domingo, 30 de junho de 2013

CATEQUESE: Os Esplendores da Fé

Esplendores da Fé - Introdução preparatória sobre a Fé católica

Fé e Razão

Desde o princípio desta obra procurarei falar da fé dogmática e moral. O primeiro passo que procurarei fazer, será estabelecer que esta fé é absolutamente necessária, e que, infelizmente! ela é muito rara. Ora, eu seria vago e não seria compreendido, se não definisse nitidamente, a princípio, a Fé que eu quero fazer resplandecer.

Eu a definirei, pois, nesse primeiro capítulo. 

Peço a todos, sem excluir aqueles que não creem, para ler atentamente, começando, para reler mais atentamente, terminando, essa exposição elementar da fé. 

Ouso mesmo convidá-los a recitar com simplicidade as breves orações nas quais se resume o exercício da vida cristã. Isso será uma excelente preparação para a difícil e longa campanha que iremos fazer juntos.

As orações fundamentais da fé cristã são divinas, e ditadas por um amor imenso pela humanidade. Aquela, sobretudo, que saiu da própria boca do Salvador dos homens, respira ao mesmo tempo uma inocência e uma habilidade infinitas. Quem não consentiria, por menos que se feche por um instante os ouvidos ao barulho das más paixões, em dizer para Deus em toda a sinceridade de sua alma: Santificado seja vosso nome. O nome de Deus é o mais belo, o mais glorioso, o mais doce dos nomes! Venha a nós o vosso reino! o reino de Deus é o reino da bondade, da justiça, da felicidade! Que seja feita vossa vontade! a vontade de Deus é a vontade santa, perfeita e indulgente ao excesso. Ora, basta que a alma se abra completamente a esses sentimentos tão naturais, para que ela seja imediatamente reconciliada com Deus, pura e santa, completamente pronta para ceder às influências vivificantes da fé. 

Qual coração humano, cessando por um instante ao mal, não se sentirá feliz por dizer: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, os pecadores, agora e na hora de nossa morte. Ora, quando ele se permitir ouvir esse grito de piedade e de esperança, ele acreditará!

Portanto, rezem, caros leitores, supliquem, e meu livro produzirá em vós os frutos de bênção que eu espero dele. 

Esta síntese do dogma e da moral católica é difícil à inteligência e rude de se entender, mas não poderia omiti-la. Meu livro é um ato de obediência a uma inspiração não humana, mas sobrenatural! Eu não espero nada de mim, mas tudo de Deus, que é minha luz e minha força! E Deus me autoriza a dizer aos meus irmãos bem-amados, com o anjo do Apocalipse: Pegue esse livro, devora-o; ele te será amargo nas entranhas, mas, na boca, doce como o mel. Accipe librum, et devora illum: et faciet amaricari ventrem tuum, sed in ore tuo erit dulce tanquam mel

I - Deus é, e Ele é UM. Deus é o ser necessário, Aquele que é, puro espírito, eterno, imenso, onipotente, infinitamente perfeito, bom, justo, e santo; por quem e em quem tudo é, tudo se move, tudo vive; que está por toda parte, que vê tudo, que conhece tudo, até os pensamentos mais secretos dos espíritos, até os movimentos mais escondidos dos corações. 

II - Há em Deus três pessoas realmente distintas: a primeira, o Pai; a segunda, o Filho; a terceira, o Espírito Santo. O Filho é engendrado do Pai; o Espírito Santo procede do Pai e do Filho. O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. E não são três Deuses, mas apenas um Deus em três pessoas, em uma mesma natureza ou mesma essência divina: este é o mistério da Santíssima Trindade

III - Deus criou o céu, a terra, e tudo o que o céu e a terra contêm; Ele criou tudo do nada, somente por sua vontade: este é o mistério da Criação.

Deus criou os anjos, espíritos puros e livres. Uns, os anjos maus, os demônios, abusando de sua liberdade, se revoltaram contra Deus, por orgulho, e sofrem no inferno o castigo de sua revolta. Os outros, os santos anjos, fiéis a Deus, o adoram, o amam, o servem na felicidade eterna dos céus. Deus criou o homem, espírito e corpo, inteligente e livre, com esse mesmo propósito de conhecê-lo, de amá-lo, de servi-lo, de merecer a felicidade sobrenatural da eternidade. 

