NOSSA SENHORA DO CARMO
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Está fora de dúvida que o paganismo anticristão não estava sem conhecimento das promessas messiânicas. Suposto isto, causaria estranheza se o povo de Deus, possuidor das profecias mais claras e especializadas sobre a Mãe Virgem, a vencedora da serpente, não tivesse tido palavra, instituição nenhuma, que dissesse respeito à Mãe do Salvador.
Na Ordem Carmelitana é guardada a tradição segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, reconhecera nela o símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Diz mais a tradição que os discípulos de Elias, em lembrança daquela visão do mestre, fundaram uma Congregação, com sede no Monte Carmelo, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação se conservou até os dias de Jesus Cristo, com o título de "Servos de Maria".
Santa Teresa, a grande Santa da Ordem Carmelitana, reconhece no profeta Elias o fundador da Ordem. As visões da bem-aventurada Ana Catarina Emerich sobre a vida de Maria Santíssima ocupam-se minuciosamente da Congregação dos Servos de Maria, no Antigo Testamento.
Segundo uma piedosa tradição, autorizada pela liturgia, no dia de Pentecostes, um grupo de homens, devotos dos santos profetas Elias e Eliseu, preparado por São João Batista para o Advento do Salvador, abraçaram o Cristianismo e erigiram no Monte Carmelo um santuário à Santíssima Virgem, naquele mesmo lugar onde Elias vira aparecer aquela nuvenzinha anunciadora da fecundidade da Mãe de Deus. Adotaram eles o nome de "Irmãos da Bem-Aventurada Maria do Monte Carmelo".
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