quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Jesus ordena ao demônio: "Vai com os porcos"
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
Maria Santíssima é cheia de Graça
Ave, gratia plena, Dominus tecum — “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28)
Sumário. Querendo a Santíssima Trindade ostentar as suas grandezas, criou a Santíssima Virgem, destinou-a para Mãe do Verbo encarnado, e em vista desta dignidade imensa e incomparável, enriqueceu-lhe a alma bendita de toda a espécie de graças, superiores às repartidas entre todas as criaturas. Por isso a Santíssima Virgem está no céu assentada num trono de majestade, à direita de Jesus Cristo, forma uma hierarquia separada, e só ela dá mais brilho à pátria bem-aventurada do que tudo o mais que há no paraíso. Façamos ato de fé nesta grandeza inefável de nossa querida Mãe, rendamos graças a Deus e unamo-nos aos espíritos angélicos para a amar e bendizer.
I. Consideremos que a Santíssima Trindade, querendo ostentar as suas grandezas, criou Maria Santíssima, destinou-a para Mãe do Verbo divino, e, em vista desta dignidade imensa e incomparável, enriqueceu-lhe a alma bendita com todas as prerrogativas, virtudes, dons e santidade, repartidos entre as demais criaturas. Assim como um artista que resolveu fazer um primor de arte, sempre nele está pensando e com toda a aplicação forma projetos, a fim de que saia uma obra-prima; da mesma forma, conforme a divina Mãe revelou à Santa Matilde, “a Santíssima Trindade em mim se deleitava e regozijava, comprazendo-se na obra maravilhosa, que pelo seu poder, sabedoria e infinita bondade queria formar em mim”.
A divina Mãe é, pois, mais rica em graça, em merecimentos, em privilégios, em grandezas, em glória, do que todos os anjos e santos juntos. Como Primogênita do Pai Eterno, como Mãe do Filho de Deus e como Esposa do Espírito Santo está ela assentada num trono de majestade, à direita de Jesus Cristo, formando uma hierarquia separada e superior às outras. Por conseguinte, ela por si só dá ao céu mais glória e esplendor, mais luz e graça, mais alegria e júbilo do que tudo o mais o que há no paraíso. Numa palavra, só Deus é superior a Maria e só Ele, no dizer de São Bernardino, pode conhecer a sublimidade da elevação da Virgem.
Pelo que o anjo revelou a Santa Brígida que as hierarquias angélicas, pasmadas à vista do trono sublime preparado pela Santíssima Trindade para a futura Mãe de Deus, conceberam para com Maria tamanha reverência e respeito, tanta satisfação e complacência, que começaram a amá-la mais do que a si próprios, e alegraram-se mais pelas graças que Deus resolvera dar a Maria, que pela sua própria criação. Unamo-nos a estes espíritos celestiais no amor e respeito para com a nossa grande Rainha.
II. Alegremo-nos frequentemente com a divina Mãe pelas suas graças e pela sua glória e digamos-lhe com Carlos, filho de Santa Brígida:
“Ó Maria, amo-vos tanto, que antes quisera sofrer toda a pena, a fim de que não ficásseis privada, um só instante, da vossa dignidade e grandeza; e, se estivesse ao meu alcance, de boa vontade me privaria de todos os meus bens, a fim de os dar a vós, minha Mãe queridíssima”
Demos todos os dias graças à Santíssima Trindade pelos privilégios concedidos a Maria, rezando três Glórias ao Pai; e façamos por ela três atos de amor e de mortificação. Quando ouvirmos o nome de Maria, inclinemos a cabeça, avivemos a nossa fé na maternidade divina e agradeçamos a Jesus Cristo o querer fazer-se filho de Maria, e dar-no-la por Mãe.
