segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Catecismo Ilustrado - Parte 55 - A Oração




Catecismo Ilustrado - Parte 55

A Oração

A Oração em geral

1. A oração é uma elevação da nossa alma e do nosso coração a Deus para pedir-Lhe o que é mais conveniente para a nossa salvação eterna.

2. Temos todos obrigação de orar, e por duas razões. A primeira é porque Nosso Senhor o mandou formalmente, dizendo que convinha orar sempre a Deus, e a segunda, são as nossas necessidades contínuas.

3. Há duas espécies de oração: mental e vocal; ou, dito doutro modo, de coração e de boca.

4. A oração mental ou de coração é aquela em que se ora a Deus com a mente e com o coração, sem recorrer a certas palavras de costume.

5. A oração de boca ou vocal é aquela que se faz com palavras.

6. Deus conhece as nossas necessidades, mas quer Ele que Lhe dirigiamos as nossas preces, porque, com impetrar o que pedimos, quer que reconheçamos e exaltemos a sua benignidade para conosco.

7. Pode-se fazer oração em todo o lugar e em todo o tempo, mas devemos orar principalmente de manhã e à noite, nas tentações e tribulações, e na igreja porque é o lugar consagrado a Deus e a casa propriamente da oração; porque ali se celebram os sagrados mistérios; porque o concurso de muitos que oram juntos torna a oração mais eficaz e poderosa.

8. A nossa esperança de que havemos de ser ouvidos na oração funda-se nas promessas de Deus omnipotente, misericordioso e fidelíssimo, e nos merecimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, e nome do qual, como Ele mesmo nos ensinou e como faz a Igreja, havemos de pedir as graças na oração.

9. Da oração provêm os seguintes frutos: 1º honra-se e louva-se a Deus; 2º aumenta-se a virtude; 3º enfraquecem-se as paixões; 4º aplaca-se a justiça de Deus.
10. A oração não é ouvida por culpa de quem ora, quando quem ora não está na graça de Deus sem vontade de converter-se.

11. A oração não é ouvida por causa do modo como é feita, quando lhe faltam as condições necessárias, cujas principais são: a atenção, humildade, Fé e perseverança.

12. Orar com atenção, quer dizer, que nos devemos aplicar à oração sem nos distrairmos voluntariamente, e orar de coração enquanto rezamos com a boca.

13. Orar com humildade, quer dizer, que nos devemos reputar indignos de alcançar o que pedimos e acompanhar a oração com reverente atitude e posição do corpo.

14. Orar com Fé, quer dizer que Deus pode e quer ouvir-nos pelos merecimentos de Seu Divino Filho.

15. Orar com perseverança, quer dizer, não cessar de pedir a Graça de que havemos mister, acrescentando sempre: “Se for da vossa vontade”.

16. As nossas orações não são ouvidas pelo motivo da coisa que pedimos, quando pedimos coisas que não convêm à nossa eterna salvação.

17. O que devemos pedir é o que se encontra no Pai Nosso.

18. Podemos pedir a Deus a saúde e os bens temporais, contanto que isto se faça com submissão à Sua vontade.

19. Devemos orar por nós, pelos nossos pais, pelos nossos superiores espirituais e temporais, em geral por todos os homens, não excetuando os nossos inimigos, pela nossa pátria, e pelas almas do Purgatório afim de livrá-las das suas penas e introduzi-las no Céu.

Explicação da gravura

20. No meio, está Moisés orando numa colina enquanto os hebreus lutam na planície contra os inimigos.

21. Vê-se no ângulo superior esquerdo, uma família a rezar em comum. No ângulo superior direito, uma família reza antes da comida. No ângulo inferior esquerdo, uma família rezando antes do trabalho.

22. No ângulo inferior direito, vê-se Santo Antão orando com atenção e fervor diante do Crucifixo, enquanto os demônios procuram distraí-lo e tentá-lo de mil maneiras.

Índice das sessenta e oito gravuras



Diversos

55.- A Oração
55.- O Pai Nosso
56.- Ave Maria
57.- Os Novíssimos do homem
58.- A Morte
59.- O Juízo
60.- O pecado original
61.- Os pecados capitais
62.- Os pecados capitais
63.- Os pecados capitais
64.- As Virtudes teologais
65.- As Virtudes cardeais
66.- As Virtudes evangélicas
67.- As obras corporais de misericórdia
68.- As obras espirituais de misericórdia



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