“Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3)
Conforme o
Pede-nos a Santa Madre Igreja a mortificação de não comer carne às sextas-feiras, o ano todo, de modo a honrar e adorar a Santa Morte de Nosso Senhor. (ficam excluídas as sextas-feiras das grandes festas, segundo a orientação do padre). A abstinência ainda é praticada e, diferente do jejum, começa desde a adolescência, a partir dos quatorze anos. Nas sextas-feiras do ano, e mais ainda durante os tempos de penitência, saibamos oferecer esse pequeno sacrifício a Nosso Senhor.
Conforme o
Abstinência: deixar de comer carnes de animais de sangue quente (bovina, ovina, aviária, bubalina etc), bem como seus caldos de carne. Permite-se o uso de ovos, laticínios e gordura. Estão obrigados à abstinência os que tiverem completado quatorze anos, e tal obrigação se prolonga por toda a vida. Grávidas que necessitem de maior nutrição e doentes que, por conselho médico, precisam comer carne, estão dispensados da abstinência, bem como os pobres que recebem carne por esmola.
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Quarta-feira de Cinzas: abstinência obrigatório.
Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor: abstinência obrigatório.
Demais dias da Quaresma, exceto os Domingos: abstinência parcial (carne permitida só na refeição principal/completa) recomendado.
Dias assinalados pelo calendário antigo como Sextas-feiras das Têmporas: abstinência recomendado.
Dias assinalados pelo calendário antigo como Quartas-feiras das Têmporas e Sábados das Têmporas: abstinência parcial recomendado.
Demais sextas-feiras do ano, exceto se forem Solenidades: abstinência obrigatória, mas não o jejum. Essa abstinência pode ser trocada, a juízo do próprio fiel, por outra penitência, conforme estabelecer a conferência episcopal (no Brasil, a CNBB estabeleceu qualquer outro tipo de penitência, como orações piedosas, prática de caridade, exercícios de devoção etc).
a partir de texto base de Dom Eugênio de Araújo Sales, Arcebispo emérito do Rio de Janeiro
O Jejum, a Abstinência e o Confessionário
Como o jejum e a abstinência fazem parte dos mandamentos da Igreja, devemos nos empenhar para praticá-los por amor de Deus. Caso haja alguma negligência ou fraqueza da nossa vontade que nos leve a quebrar o santo jejum ou a abstinência, devemos nos arrepender por não termos obedecido ao que nos ordena nossa Santa Madre Igreja, confessando-nos por termos assim ofendido a Deus.
Nos casos de esquecimento, devemos substituir essa obra por outra equivalente, como fazer o jejum em outro dia, rezar um terço, etc. É sempre bom lembrar que a água pura não quebra o jejum.
As pessoas inclinadas à mortificação e ao jejum não devem nunca determinar um aumento de penitência sem o consentimento explícito do sacerdote responsável. O demônio usa muito o excesso de penitência corporal para enfraquecer a alma. Tudo fazer na obediência.
Iniciemos portanto, na próxima Quarta-Feira de Cinzas e continuemos por toda a Quaresma estes excelentes métodos, o jejum e a abstinência, que nos vêm das Sagradas Escrituras, e nos ajudam a combater, em nós mesmos, a influência do demônio, do mundo e da carne.
É aconselhável também praticar o jejum à qualquer tempo e com aconselhamento de um sacerdote.
Fonte:
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