sábado, 5 de abril de 2014

Renovação Carismática Católica - Semente de Destruição - Parte XVII



 A Raiz do Problema
            Ensinamento Católico sobre a Graça
            Talvez seja na área do conceito sobre a graça que os Carismáticos façam a mais nítida ruptura com a Doutrina Católica e revelam a raiz chave de seu inteiro sistema de erros. Como já foi dito anteriormente, os Carismáticos defendem a necessidade de um fenômeno sensível que acompanhe e dê significado à recepção da graça ( ou pelo menos que a "libere") na alma. Em outras palavras, "Cristãos em cuja alma Deus realmente atua, sentem sempre a sua ação". Isso é claramente falso.
            A graça Santificante, aquela que "santifica a alma" confere beleza sobrenatural à mesma, faz o homem justo entrar em relacionamento de amizade com Deus, torna-o um Templo do Espírito Santo, um Filho de Deus e que dá-lhe conseqüentemente a herança dos Céus, é inteiramente insensível à alma. Naturalmente que isso não descarta a possibilidade de que Deus dê uma divina revelação a um indivíduo sobre seu estado de graça, mas tal revelação certamente cairia no campo do incomum e não como norma geral, ao contrário do que afirmam os Carismáticos.
             Como declara o Concílio de Trento:
"Cada homem ao levar em consideração a si próprio e a sua própria fraqueza e indisposição, pode experimentar medo e apreensão sobre sua própria graça, uma vez que ninguém pode saber com certeza de fé, a qual não está sujeita a erro, que ele obteve de fato uma graça de Deus".(Denziger 802).
            Naturalmente que Deus pode conceder graças verdadeiramente sensíveis( embora nem todas as graças sejam necessariamente sensíveis)  a quem quer que seja, mas, mesmo entre as graças verdadeiras, sensibilidade não é uma condição sine qua non. Uma vez que muitas graças verdadeiras são sensíveis e os Carismáticos insistem tanto sobre o caráter sensível da graça, o resultado prático é que eles acabam confundindo graça santificante com graça verdadeira e no final acabam negando a primeira.
            O resultado prático de se negar a graça santificante, significa de fato uma negação da Doutrina Católica acerca da justificação ( como foi infalivelmente decretado nos canons do Concílio de Trento) e, consequentemente, a Doutrina Católica concernente às operações externas da S.S Trindade, as quais serão discutidas mais a seguir. A seriedade dessa matéria não deveria ser menosprezada por ninguém. Sempre foi dito que semelhantes erros no princípio acabam levando a erros maiores na conclusão. Portanto, a insistência dos Carismáticos sobre o caráter sensível das graças é a raiz chave de seu inteiro sistema de erros.
Continua...

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