Era cheia da virtude da caridade, amou sempre seu próximo, como quando visitou Isabel, sua prima, para a ajudar, ou nas bodas de Caná, preocupada porque não tinham mais vinho.

Imitando essa virtudeTodos os homens são chamados a crescer no amor até à perfeição e inteira doação de si mesmo, conforme o plano de Deus para sua vida. Devemos buscar o verdadeiro amor em Deus, o amor ágape, que nos une a todos como irmãos. Praticar o amor ao próximo, a bondade, benevolência e compaixão. O amor é doação, assim como Maria doou sua vida e como Jesus se doou no cruz para nos salvar, também devemos nos doar ao próximo, por essa razão o amor é a essência do cristianismo e a marca de todo católico. “Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – estes três. Porém, o maior deles é o amor.” (I Cor. 13,13).

5. Mortificação: Maria, mulher forte que assume a dor e o sofrimento unida a Jesus e ao seu plano de salvação. Sabe sofrer por amor, sabe amar sofrendo e oferecendo dores e sacrifícios. Sabe unir-se ao plano redentor, oferecendo a Vítima e oferecendo-se com Ela. Maria empreendeu, e abraçou uma vida cheia de enormes sofrimentos, e os suportou, não só com paciência, mas com alegria sobrenatural. Nada de revolta, nada de queixas, nada de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à meditação para buscar entender o motivo que leva um Deus perfeito a permitir aqueles acontecimentos. Pela meditação, pela submissão, pela humildade, Ela encontrou a verdade.

Imitando essa virtude: Muitas vezes Deus nos envia provações que não compreendemos, portanto devemos seguir o exemplo de Nossa Senhora e meditar os motivos que levam um Deus perfeito a permitir essas provações, aceitá-las e saber oferecer todas as nossas dores a Jesus em expiação dos nossos pecados, pelos pecados de todos e pelas almas, unindo nossos sofrimentos aos sofrimentos de Jesus na Cruz. Não devemos oferecer somente os grandes sofrimentos, devemos oferecer também o jejum, fugir do excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecer alguns sacrifícios a Deus, seja no comer (renunciar de algum alimento que se tenha preferência ou simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede), nas diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo. É indispensável sorrir quando se está cansado, terminar uma tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades daquelas pessoas que nos são caras e não só os próprios. Oferecer os sofrimentos, desconfortos da vida, jejuns e sacrifícios a Deus pela salvação das almas. “Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta.” (Lamentações 1,12).6. Doçura: Nossa Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura angelical inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem os demônios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor.

Imitando essa virtudeA doçura é uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera. A doçura é antes de tudo uma paz, a manifestação da paz que vem do Senhor. É o contrário da guerra, da crueldade, da brutalidade, da agressividade, da violência… Mesmo havendo angústia e sofrimento, pode haver doçura. “Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência.” (Col. 3,12).

7. Fé viva: Feliz porque acreditou, aderiu com seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem ver, sem entender, sem perceber. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque acreditou nas palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendéncia. Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45). A inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas: – A prova do invisível: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; – A prova do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; – A prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado e crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Senhora da fé, viveu intensamente sua adesão aos planos de Deus com humildade e obediência.

Imitando essa virtude: A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e viver de acordo com o que se crê. “Porque assim como sem o espírito o corpo está morto, morta é a fé, sem as obras” Tg (2,26). Ter fé é acreditar que se recebe uma graça muito antes de a possuir e é, acima de tudo, ter uma confiança inabalável em Deus! “Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá.” (Luc 17,6).

8. Pureza Divina: Senhora da castidade, sempre virgem, mãe puríssima, sem apego algum as coisas do mundo, Deus era o primeiro em seu coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o coração, centrados no Senhor. O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez dela a criatura mais radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade Perpétua na alma e no corpo de Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal de Jesus por obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal. Para resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do pecado original, portanto imaculado, de Maria de Nazaré.

Imitando essa virtude: Esta preciosa virtude leva o homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o próprio Jesus Cristo. Nossa Senhora disse, na aparição de Fátima, que os pecados que mais mandam almas para o inferno, são os pecados contra a pureza. Não que estes sejam os mais graves, e sim os mais frequentes. Praticar a virtude da castidade, buscando a pureza nos pensamentos, palavras e acções! Os olhos são os espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com malícia perde a pureza. Portanto, coloque seus olhos em contemplação, por exemplo na Adoração, e receba a luz que santifica. Quem luta pela castidade deve buscá-la por três meios: o jejum, a fugida das ocasiões de pecado e a oração. “Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de verdade” (I Cor.5,8).

(via Veritatis)


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