IV - Adão e Eva, o primeiro homem e a primeira mulher, foram colocados no paraíso terrestre. Após um tempo de provação fixado por Deus, eles deveriam, sem morrer, entrar em posse da felicidade sobrenatural dos céus. Mas eles desobedeceram e comeram o fruto proibido. Imediatamente decaídos da vida da graça e da justiça original, eles se tornaram inclinados ao mal... Expulsos do paraíso terrestre, condenados ao cansaço, ao sofrimento e à morte, eles caíram sob o poder do demônio, que os tinha encorajados em sua desobediência. Esse castigo e suas consequências funestas, a ignorância, a concupiscência, a privação da graça santificante, atingiram toda a posteridade de Adão e Eva. Todos nascemos culpados, excluídos da felicidade sobrenatural dos céus: este é o dogma e o mistério do Pecado Original

V - Deus teve misericórdia do gênero humano. Para nos devolver nossos direitos à herança celeste, para nos livrar da escravidão do demônio e do pecado, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, o Filho de Deus, se dignou em se fazer homem, tomando um corpo e uma alma semelhantes às nossas. Essa união íntima, em uma única pessoa, da divindade e da humanidade, é um mistério profundo: o mistério da Encarnação.

VI - O Filho de Deus feito homem teve como mãe a bem-aventurada Maria, da tribo de Judá, da família de David, imaculada em sua concepção e sempre virgem. Concebido do Espírito Santo pela virtude onipotente do Altíssimo, ele nasceu na noite de 25 de dezembro, chamada noite de Natal. Ele teve por abrigo, um estábulo, e por berço, um presépio. Oito dias depois de seu nascimento, ele foi circuncidado e lhe deram o nome Jesus, que significa Salvador. Ele viveu sobre a terra na pobreza, na humildade e na prática das mais sublimes virtudes. Após trinta anos de uma solidão profunda. Ele começou sua vida pública e exerceu durante três anos seu apostolado, ensinando as verdades evangélicas, provando sua divindade por um numero grandioso de milagres, realizado em sua pessoa todas as profecias pelas quais Deus o tinha anunciado aos homens. 

VII - Ele morreu voluntariamente sobre a cruz, por nós e para nossa salvação, no dia da Sexta-feira santa. Homem, ele sofreu; Deus, ele deu um preço infinito aos seus sofrimentos. Por sua paixão e por sua morte, ele nos resgatou da condenação eterna: este é o mistério da Redenção

Ele ressuscitou no terceiro dia após sua morte, o santo dia da Páscoa. Ele subiu ao céu quarenta dias após sua Ressurreição. Dez dias após sua Ascensão, o dia de Pentecostes, ele fez descer o Espírito Santo sobre seus apóstolos. Ele virá novamente no fim dos tempos para julgar os vivos e os mortos. 

VIII - Jesus Cristo fundou sua Igreja, sociedade dos fiéis que unidos em uma mesma fé, sob a condução dos pastores legítimos, professam e praticam sua religião santa. Há apenas uma Igreja como instituição divina, a Igreja apostólica, católica, romana, cujo chefe supremo é o Papa ou Soberano Pontífice romano, sucessor de São Pedro, vigário de Jesus Cristo, Bispo dos bispos, pastor ao mesmo tempo das ovelhas e dos cordeiros, centro da unidade, encarregado de defender do erro seus irmãos na fé e de confirmá-los na verdade. Aquele que não escuta a Igreja, que não obedece aos bispos e, especialmente, ao Soberano Pontífice, não escuta Jesus Cristo, ele se dispõe voluntariamente entre os pagãos e os pecadores. 

Fora da Igreja, se não se pertence ao corpo da Igreja ou ao menos à Alma da Igreja, pela boa fé, pela conformidade de sua vida com as luzes da razão, pela observação destas, das leis de Deus que se conheceu, não se pode ser salvo. 