Ó Virgem Santíssima, Mãe de Deus e minha Mãe, Maria, permiti que, prostrado diante do trono da vossa Majestade, una a minha voz à do arcanjo São Gabriel e vos diga: Ave, gratia plena, Dominus tecum! Deus vos salve, ó Maria, cheia de graça; o Senhor é convosco. Vós sois a bendita entre as mulheres; bendita entre todas as gerações presentes, passadas e futuras; bendita por todas as línguas, por todas as nações, por todos os reinos e por todos os povos. E convosco seja bendito o fruto do vosso ventre virginal, Jesus: Et benedictus fructus ventris tui (1).
Ó Virgem Santíssima, lembrai-vos de mim, pobre pecador, alcançai-me as graças de que necessito: fazei com que comece uma vida nova e a termine com uma boa morte. E assim como eu, miserável, vos bendigo na terra, assim abençoai-me vós, juntamente com Jesus Cristo, lá do alto do céu, a fim de que possa um dia ir louvar-vos e agradecer-vos no paraíso. Ó minha querida Mãe, fazei-o pela honra do vosso nome e pelo muito que amais à Santíssima Trindade que vos comunicou tamanha grandeza. “E Vós, ó meu Deus, que pela virgindade fecunda de Maria concedestes ao gênero humano a graça da Redenção, concedei-me que, invocando cá na terra à mesma Bem-aventurada Virgem como Mãe da graça, mereça gozar no céu a sua perpétua companhia. Fazei-o pelo amor de Jesus Cristo” (2).
Referências:
(1) Lc 1, 42.
(2) Or. eccles.
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(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II: Desde o Domingo da Páscoa até à Undécima semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 409-411)
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
É PECADO OMITIR AS ORAÇÕES ANTES E DEPOIS DAS REFEIÇÕES QUANDO ESTOU ENTRE NÃO CATÓLICOS?
Quem faz essa pergunta, talvez, tenha em mente a reação do pequeno João Maria Vianney, o futuro Cura d’Ars, que, quando à mesa com um mendigo que omitiu essa ação, deixou a mesa e passou a noite em jejum. Quando perguntado sobre essa reação por seus pais, ele simplesmente disse que não conseguiria comer diante de alguém comportando-se como um animal! Essa história nos lembra que fazer orações antes e após as refeições é um piedoso costume entre os católicos. Nosso Senhor, frequentemente, abençoava o pão e o repartia de uma maneira tão especial e religiosa que esse ato entregou Sua identidade aos discípulos de Emaús.
Porém, o que pensar de quem omite essas orações em público e entre não católicos? Por uma questão de princípio, devemos começar dizendo que não há nenhum preceito formal sobre orações nas refeições em qualquer dos ensinamentos de Cristo ou da Igreja. E, se não há nenhuma obrigação de rezá-las, então não há pecado em omiti-las. Além disso, essa omissão não necessariamente significa que a fé de alguém está esmorecendo ou que essa pessoa está sendo negligente com suas orações.
Estaríamos, aqui, lidando com um caso de dissimulação da fé? Poderia haver ocasiões em que o mero fato de fazer um sinal da cruz em público poderia causar uma intriga entre trabalhadores e levar a zombarias contra nossa religião. Esse fato, por si só, é uma razão suficiente para omitir essas orações em público, e bastaria rezá-las mentalmente.
Porém, em geral, a questão de rezar ou omitir as orações das refeições quando na presença de não católicos é mais uma questão de coragem vs respeito humano. Com mais frequência que o contrário, principalmente em um restaurante, onde as pessoas têm mais o que fazer além de denegrir a religião dos outros clientes, o fato de rezar as orações das refeições em família vai gerar respeito entre os outros clientes e entre os garçons. E isso pode levar até ao início de uma conversa sobre a fé com algum dos presentes.
http://www.catolicosribeiraopreto.com/
terça-feira, 15 de setembro de 2020
domingo, 6 de setembro de 2020
Restaurar Todas as Coisas em Cristo
Revmo. Sr. Pe. Carlos Mestre, Priorado de São Pio X, Lisboa, Portugal Por ocasião do 14º Domingo depois de Pentecostes e Solenidade de São Pio X (FSSPX)