“Figura foi de Maria a arca de Noé. Pois como nela acharam abrigo todos os animais da terra, igualmente sob o manto de Maria encontraram refúgio todos os pecadores, cujos vícios e pecados sensuais os tornam semelhantes aos brutos. Há esta diferença entretanto, observa Pacciucchelli: na arca entraram os brutos e brutos ficaram. O lobo ficou sendo lobo e o tigre ficou sendo tigre. Mas debaixo do manto de Maria o lobo é mudado em cordeiro e o tigre em pomba. Um dia viu S. Gertrudes a Maria com o manto aberto e debaixo dele muitas feras de diversas espécies: leopardos, ursos etc. Viu também que a Virgem não só não os afugentava, mas antes docemente os recebia e afagava. Entendeu a Santa que eles figuravam os míseros pecadores, acolhidos por Maria com afável amor, quando a ela recorrem.”
“Razão sobejava, pois, a Egídio de Schoenau ao dizer à Santíssima Virgem: ‘Senhora, não detestais a nenhum pecador, por mais asqueroso e abominável que seja. Se ele implora vossa proteção, nunca deixais de estender-lhe compassiva mão para arrancá-lo do abismo do desespero’. Bendito e para sempre louvado seja Deus, que vos fez, ó Maria amabilíssima, tão compassiva e tão benigna até para com os mais miseráveis! Infeliz de quem não vos ama, e que podendo recorrer a vós, em vós não confia! Perde-se quem a Maria não recorre, mas quem jamais se perdeu, depois de implorá-la?”
[Santo Afonso de Ligório, Glórias de Maria,
p. 1, capítulo 3, II, Maria é a esperança dos pecadores, pp. 109-110;
Editora Santuário, 20ª edição, Aparecida, 1989]a
p. 1, capítulo 3, II, Maria é a esperança dos pecadores, pp. 109-110;
Editora Santuário, 20ª edição, Aparecida, 1989]a
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