A Igreja, em um sentido mais amplo, compreende não somente os fiéis que estão sobre a terra, mas também as almas do purgatório e os santos do céu. Participamos nos méritos dos santos e das almas justas; podemos aliviar as almas do purgatório por nossas orações, nossas boas obras e a aplicação das indulgências: nisso consiste a Comunhão dos Santos

As verdades que acabamos de enunciar estão contidas no símbolo dos apóstolos: Creio em Deus, etc.. Deve-se crê-los com uma fé sincera, não baseada na palavra dos homens que as anunciam, mas porque elas foram reveladas pelo próprio Deus, e nos são ensinadas por sua Igreja infalível.

IX - Para se salvar, é preciso não somente crer firmemente em todas essas verdades, mas ainda viver cristãmente, observar os mandamentos de Deus e da Igreja, fugir do pecado, e praticar a virtude. 

Os mandamentos de Deus são dez:
  1. Amar a Deus, só Ele adorar, amar o próximo como a si mesmo por amor a Deus;
  2. Honrar o santo nome de Deus, não profaná-lo pelos juramentos e a blasfêmia;
  3. Santificar o domingo, se abstendo de todo trabalho servil;
  4. Honrar seu pai, sua mãe e todos os seus superiores espirituais ou temporais;
  5. Não matar o próximo, não lhe fazer mal, não ter vontade de lhe fazer isso, não dar maus exemplos, não ter ódio, não se vingar, perdoar seus inimigos;
  6. Defender-se de toda impureza e se abster de tudo o que poderia conduzir a isso;
  7. Não tomar e não reter o bem do outro, não lhe causar algum estrago;
  8. Proibir-se dos falsos testemunhos, a mentira, o julgamento temerário, a maledicência e a calúnia;
  9. Afastar o desejo pelas más ações condenadas pelo sexto mandamento, e não se deter em nenhum pensamento desonesto;
  10. Não desejar injustamente o bem de outrem.
Os mandamentos principais da Igreja são seis:
  1. Santificar as festas de guarda;
  2. Assistir à Santa Missa nos domingos e festas;
  3. Confessar seus pecados ao menos uma vez ao ano;
  4. Comungar todos os anos, em sua paróquia, na Páscoa;
  5. Jejuar as quatro-têmporas, na véspera de certas festas, e em toda a quaresma;
  6. Abster-se de alimentos gordurosos na sexta-feira santa e em outros dias proibidos, salvo no caso de dispensa.
X - Para observar os mandamentos de Deus e da Igreja, precisamos absolutamente da graça ou do socorro sobrenatural de Deus; devemos Lhe pedir isso frequentemente por orações humildes e fervorosas, feitas no nome e invocando os méritos de Jesus Cristo. A mais excelente das orações é o Pai Nosso, que o próprio Jesus Cristo nos ensinou. É justo e grandemente útil ter uma devoção e uma confiança particular na Santíssima Virgem Maria, que exerce junto de seu divino Filho uma onipotência suplicante: a mais abençoada das orações que a Igreja lhe dirige é a Ave Maria. É também muito útil honra e invocar os anjos da guarda e os santos do paraíso, porque eles são os amigos de Deus, e eles podem nos ajudar muito por sua intercessão. 

XI - Jesus Cristo instituiu os sacramentos, sinais sensíveis e fontes visíveis da graça invisível, pela qual entramos em participação dos méritos de seus sofrimentos e de sua morte. Os sacramentos são sete: o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Extrema-Unção, a Ordem e o Casamento. 

1 - O Batismo, o primeiro dos sacramentos, o mais necessário à salvação, apaga o pecado original e todos os pecados que foram cometidos antes de recebê-lo. Ele comunica à nossa alma a vida da graça e nos faz filhos de Deus e da Igreja. Todos podem batizar, mas o leigo só deve fazer isso em caso de necessidade absoluta. Para batizar, derramamos água natural sobre a cabeça, e a fazemos escorrer sobre a pele dizendo: N (nome) eu te batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

2 - A Confirmação nos torna perfeitos cristãos, nos dando com o Espírito Santo uma força particular para confessarmos corajosamente nossa fé e resistir aos inimigos de nossa salvação. Seu ministro é o bispo ou o padre especialmente autorizado.

