Por Pe. Peter Scott
Não pode ser aceito como algo normal e aprovado pela Igreja que um esposa e mãe seja livre para ter um emprego fora de casa, enquanto seus filhos ainda são dependentes de seus cuidados.
O trabalho das mães fora de casa por um salário é chamado pelo Papa Pio XI “emancipação econômica” em sua encíclica sobre 1930 o matrimônio cristão, Casti Connubii:
“Essa, no entanto, não é a verdadeira emancipação das mulheres, nem a liberdade racional e exaltada, que pertence a nobre tarefa de uma mulher e esposa Cristã; pelo contrário, é o rebaixamento do caráter feminino e da dignidade da maternidade, e de fato da família inteira, resultando que o marido sofre a perda de sua esposa, os filhos de sua mãe, e a casa e toda a família de uma guardiã sempre atenta. Mais do que isso, essa falsa liberdade e igualdade natural com o marido acontece em detrimento da própria mulher, pois se a mulher desce do seu trono verdadeiramente real para o qual ela foi elevada dentro das paredes da casa por meio do Evangelho, ela logo será reduzida ao estado antigo da escravidão (se não na aparência, certamente, na realidade) e tornar-se-á como entre os pagãos um mero instrumento do homem”. (§ 75)
O final da mesma encíclica do Papa é ainda mais explícito. Ele fala sobre os males e as injustiças que desencorajam os casais, e compara o mal de mães que tenham de trabalhar com o de não ser capaz de encontrar um lar adequado.
“Se as famílias, particularmente aquelas em que há muitas crianças, não têm habitações adequadas, se o marido não consegue encontrar emprego e meios de subsistência, se as necessidades da vida não podem ser adquiridas exceto por preços exorbitantes, se até mesmo a mãe da família para o grande mal da casa, é obrigada a sair e ganhar dinheiro por seu próprio trabalho… é patente a todos que as pessoas casadas podem perder o ânimo”. (§ 120)
Claramente, não podemos julgar a situação particular das mães que experimentam a necessidade de trabalhar fora de casa. Pode haver muitas razões que poderiam fazer disso um mal necessário, tais como a doença e o desemprego do marido, ou um marido que não recebem um salário justo, suficiente para sustentar a família. Também pode haver razões psicológicas e profissionais pelas quais uma esposa e mãe possa ser obrigada a permanecer na força de trabalho fora de casa. No entanto, a Igreja ensina claramente que este é um mal. Não podemos fingir que é uma coisa boa, ou que é indiferente, ou que não vai fazer nenhum mal aos seus filhos e familiares. Além disso, nenhuma mulher pode ser liberada de casa dessa forma, sem alterar sua própria consciência do que é ser uma esposa e mãe católica.
Por conseguinte, isso só pode ser tolerado como um mal inevitável e necessário, e desde que seja apenas considerado um arranjo temporário, de curto prazo, e onde um esforço máximo é feita pela mãe e pelo marido para minimizar os efeitos negativos. No entanto, seria muito errado afirmar que isso é uma coisa boa, ou aprovada e autorizada pela Igreja. É na melhor das hipóteses um mal inevitável e necessário, pelo qual se deveria se desculpar, e nunca se gabar.
Original :
Padre Peter Scott é da FSSPX.
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