Quando São João Maria Vianney chegou à pequena e pouco conhecida aldeia de Ars, alguém lhe disse, sem nenhuma esperança: "Aqui não há mais nada a fazer!"
- "Então, é sinal de que está tudo por fazer", respondeu o Santo. E, em seguida, começou a fazer. E o que foi fazendo?... Levantava-se às duas da madrugada, punha-se em oração junto ao altar dentro da igreja escura, recitava o Ofício Divino, fazia a meditação e preparava-se para a Santa Missa.
Depois da Santa Missa, dava Acção de Graças e continuava em oração até ao meio-dia, sempre de joelhos no piso frio da igreja, sem se apoiar em nada, com o terço nas mãos e o olhar fixo no Sacrário.
E assim continuou por algum tempo.
Mas, depois... ele teve que começar a mudar os horários, chegando ao ponto de precisar modificar completamente o seu programa diário. Jesus Eucarístico e a Santíssima Virgem iam atraindo pouco a pouco as almas daquela pobre paróquia, até que a igreja foi considerada pequena para conter as multidões, e o confessionário do Santo foi inundado por filas intermináveis de penitentes.
O Santo Cura viu-se, dentro em breve, obrigado a ouvir confissões durante dez, depois quinze e até 18 horas por dia.
Como se teria dado aquela transformação?
Uma igreja pobre, um altar sem atrativos, um sacrário abandonado, um velho confessionário, um sacerdote desprovido de meios e pouco dotado... Como é que se poderia operar naquela desconhecida aldeola uma transformação tão admirável?
Pe. Stefano Manelli (fundador dos Franciscanos da Imaculada) in 'Gesú Eucarístico Amore'
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