3 - A Eucaristia é o mais augusto dos sacramentos, porque Jesus Cristo está realmente e substancialmente presente nela, em corpo, sangue, alma e divindade. Na Santa Missa, no momento em que o padre pronuncia sobre o pão e o vinho as palavras da consagração: Este é o meu corpo, etc.; Este é o meu sangue, etc., o pão é transformado ou transubstanciado, tornando-se o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; o vinho é transformado em seu sangue; resta apenas as aparências ou acidentes do pão e do vinho; e Jesus Cristo está presente em cada espécie. Assim, quando o Santíssimo Sacramento é exposto ou fechado no tabernáculo, é Jesus Cristo, realmente presente, que adoramos; e quando comungamos, é Jesus Cristo que recebemos e que se faz o alimento espiritual de nossa alma. Não se trata nem de sua imagem, nem de sua figura, como o crucifixo, mas sim o próprio Jesus Cristo, Deus e homem, Filho único de Deus, nascido da Virgem Maria, que morreu por nós sobre a cruz, que ressuscitou, que subiu ao céu. Sua presença na Hóstia santa, miraculosa e insensível, é tão real quanto sua presença no céu. Para comungar dignamente, santamente, é preciso não ter sobre a consciência nenhum pecado moral; se ainda estivéssemos em pecado mortal, cometeríamos um sacrilégio, comeríamos e beberíamos, segundo a expressão enérgica de São Paulo, nosso julgamento e nossa condenação. Para comungar, é preciso também estar em jejum, de um jejum natural ou absoluto, ao menos que se receba a santa comunhão como viático. A Santa Missa, na qual se opera o grande milagre que torna Jesus Cristo presente sob as espécies do pão e do vinho, é um sacrifício onde Jesus Cristo, pelo ministério do padre, continuando de um modo não sangrento a imolação sangrenta da cruz, se oferece por nós a Deus como vítima. 

4 - O sacramento da Penitência foi estabelecido para perdoar os pecados cometidos após o batismo. Para obter o perdão de seus pecados por esse sacramento, é preciso confessá-los completamente, ao menos os pecados mortais, a um padre que mantém de seus bispos a aprovação e a jurisdição necessárias; ter um arrependimento sincero, estar firmemente resoluto em não mais cometê-los, de fugir das ocasiões próximas de novas quedas, de reparar a injúria cometida contra Deus, o erro feito ao próximo, enfim, de realizar a penitência que o padre impor. Se uma única dessas disposições faltasse, aquele que recebesse a absolvição se tornaria culpado de um pecado mais grave ainda, e cometeria um sacrilégio. 

5 - A Extrema-Unção foi instituída para o alívio espiritual e corporal dos doentes; ela devolve ao corpo a saúde ou nos ajuda a morrer bem.

6 - Somente a Ordem confere o poder de cumprir as funções sacerdotais ou eclesiásticas, e as graças para exercê-las santamente.

7 - O sacramento do Casamento forma e legitima a união dos esposos; ele dá àqueles que o recebem bem dispostos as graças das quais eles necessitam para viver em uma santa afeição, e para criar cristãmente seus filhos. 

Três dos sacramentos, o Batismo, a Confirmação e a Ordem, imprimem na alma um caráter, ou seja, uma marca espiritual indelével, o que faz com que eles possam ser recebidos apenas uma vez. 

XII - Há para o homem duas vidas e duas mortes, a vida e a morte naturais, a vida e a morte sobrenaturais. A vida sobrenatural consiste na união da alma e do corpo; a morte natural na separação da alma e do corpo. A vida sobrenatural consiste na união da alma com Deus, pela graça santificante; a morte sobrenatural é a separação da alma com Deus, pelo pecado mortal, ou seja, por uma transgressão grave de suas leis. A vida da alma é incomparavelmente mais preciosa que a vida do corpo; a morte espiritual é incomparavelmente mais temível que a morte natural. Jesus Cristo disse: "Que serve ao homem ganhar o universo, se ele vem a perder sua alma!"

