D. Bosco rezava sempre. Nele, a união com Deus era contínua. Quem se aproximava dele percebia logo estar diante de um serafim. Era-o tal quando rezava de joelhos; era-o ao celebrar a Santa Missa; era-o no caminhar grave e sereno; tal era quando nas conversações sabia elevar-se a Deus por mais comum que fosse o argumento sem que por isso se tornasse enfadonho ou aborrecido; fazia-o com uma naturalidade incrível.
A sua palavra, os seus gestos, a sua atitude, em suma, qualquer acção de D. Bosco respiravam uma candura e um aroma tão virginal que arrebatava e edificava a quem quer que se aproximasse dele, fosse embora um desencaminhado. O ar angélico que lhe transparecia no rosto tinha um atractivo especial para conquistar os corações. Dos seus lábios jamais saiu uma palavra que se pudesse taxar de menos própria.
No seu exterior evitava qualquer gesto ou qualquer movimento que parecesse mundano. Quem o conheceu nos momentos mais íntimos de sua vida, o que achou nele de mais extraordinário foi sem dúvida a suma atenção que sempre usou na prática dos mais vivos cuidados para não lesar a modéstia.
"Estou absolutamente convencido – declara o Cónego Berrome – que D. Bosco conduziu à tumba a estola da inocência baptismal. Lia-se a virtude da castidade no seu olhar, na sua atitude, na sua palavra e em todos os seus actos; bastava fixá-lo para sentir o perfume desta virtude."
V. Sinistrero in 'Dom Bosco nos guia à Pureza' (Niterói: Escolas Profissionais Salesianas, 1940, pp. 120-124)
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