terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O TESOURO DO BATISMO




O pequeno recém-nascido volta do seu batismo e dorme tranquilamente em seu berço. Leva silenciosamente seu tesouro. Que tesouro? Nas profundezas desta pequena alma, como no templo de Jerusalém, está o Santo.

Está a graça de Deus, a graça santificante, princípio de uma vida nova e mais elevada que não é inerente a nenhuma criatura e na qual o único ponto de comparação é a própria vida de Deus.
Este pequeno é verdadeiramente uma nova criatura. Exteriormente, tem as características de todas as crianças, mesma as das não batizadas, mas ante aos olhos dos anjos não é, porque agora tem os traços do Menino de Belém, é filho de Deus e leva com ele os tesouros e riquezas sobrenaturais que alegram os olhos dos anjos.
Olhem para ele de novo, vejam como dorme em paz. Seu sonho é tão tranquilo que até se assemelha a morte, mas se este pequeno chegasse a morrer, falaria a língua dos eleitos. Se apresentaria no Paraíso reivindicando como sendo sua casa e diria a seu anjo da guarda: “Gostaria ver a Deus, meu Pai, a Santíssima Virgem Maria, minha Mãe e a Jesus, meu irmão mais velho” … e isso, graças ao tesouro da vida superior que o elevou às alturas de Deus.
Além disso, como qualquer vida, está dotada de faculdades que lhe convém e lhe são proporcionadas no momento do seu batismo, esta criança também recebeu faculdades que correspondem à nova vida superior e sobrenatural que possui agora; as três virtudes teologais: a Fé (inteligência sobrenatural que se dirige à verdade de Deus e nos faz O ver em tudo), a Caridade (vontade sobrenatural que se dirige à beleza de Deus e ao amor) e a Esperança (que repousa na fidelidade de Deus e garante que o céu é para ele). É agora um filho de Deus, e sendo assim, é o herdeiro de Deus … co-herdeiro de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Rom 8, 17).
Dom Paul Delatte, OSB, Contempler l’Invisible.
Fonte: FSSPX México – Tradução: Dominus Est

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