XIII - Os quatro fins últimos do homem são: a morte, o julgamento, o céu ou o inferno. É óbvio que morremos, e só o momento de nossa morte é incerto. Desse momento supremo dependem nossa felicidade ou nossa desgraça eterna. A morte é seguida do julgamento particular, no qual Deus pede, a cada um, conta exata e rigorosa de sua fé e de suas obras. A consequência do julgamento é o paraíso ou o inferno, segundo que, no instante da morte, o homem esteja em estado de graça ou de pecado mortal.

Contudo, as almas dos justos que, na morte, não tiverem satisfeito completamente à justiça divina, vão para o purgatório, lugar de tormentos passageiros e de expiação completa. 

No fim dos tempos, após a ressurreição geral, verá o julgamento último, onde serão manifestadas as virtudes dos jutos e os crimes dos maus. Estes irão para os infernos, os justos subirão ao céu com Jesus Cristo. A felicidade do céu e os tormentos do inferno serão eternos, ou seja, eles não terão fim.

XIV - As principais virtudes sobrenaturais do cristão são: a , a Esperança, a Caridade

1 - A Fé é uma virtude pela qual cremos firmemente nas verdades que Deus revelou, porque Ele no-las revelou, e a Igreja nos propõe a crer.

2 - A Esperança é uma virtude pela qual esperamos com uma confiança firme, da bondade de Deus, pelos méritos de Jesus Cristo, a vida eterna e as graças para alcançá-la.

3 - A Caridade é uma virtude pela qual amamos Deus acima de todas as coisas, por Ele mesmo, como nosso fim último, e nosso próximo como a nós mesmos, pelo amor de Deus. 

O cristão está obrigado a fazer atos de fé, de esperança e de caridade, frequentemente durante a vida, e quando ele está em perigo de morte.

XV - Os sete vícios ou pecados capitais, fontes de todos os demais pecados, são: 
  1. Orgulho;
  2. Avareza;
  3. Luxúria;
  4. Inveja;
  5. Gula;
  6. Ira;
  7. Preguiça.
As virtudes opostas a esses vícios, e fontes de todas as demais virtudes, são:
  1. Humildade;
  2. Desinteresse;
  3. Pureza e a Castidade;
  4. Caridade;
  5. Temperança;
  6. Penitência;
  7. Diligência ou Amor pelo trabalho.
XVI - A observação completa da lei se reduz ao cumprimento destes dois preceitos: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma, de todas tuas forças. Amarás ao próximo como a ti mesmo. O amor de Deus e o amor ao próximo se provam pelas obras. Jesus Cristo disse: aquele que me ama, observa meus mandamentos.

As regras da caridade cristã são cinco:
  1. Não faças aos outros, o que não gostaria que fizessem convosco;
  2. Faças aos outros, o que gostarias que fizessem convosco;
  3. Ames o próximo como a vós mesmo;
  4. Ames os vossos inimigos; faças o bem àqueles que vos odeiam; reze por aqueles que vos perseguem e vos caluniam.
  5. Esforce-se para amar o próximo como Jesus Cristo o amou.
As obras de caridade ou de misericórdia são corporais ou espirituais. As primeiras, em número de sete, são:
  1. Visitar os doentes;
  2. Dar de comer àqueles que têm fome;
  3. Dar de beber àqueles que têm sede;
  4. Vestir aqueles que estão nus;
  5. Dar hospitalidade àqueles que estão sem abrigo;
  6. Visitar e aliviar os prisioneiros;
  7. Sepultar os mortos.
As segundas, também em número de sete, são:
  1. Ensinar os ignorantes;
  2. Dar conselhos àqueles que necessitam;
  3. Esclarecer aqueles que estão no erro;
  4. Perdoar as injúrias;
  5. Consolar aquele que está triste;
  6. Suportar os defeitos do próximo;
  7. Rezar a Deus por seus irmãos vivos e mortos.
XVII - A Religião de Jesus Cristo se resume completamente nessas duas boas e belas palavras trazidas do céu pelos anjos.


Glória a Deus! Paz aos homens!

Abbé Moigno¹. Les splendeurs de la foi. Tome I, Blériot Frères, Paris, 1879.

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