segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Catecismo Ilustrado - Parte 26 - A Extrema-Unção


Catecismo Ilustrado - Parte 26

Os Sacramentos

A Extrema-Unção

1. A Extrema-Unção é o sacramento instituído por Jesus Cristo para o alívio espiritual e corporal dos enfermos.

2. Chama-se “Unção” porque consiste em ungir o enfermo com azeite de oliveira benzido pelo Bispo.

3. Diz-se “Extrema” porque é a última entre as unções que se dão nos sacramentos da Igreja, e também porque se dá no fim da vida.

4. Chama-se também “Santos Óleos”, porque, como já se disse, a sua matéria é o óleo ou azeite benzido pelo Bispo na quinta-feira santa.

5. Este sacramento produz na alma os seguintes efeitos: apaga os vestígios dos pecados e as faltas veniais, dá Graça e fortaleza à alma para combater com o demônio naquele último momento de agonia.

6. Quanto ao corpo, a Extrema-Unção ajuda também a receber a saúde do corpo, se esta for útil para a salvação da alma.

7. O ministro deste sacramento é só o pároco, ou qualquer sacerdote por ele autorizado.

8. A Extrema-Unção deve administrar-se aos enfermos que estão em perigo de vida.

9. Não se deve esperar que estejam na iminência da morte; é muito proveitoso que estejam ainda em seu juízo e tenham alguma esperança de vida.

10. Pode dar-se aos meninos, logo que cheguem ao uso da razão, mesmo que não tenham ainda comungado.

11. Pode dar-se em toda a doença perigosa, e até na mesma doença pode receber-se mais de uma vez, se o enfermo, depois de o ter recebido, se restabelecer e depois tornar a cair em perigo de vida.

12. As disposições necessárias para receber este sacramento são: Estar na Graça de Deus, porque é um sacramento dos vivos, e é necessário recebê-lo com sentimentos de Fé, Esperança e resignação. Por consequência, se o enfermo estiver em estado de pecado mortal, deveria fazer antes uma boa confissão. Se não pudesse confessar-se, deveria fazer um ato de contrição, com voto de se confessar.

13. As unções fazem-se nos sentidos do corpo do enfermo, nos olhos, nos ouvidos, no nariz, na boca, nas palmas das mãos, nas plantas dos pés, se for possível.

14. Fazem-se as unções em todas as partes do corpo para que Nosso Senhor, por virtude deste sacramento, perdoe o que o enfermo pecou através dos olhos, ouvidos, nariz, mãos e pés.

15. O enfermo, quando recebe este sacramento, deve acompanhar com o coração as orações que diz o sacerdote, e pedir perdão a Deus dos pecados cometidos pelo mau uso dos sentidos.

16. O sacerdote diz certas orações quando administra a Extrema-Unção para alcançar de Deus, a favor do enfermo, a Graça do sacramento.

17. Os que assistem devem orar a Deus de coração e encomendar à sua misericórdia a vida e a salvação do enfermo.

18. Depois de recebida a Extrema-Unção, o doente deve:

1º dar graças a Deus pelo benefício que lhe concedeu com este sacramento; 2º resignar-se inteiramente à Sua vontade; 3º não pensar noutra coisa senão Deus e na eternidade.

19. O santo Concílio Tridentino diz: “Se alguém disser que a Extrema-Unção não é um verdadeiro sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, seja anatematizado”.

20. Somos obrigados a advertir os doentes a receberem os últimos sacramentos e é o maior serviço que lhes podemos fazer, pois muitas vezes disso depende a salvação eterna. Se não pudermos adverti-los direitamente, ao menos devemos prevenir o pároco da sua freguesia.

21. Quando o doente estiver em agonia, devem os assistentes rezar as orações dos agonizantes e aspergi-lo com água benta.




Explicação da gravura

22. A gravura representa um Apóstolo administrando os santos óleos a um enfermo. Vê-se um anjo com uma inscrição: “Está entre vós algum enfermo? Que chame o sacerdote, e o que este o unja em nome do Senhor, que o aliviará e perdoará os seus pecados”. (Tiago V, 14) Vê-se outro anjo que lhe aponta o Céu, mostrando-lhe ao mesmo tempo uma coroa.

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