Não se calcula quanto Dom Bosco insistiu durante toda a sua vida em recomendar a Confissão! Para ele era esse o grande meio educativo. Nas breves alocuções que fazia após as orações da noite voltava sempre sobre este argumento. Nas paredes dos pórticos do Oratório, fizera pintar em caracteres cubitais várias máximas da Sagrada Escritura para que se gravassem bem no espírito dos alunos. Pois bem, três delas se referiam ao sacramento da penitência.
Huysmans, este grande escritos católico que tão bem compreendeu a alma do Santo, nô-lo descreveu neste ofício incessante de confessor misericordioso. O quadro é esplêndido: "Confessava na Igreja, ao ar livre, no canto de um quarto; e até se conserva alembrança desse padre admirável a confessar num campo alugado, depois de todos os proprietários de imóveis, um após o outro, terem-no despedido. Sentava-se numa pequena elevação do terreno e, a pouca distância, os meninos em círculo, de joelhos, se recolhiam e se preparavam para confessar suas faltas ainda não perdoadas ou as esquecidas. O Santo, trazendo no semblante a bonomia de um velho vigário da roça, puxava para perto de si o penitente que tinha terminado o exame de consciência, e, tomando-o pelo pescoço, envolvia-o com o braço esquerdo e fazia o pequeno penitente apoiar a cabeça a seu coração. Nã era mais o juiz. Era o pai que ajudava os filhos, na confissão tantas vezes penosa das faltas mais pequeninas."
Mais que tudo isso, quando se tratava de que ele não conhecia ou que percebia que estavam inquietos, perturbados nas suas relações com Deus, sabia no seu zelo industriar-se para conseguir que manifestassem o seu desejo de uma confissão geral. E depois de receber a confissão de um passado inteiro, então ficava tranquilo a respeito da alma que lho havia confiado: tinha certeza de podê-la conservar, guiar e conquistar para o Bem.
(Dom Bosco, A. Auffray, p.300)
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